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domingo, 14 de dezembro de 2025

Mundo:Tiroteio em praia deixa 10 mortos na Austrália durante festival judaico


 Imagem aérea de equipes de emergência trabalhando no local de um tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, Austrália - Imagem: Nine Network/Seven Netword/Australian Brodcast Corporation via Reuters


 Dez pessoas morreram e 11 ficaram feridas hoje em um tiroteio na praia de Bondi, em Sydney, na Austrália, informou a polícia local. Um dos atiradores está entre os mortos e o segundo suspeito foi ferido e está em estado crítico.

Confira a reportagem completa no link abaixo do site UOL deste domingo (14):

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2025/12/14/tiros-praia-australia.htm

Salvador: Ex-presidente do Vitória Paulo Carneiro é expulso por organizada no Barradão

 

foto:Davi Lemos/Toda Bahia

O ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, deixou o Estádio Manoel Barradas, o Barradão, na tarde do último sábado (13), antes de participar da votação que definiu a nova diretoria do clube.

 

 

De acordo com relatos de pessoas presentes no local, Paulo Carneiro teria sido abordado de forma intimidatória por integrantes da Torcida Uniformizada Os Imbatíveis (TUI), principal torcida organizada do Vitória, no momento em que descia do veículo para se dirigir ao espaço destinado ao pleito.

 

Diante da situação, o ex-dirigente optou por se retirar do estádio sem registrar seu voto. Durante o período em que permaneceu no Barradão, ele chegou a cumprimentar Marcone Amaral, um dos candidatos à presidência do clube e ex-jogador do Vitória em sua gestão.

 

FÁBIO MOTA REELEITO


Nas eleições, Fábio Mota superou os concorrentes e foi reeleito presidente do Vitória pelos próximos três anos, comandando o Leão até o fim de 2028. Representando a chapa Leão Colossal, Fábio tem Djalma Abreu como vice e venceu após a apuração dos votos, que contabilizaram 85,95% para o mandatário, totalizando 5.147 torcedores. Seu adversário ficou com 14,05%.

 

Além de Fábio Mota, o pleito também reelegeu Raiumundo VIana e Bruno Torres, da chapa Leão Colossal, como presidente e vice do Conselho Fiscal, com 78% dos votos. No Conselho Deliberativo, Nilton Almeida e Nilton Sampaio Filho, da mesma chapa, foram reeleitos como presidente e vice, com 79% dos votos.


Salvador: Incêndio atinge apartamento em Ondina e moradores são atendidos por inalar fumaça; VÍDEO

                                  foto:reprodução



Um incêndio atingiu um apartamento localizado no quarto andar do Edifício The Plaza Residence, na Avenida Milton Santos, bairro de Ondina, em Salvador, no fim da tarde deste sábado (13). O prédio é conhecido por estar situado em frente à famosa obra "As Meninas do Brasil", apelidada de como "Gordinhas".

 

Segundo informações do site Aratu On, o fogo teria se originado após uma vela cair no interior do imóvel, espalhando-se rapidamente. As chamas provocaram uma fumaça, gerando momentos de tensão para os moradores. Confira em imagens registradas no incêndio: 

 

O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) enviou equipes ao local, controlando rapidamente as chamas que tiveram início por volta das 17h. Apesar da intensidade do fogo, não houve registro de feridos graves. No entanto, três moradores precisaram ser socorridos após inalarem fumaça.

 

Eles foram atendidos no local por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhados a uma unidade de saúde. O estado de saúde atual das vítimas não foi detalhado. A causa exata do incidente segue sendo investigada.



Fonte: BAHIA NOTÍCIAS - 14/12/2025

Câmera Federal: Após duras críticas, Motta volta atrás e devolve segurança à deputada Talíria Petrone


                                            foto:reprodução



A líder do PSOL na Câmara dos Deputados, Talíria Petrone (PSOL-RJ), teve a escolta da Polícia Legislativa suspensa por decisão do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). De acordo com a parlamentar, a medida foi adotada de forma unilateral e sem comunicação prévia.

