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sábado, 29 de julho de 2023

No Recife: Incêndio atinge apartamento em que Maísa Silva estava com amigos

                                               Foto:reprodução

                                            fotos:divulgação /CB

Corpo de Bombeiros divulgou imagens do apartamento que pegou fogo em Recife, Pernambuco. A atriz Maisa Silva estava hospedada no imóvel com amigos, e todas as sete pessoas conseguiram sair sem ferimentos.

Empresário de Maisa Silva, Guilherme Oliveira afirmou nas redes sociais, neste sábado (29/7), que a atriz e seus amigos estão bem.

“Maisa e seus amigos estão bem, contando com o apoio de familiares e pessoas queridas. Gostaríamos de agradecer por todas as mensagens de carinho, respeito e preocupação”, diz a nota.

 

Causa do incêndio

O subsíndico Luiz Leal afirmou que os bombeiros apontaram que o incêndio pode ter começado após um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado.

A informação foi divulgada ao jornal Folha de Pernambuco. A corporação ainda afirmou ao site que o Corpo de Bombeiros enviou 10 viaturas ao prédio, enquanto o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atuou com três ambulâncias.

Fonte:Metrópoles - 29/07/2023

Bolsonaro pediu Pix para pagar multa, recebeu 17 milhões e não pagou dívida ao Estado de São Paulo

 

EVARISTO SA/AFP
Segundo o relatório do Coaf, o ex-presidente aplicou o montante do Pix em investimentos de renda fixa - FOTO: EVARISTO SA/AFP

Mesmo com os R$ 17,1 milhões recebidos via Pix, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pagou suas multas com o Estado de São Paulo. O registro de débitos inscritos na dívida ativa paulista aponta que o ex-chefe do Executivo brasileiro tem sete multas na Secretaria de Saúde do Estado, que somam uma dívida de mais de R$ 1 milhão.

Em junho, deputados e influenciadores bolsonaristas chegaram a fazer uma campanha pedindo doações por Pix ao ex-presidente, alegando que ele seria vítima de "assédio judicial" e que precisa de ajuda para pagar o que chamaram de "diversas multas em processos absurdos".

A assessoria do político confirmou o número do Pix, e o próprio Bolsonaro não desautorizou os depósitos e veio a público, no fim de junho, para dizer que a "vaquinha" arrecadou o suficiente para pagar multas, sem revelar valor.

A revelação dos R$ 17,1 milhões, arrecadados por meio de 769 mil transações feitas para a conta de Bolsonaro de janeiro a julho deste ano, é de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O valor corresponde quase à totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023: R$ 18.498.532,00


Ainda assim, mesmo depois de receber um valor que pagaria 17 vezes suas multas acumuladas - e que representa oito vezes o que declarou de bens ao TSE - o ex-presidente continua inscrito na dívida ativa de São Paulo e foi alvo de cinco ações de execução fiscal (procedimento usado pela Administração Tributária para cobrança judicial da dívida ativa) movidas pela fazenda pública do estado. Atualmente ele tem R$ 824.295,60 em imóveis e ativos financeiros bloqueados.

A assessoria do político confirmou o número do Pix, e o próprio Bolsonaro não desautorizou os depósitos e veio a público, no fim de junho, para dizer que a "vaquinha" arrecadou o suficiente para pagar multas, sem revelar valor.

A revelação dos R$ 17,1 milhões, arrecadados por meio de 769 mil transações feitas para a conta de Bolsonaro de janeiro a julho deste ano, é de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O valor corresponde quase à totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023: R$ 18.498.532.

Ainda assim, mesmo depois de receber um valor que pagaria 17 vezes suas multas acumuladas - e que representa oito vezes o que declarou de bens ao TSE - o ex-presidente continua inscrito na dívida ativa de São Paulo e foi alvo de cinco ações de execução fiscal (procedimento usado pela Administração Tributária para cobrança judicial da dívida ativa) movidas pela fazenda pública do estado. Atualmente ele tem R$ 824.295,60 em imóveis e ativos financeiros bloqueados.


Defesa de Bolsonaro diz que origem de R$ 17 milhões é ‘absolutamente lícita’


Em comunicado à imprensa, a defesa de Bolsonaro afirmou que o recebimento é lícito.

"Para que não se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita". Disse ainda que adotará medidas legais cabíveis para investigar a divulgação das informações.

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel da ativa Mauro Cesar Barbosa Cid, também apareceu em relatório do Coaf que indica que Cid recebeu depósitos de R$ 1,4 milhão em seis meses, com movimentações consideradas "atípicas" entre julho de 2022 a maio deste ano.

O relatório mostrou, ainda, que Cid enviou R$ 368 mil para os EUA em remessa "atípica" em janeiro de 2023, quando Bolsonaro já estava no País. O Coaf afirma que a "movimentação elevada" pode indicar "tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio"


Fonte: Jornal do Comércio - 29/07/2023


Caso Marielle: Print entregou PM que vazava operações para Ronnie Lessa


                                          foto:reprodução/faceboob/PF

O sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ) Maurício Júnior, o Mauricinho, até tentou esconder sua relação com os acusados de executar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, só que uma captura de tela (print) de uma conversa comprometedora por WhatsApp acabou revelando que ele vazou informações da investigação para os suspeitos. Entre eles, o ex-PM Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos.

O apartamento de Mauricinho no condomínio Viva Viver, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na última segunda-feira (24/7), em uma operação do caso Marielle.

No mesmo dia, a Polícia Federal (PF) prendeu o ex-bombeiro Maxwell Corrêa, suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora. Outros seis mandados de busca foram cumpridos na ocasião.