Após a decisão, Talíria apresentou um pedido de reconsideração, e Hugo Motta determinou que a escolta fosse mantida até que haja uma definição final sobre a solicitação da deputada.

Em nota, a Câmara informou que a suspensão ocorreu no dia 8 de dezembro, após parecer técnico apontar a inexistência de ameaças recorrentes ou de risco à integridade física da parlamentar. O documento foi elaborado pelo Departamento de Polícia Legislativa Federal, com base em consultas à Polícia Civil, ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e à Polícia Federal.

Segundo a nota, o tema será reavaliado à luz de precedentes da Câmara e das novas informações apresentadas por Talíria.

A deputada conta com escolta desde 2020, quando passou a receber ameaças de morte que, segundo ela, persistem até hoje. Em novo posicionamento, Talíria afirmou que inquéritos das polícias Federal e Civil foram instaurados para apurar os episódios, que seguem em andamento.

“Nenhum desses procedimentos concluiu pela inexistência de risco. Nenhum identificou plenamente os autores das ameaças. Nenhum produziu laudo técnico que atestasse a eliminação da ameaça. O conjunto desses processos demonstra um risco contínuo, múltiplo e crescente, incompatível com a suspensão da escolta”, declarou a deputada.

Talíria também informou que precisou contratar segurança privada para cumprir compromissos no Rio de Janeiro neste fim de semana.

A parlamentar foi uma das principais articuladoras contra a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que acabou punido com suspensão de seis meses. Além disso, posicionou-se contra o projeto de lei que reduz penas de condenados pelo plano golpista — o chamado PL da Dosimetria — levado ao plenário por decisão de Hugo Motta e aprovado pela Câmara nesta semana.


Fonte: ICL NOTÍCIAS - 14/12/2025


INSS suspende quatro bancos do consignado por irregularidades; Confira


                                  foto:reprodução



O Governo Federal, por meio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), determinou a suspensão cautelar das operações de crédito consignado em quatro instituições financeiras: Banco Inter, Paraná Banco, Facta Financeira e Cobuccio Sociedade de Crédito Direto. A decisão, publicada no Diário Oficial da União, impede temporariamente que esses bancos contratem novos empréstimos consignados vinculados aos benefícios do INSS.

A medida tem caráter preventivo e não afeta contratos já existentes, que seguem válidos. Segundo o INSS, o objetivo é interromper práticas irregulares, combater assédio comercial e aumentar a transparência no serviço oferecido a aposentados e pensionistas.

De acordo com o órgão, a suspensão foi motivada por processos administrativos que investigam fraudes, ofertas abusivas e outras violações na comercialização do consignado. Desde a decisão, segurados não conseguem contratar novos empréstimos com as quatro instituições por meio da folha de pagamento.

A restrição vale exclusivamente para operações de consignado. Fora desse segmento, Banco Inter, Paraná Banco, Facta Financeira e Cobuccio continuam funcionando normalmente.

O INSS aponta que houve descumprimento de Acordos de Cooperação Técnica e relembra que já havia aplicado medida semelhante ao Banco Master por excesso de reclamações feitas por beneficiários.

As denúncias incluem fraudes, telemarketing agressivo e descontos não autorizados — práticas que atingem um público classificado como “hipervulnerável” pelo Código de Defesa do Consumidor e pelo Estatuto do Idoso. Relatórios da Controladoria-Geral da União também apontaram, em 2023, problemas como juros acima do permitido por lei, averbações indevidas e falhas em registros.

Com esse cenário, o governo decidiu reforçar ações de proteção, especialmente para empréstimos complexos, como os que têm desconto direto no benefício previdenciário.

Com a suspensão, aposentados e pensionistas devem consultar apenas a lista oficial de bancos habilitados ao consignado, disponível no site ou aplicativo Meu INSS.

O órgão reforça que a contratação de empréstimos é uma relação privada entre o cliente e a instituição financeira, cabendo ao INSS apenas operacionalizar descontos. Para isso, o segurado precisa ter o benefício desbloqueado — o que só ocorre após 90 dias da concessão, prazo imposto como medida de segurança.

O desbloqueio pode ser feito no Meu INSS, utilizando conta Gov.br com selo prata ou ouro, ou via agendamento pelo telefone 135.

Caso o beneficiário identifique um empréstimo não solicitado, deve registrar reclamação no site consumidor.gov.br, plataforma da Senacon, responsável por determinar o cancelamento. Em casos de golpes, também é recomendável registrar boletim de ocorrência.

Para realizar o procedimento no Meu INSS, basta seguir os passos:

  • Acessar o aplicativo ou site Meu INSS;
  • Selecionar “Novo Pedido”;
  • Digitar “bloquear” ou “desbloquear”;
  • Escolher o serviço correspondente;
  • Ler as orientações exibidas e avançar conforme indicado.

Fonte:Metro.com - 14/12/2025

sábado, 13 de dezembro de 2025

Política: Michelle "erra" cedilha em mensagem de apoio: "Forca, Eduardo"

                                         foto:reprodução


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) escreveu mensagem de apoio ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), nesta sexta-feira (12/12), após decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a esposa, Viviane Barci de Moraes, da lista de sancionados pela Lei Magnitsky. No comentário, porém, aparece "forca, Eduardo", sem o cedilha. 

Eduardo havia publicado nota de repúdio ao anúncio dos EUA no Instagram, em que declara esperar que a decisão do presidente Donald Trump seja "bem-sucedida em defender os interesses estratégicos dos americanos". Ele afirmou que seguirá trabalhando para "encontrar um caminho que permita a libertação do nosso país".

Michelle comete gafe em post de Eduardo Bolsonaro
Michelle comete gafe em post de Eduardo BolsonaroReprodução/Instagram @BolsonaroSP

A mensagem da ex-primeira-dama gerou repercussão. O deputado federal André Janones (PT-MG), apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, levou ao pé da letra a resposta de Michelle. Ponderou que, embora compreenda como erro o apoio de Eduardo às sanções dos EUA contra ministros e políticos brasileiros, ele é contra "pena de morte", em tom de deboche.

"Forca não uai! To bem que o cara é uma bosta, mas pena de morte já é demais", brincou Janones.

O ministro Alexandre de Moraes deixou hoje a lista do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos responsável por aplicar a Lei Global Magnitsky. A medida encerra um período de quase cinco meses em que o magistrado esteve submetido a bloqueios que o impediam de circular ou manter patrimônio nos Estados Unidos, além de barrar qualquer transação em dólar ou vínculo comercial com entidades norte-americanas.

A revogação da Lei Global Magnitsky também abrange a esposa de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes, e o Lex Instituto de Estudos Jurídicos Ltda., ligado à família. 

As sanções contra o ministro do Supremo e sua família foram decretadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em julho. À época, ele atribuiu a Moraes violações de direitos humanos pela atuação como relator do processo da trama golpista que resultou na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a mais de 27 anos de prisão.

Fonte: O ESADO DE MINAS - 13/12/2025 21h:40

Bolsonarismo em guerra: Dep. Nikolas Ferreira xinga o foragido Allan dos Santos: 'Você é um bosta'


                                        foto:reprodução


O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) xingou o comunicador bolsonarista Allan dos Santos, foragido da Justiça brasileira, e o chamou de “bosta”. A troca de ofensas ocorreu nas redes sociais nesta sexta-feira (12/12).

Allan dos Santos afirmou que Nikolas teria compartilhado uma publicação dele em um grupo de WhatsApp de deputados. “Por que enviar meu tuíte no grupo do WhatsApp dos deputados, Nikolas? Quer entrar ao vivo para discutir o assunto?”, escreveu no X, antigo Twitter. A publicação mencionada teria sido apagada e não estava mais disponível na rede.

Allan dos Santos afirmou que Nikolas teria compartilhado uma publicação dele em um grupo de WhatsApp de deputados. “Por que enviar meu tuíte no grupo do WhatsApp dos deputados, Nikolas? Quer entrar ao vivo para discutir o assunto?”, escreveu no X, antigo Twitter. A publicação mencionada teria sido apagada e não estava mais disponível na rede.

Após a provocação, Nikolas respondeu diretamente ao comunicador. “Não, porque você é um bosta”, declarou o parlamentar.

A discussão ocorreu no mesmo dia em que os Estados Unidos anunciaram a retirada das sanções impostas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e à esposa dele com base na Lei Magnitsky. A empresa da família do magistrado também foi retirada da lista de punições.

Dias antes, Allan dos Santos havia feito uma publicação citando a legislação e afirmando que o governo norte-americano não reverteria as sanções contra Moraes.


Fonte: Texto: O ESTADO DE MINAS - 13/12/2025
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Congresso: ‘Se minha amiga falar, aí cai tudo’: colegas de Fialek a estimulam a delatar chefes


Mariângela Fialek,  assessora do PP, chefiada por Arthur Lira, trabalhou com Ciro Nogueira, Jucá, Ricardo Barros e Temer
                                           



A advogada gaúcha Mariângela Fialek da Silva foi o alvo único da Operação Transparência deflagrada pela Polícia Federal a pedido do Ministério público Federal e autorizada pelo gabinete do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal. Em tom de piada, quando conversam descontraidamente durante animados convescotes embalados à base de música sertaneja goiana ou sofrência baiana e regados por vinhos de rótulos impagáveis para 99% dos brasileiros, muitos deputados e alguns senadores se referem a ela como “a CEO de nossa holding”.

Em clima de fim de festa, por volta das 5h45min da manhã da 6ª feira 12 de dezembro de 2025, agentes da PF, acompanhados de procuradores da República, amanheceram no apartamento de Mariângela Fialek, no Bloco A da SQSW 300, no setor Sudoeste, em Brasília, e numa sala do Anexo 2 da Câmara dos Deputados. É ali que a funcionária pública não concursada despacha com deputados, senadores e assessores parlamentares com o objetivo de definir para onde, para quem e em que momento seriam liberadas verbas públicas do Orçamento Geral da União. É ela quem estabelece as prioridades orçamentárias, sempre depois de ouvir o ex-chefe formal que segue como seu mentor informal, Arthur Lira. Só depois dessas instruções do “presidente do Conselho” da “holding” (para ficar no campo semântico da galhofa de vossas excelências), as emendas são enfim direcionadas para os parlamentares determinados.

Fialek recebe da Câmara um salário de R$ 23,7 mil, topo da carreira para não concursados, e está vinculada à Casa desde 2021. Chegou àquele posto a convite do deputado Arthur Lira (PP-AL), então recém-eleito presidente da Câmara. Quatro anos depois, quando Lira entregou a cadeira da presidência ao afilado Hugo Motta (Republicanos-PB), com quem agora anda às turras, acertou-se que “Tuca”, como Mariângela se tornou conhecida pelos colegas de trabalho e também entre os políticos, seria transferida com o salário do topo de careira para os quadros da liderança do PP na Câmara. Acertou-se, porém, que mesmo destituída do prestigioso crachá que a vincularia à Presidência da Mesa, a advogada seguiria na mesma sala que pertence ao organograma de espaços da administrativo da Casa Legislativa. Além disso, manteria a função de principal: direcionar as emendas parlamentares a serem pagas com o Orçamento da União por meio das emendas impositivas, das “emendas pix”, das “emendas de comissão” e das “emendas de bancada”.

Decisão de Dino é precisa e lapidar

O ministro Flávio Dino é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 854 (ADPF 854), impetrada pelo Psol, que visa esclarecer os meandros das destinações orçamentárias das emendas ao Orçamento Geral da União. Desde abril de 2024, quando a ADPF 854 foi herdada por seu gabinete do arquivo remanescente da ex-ministra Rosa Weber, ele se dedica ao escrutínio de todas as despesas orçamentárias pagas com o erário por determinação dos comandos do Congresso de 2020 para cá. A ação determinada para ocorrer no início da manhã desta última 6ª feira não tem relação direta (ainda) com a ADPF 854. É uma investigação correlata, por enquanto.

Em relação a este ano de 2025, mais de 70% das emendas pagas já estão nos conformes de transparência e rastreabilidade em razão do cumprimento de cautelares impostas pelo Supremo com o auxílio do MPF, da AGU, da CGU, do TCU, das presidências dos bancos BB, Caixa e BNB e até mesmo da Advocacia Geral do Senado e da Câmara. Mas, entre 2021 e 2024, justamente o período em que a holding informal “presidida” pela CEO Mariângela e tendo Lira à frente de seu “Conselho de Administração”, reina o obscurantismo, a irrastreabilidade e o mistério sobre a verdadeira autoria da maioria das emendas e o processo de licitação de obras públicas por meio das quais empresas e fornecedores privados se tornam aptos a fornecer bens e serviços para a União ou para os entes federados.

Mariângela Fialek não teve a prisão decretada pelo ministro do STF. Nem isso foi pedido pelos investigadores, pois não se fazia necessário. Flávio Dino sequer mandou demiti-la e deixá-la sem salário. Determinou apenas que a ex-assessora e eterna fiel escudeira de Lira  seja afastada de quaisquer atos designatórios relacionados a gastos com emendas parlamentares. Eles têm indicações firmes de que ela colaborará com as investigações. Os sigilos fiscal, bancário, telefônico e telemático dela foram quebrados. Em seu apartamento do Setor Sudoeste foram recolhidos celulares, laptops, tablets, cadernos de anotações e uma mala de arquivo, além de pen-drives. Na sala da Câmara, Quartel General da Tropa de Choque de parlamentares de amplo espectro partidário que cerravam fileiras em defesa de Mariângela e de seus métodos de “executiva do Orçamento Secreto”, muitos papéis, computadores, arquivos, tablets e até mesmo um celular funcional foram recolhidos pelos policiais federais e procuradores. Bens pertencentes a outros funcionários que trabalhavam na mesma sala também foram levados. “Se minha amiga falar, aí cai tudo”, disse no meio da manhã de ontem uma colega de sala de Mariângela Fialek depois que força-tarefa enviada por ordem do ministro Dino deixou a repartição. “Ela é uma pessoa honesta, correta, exemplar. Mas, cumpria ordens. Isso cumpria à risca. Eu, se fosse ela, falava tudo”.

Fialek assessorou o ‘Centrão’

Mariângela Fialek graduou-se em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1998 e tem o mestrado em Direito do Estado pela Univrsidade de São Paulo. Depois de atuar de forma destacada como profissional de Relações Governamentais para diversas entidades paraestatais como o Instituto Euvaldo Lodi, vinculado à Confederação Nacional da Indústria, e para a organização não-governamental Casa Política, desembarcou no perigoso mundo da assessoria política direta atendendo a um chamado do ministro da Casa Civil de Michel Temer, o também gaúcho Eliseu Padilha, no período em que o ex-vice de Dilma Rousseff ocupou a presidência com a deposição da ex-presidente. Essa assessoria para a Casa Civil levou-a a integrar os conselhos fiscais do BNDES, da empresa Pré-Sal Petróleo e a se tornar subchefe da Assessoria Parlamentar da Presidência da República (comandada por Temer). De lá, foi para o Ministério do Desenvolvimento Regional levada pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), cujo gabinete chefiou nos tempos de Senado. A passagem de Jucá pelo MDR de Temer foi de apenas 15 dias, defenestrado por denúncias. De volta ao Senado, Mariângela assessorava o senador por Roraima sobretudo na relação dele com o Poder Judiciário com associações de magistrados. Ela trabalhava com Jucá quando ele foi gravado pelo ex-senador Sérgio Machado, nos primórdios da Operação Lava Jato, dizendo que era preciso “estancar a sangria” do lavajatismo do Ministério Público tirando Dilma Rousseff da presidência da República e fazendo um acordo “com o Supremo, com tudo”.

Entre 2019 e 2020, no início do governo Jair Bolsonaro, a advogada gaúcha perdeu o cargo no Planalto, mas, levada por amigos que fez no MDB “temerista”, foi indicada para assumir a Subsecretaria de Assuntos de Governo do Estado de São Paulo no período de João Doria. Mexia com emendas parlamentares também no Palácio do Morumbi. Em fins de 2020, ele foi puxada de volta a Brasília para uma assessoria do Ministério de Desenvolvimento Regional e recebeu como prêmio de consolo salarial um posto no Conselho Fiscal na Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios São Francisco e Parnaíba.

Por meio de emendas “mágicas” patrocinadas pelo senador Davi Alcolumbre, presidente do Senado também naquele momento, como agora, a Codevasf havia sido transformada num mostrengo para gastanças orçamentárias por meio de emendas parlamentares. Mesmo a milhares de quilômetros de distância do leito, do vale ou da foz dos rios São Francisco e Parnaíba,  cidades como a Macapá de Alcolumbre ou a Goiânia de Ronaldo Caiado receberam escritórios regionais da Codevasf. A empresa que era para desenvolver perímetros irrigados por grandes rios perenes do Nordeste se converteu, sob Bolsonaro, com o comando de Alcolumbre e tendo a assessora de Arthur Lira à frente, na maior calçadora de ruas e obreira de meios-fios da República – tudo feito por licitações chinfrins beneficiando empresas que eram pagas com verbas da União determinadas a partir das emendas impositivas e das emendas pix emanadas do Congresso Nacional.

Em janeiro de 2021, o senador Ciro Nogueira, que conhecia Mariângela desde os tempos de Michel Temer e sabia que ela tinha excelente relação com seu futuro secretário-executivo Jonathan Assunção (também investigado pelo STF, pela PF e pelo MPF em outras ações relativas à ADPF 854 e ainda respondendo a ações de investigação do Grupo Refit e do empresário Ricardo Magro na Operação Poço de Lobato), levou-a pelas mãos até Arthur Lira. Deu match.

Jonathan já era o executivo da Casa Civil do general Braga Neto e resolvia tudo das emendas no Palácio do Planalto. Fialek batia bola com ele em sintonia fina, como se fossem uma dupla improvável entre Marta e Pelé tabelando nos gramados insondáveis do Orçamento da União. Mas, nem Jonathan é Pelé, nem Mariângela é Marta, e nem o Orçamento Secreto se presta a um campo digno para pelejas limpas: é um charco. Para dobar o salário que ganhava na Câmara, Mariângela se tornou integrante do Conselho Fiscal da Caixa Econômica, cujo presidente é indicado por Arthur Lira tanto agora, como no período de Bolsonaro na presidência do segundo maior banco público federal.

O currículo de Mariângela Fialek a pôs sempre perto e, às vezes, dentro do circuito do perigo. Porém, não há evidências de que tenha se locupletado nas ações investigadas pelo Supremo Tribunal Federal. É por isso que entre os conselheiros de investigação de Dino na ADPF 854 se imagina que a advogada pode atender aos apelos dos colegas de trabalho na Câmara e falar o que sabe das patranhas cometidas com o Orçamento da União em sua versão “Orçamento Secreto”, impositivo, pago por meio de “emendas pix” e nas categorias de emendas individuais, de bancada e de comissão. O ano de 2025 está muito longe de acabar em Brasília, apesar de ser já meados de dezembro pelo calendário gregoriano.

Fonte: JOÃO CARLOS PINTO/ICL NOTÍCIAS - 13/12/2025 20h