Segundo a PF, Mauricinho é suspeito de vazar detalhes da investigação para os executores do crime.

Cerveja com Ronnie Lessa

Mauricinho entrou no radar dos investigadores do caso Marielle ainda em 2019, pouco antes de completar um ano do assassinato.

Em janeiro de 2019, o Setor de Inteligência da Polícia Civil flagrou um encontro entre Mauricinho e Ronnie Lessa, além do também policial Pedro Bazzanella, no Bar Resenha, na Barra da Tijuca.

Horas antes desse encontro, Bazzanella e o ex-PM Élcio de Queiroz haviam dado depoimentos sobre o caso Marielle na Delegacia de Homicídios. Antes e depois dos depoimentos, eles se encontraram com Lessa no bar, sendo que Mauricinho participou da última conversa.

Para a inteligência da Polícia Civil, esse encontro tinha o objetivo de manipular os depoimentos.

                                            

Essas evidências fizeram com que os endereços de Mauricinho fossem alvos de mandados de busca e apreensão em março daquele ano, na Operação Lume, a mesma que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, os ex-policiais acusados de executar a vereadora.

Acontece que Mauricinho ficou sabendo dessa operação na noite anterior, por meio de um amigo conhecido como Jomarzinho, filho de um delegado da Polícia Federal.

Com essa informação em mãos, Mauricinho não só avisou os possíveis alvos, como Ronnie Lessa, mas também ficou longe dos dois endereços em que a polícia iria cumprir os mandados contra ele.

Um dia depois da operação, o sargento Mauricinho compareceu voluntariamente na Divisão de Homicídios do Rio e entregou um celular Android para os investigadores. Só que o celular pelo qual ele vazou a operação não era esse, e sim um aparelho da marca Apple.

Print não some

Às 23h do dia 11 de março, um dia antes da Operação Lume, Mauricinho recebeu uma sequência de mensagens por WhatsApp de Jomarzinho, o filho do delegado da PF. “Recebi um informe agora que vai ter operação Marielle amanhã”, dizia trecho das mensagens.

Mauricinho então teria tirado um print da conversa pelo seu Iphone a fim de enviar a informação para os envolvidos no crime, segundo a PF.

O sargento usava o aplicativo Confide, que destrói as mensagens após serem lidas, assim como os suspeitos Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz.

Reprodução/PFPrint de mensagens de suspeitos de vazar operação do caso Marielle - Metrópoles
Operação do caso Marielle vazou pelas redes sociais

Embora a mensagem tenha sido destruída, a polícia conseguiu comprovar que Lessa entrou no aplicativo Confide um minuto depois de Mauricinho dizer que passaria a informação para a frente. De acordo com a PF, esse foi o momento em que o vazamento acabou repassado para Ronnie Lessa, que, em seguida, informou Élcio.

O print da conversa foi parar na “nuvem” do Iphone de Mauricinho. A “nuvem” é uma tecnologia que permite acesso remoto a armazenamento de arquivos. Assim, mesmo a captura de tela sendo excluída e destruída, ela continuou intacta na “nuvem”, que foi acessada pela PF.

A reportagem tenta localizar a defesa do sargento Maurício. O espaço segue aberto.

Fonte:Metropoles/reprodução 29/07/2023

sexta-feira, 28 de julho de 2023

Coaf: 2º Sargento que teria pagado contas de Michelle depositou R$ 70 mil para Mauro Cid

Tenente-coronel Mauro César Barbosa Cid
O ex- ajudante de ordens de Bolsonaro - Tenente-coronel Mauro Cid - foto:Lula Marques/ Agência Brasil 


                                        
De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o segundo-sargento Luis Marcos dos Reis, suspeito de sacar dinheiro vivo para pagar as contas da então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, depositou mais de R$ 70 mil para o tenente-coronel Mauro Cid. ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL). As informações são do portal UOL.

O relatório do Coaf enviado à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os ataques de 8 de janeiro aponta dois lançamentos de Reis na conta de Cid. Os repasses ocorreram entre 26 de julho de 2022 e 25 de janeiro deste ano.

“Principais remetentes/depositantes identificados: Luis Marcos dos Reis – (segundo-sargento EXÉRCITO – militar em geral) – 2 lançamento(s) no total de: R$70.410,00”, diz trecho do relatório.

Luis Marcos dos Reis é um dos seis presos pela Polícia Federal (PF) por supostamente falsificar registros de vacina no Sistema Único de Saúde (SUS).

Fonte: Metrópoles c/adaptações 29/07/2023

Pix para Bolsonaro inclui bilionário, ex-ministro do TSE e locutor de rodeio, diz Coaf

 



Relatório do Coaf indica que Jair Bolsonaro recebeu pagamentos de R$ 5 mil a R$ 20 mil de 19 pessoas e empresas, incluindo o locutor de rodeios Cuiabano Lima, o ex-ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Admar Gonzaga Neto e o empresário Marcos Ermírio de Moraes, herdeiro do Grupo Votorantim. O repórter do UOL Felipe Pereira traz os detalhes.

Justiça: Acusados de matar Bruno e Dom ficam em silêncio durante audiência

                                              imagem:reprodução/Arte agência
                                          

Os três réus acusados de assassinar e ocultar os corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips ficaram em silêncio perante o juiz federal que presidiu a audiência de instrução realizada na manhã desta quinta-feira (27), em Tabatinga (AM).

Amarildo da Costa de Oliveira (Pelado); seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira (Dos Santos), e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, participaram da audiência por videoconferência, já que estão presos preventivamente em penitenciárias federais de Campo Grande (MT) e Catanduvas (PR).

Antes de começar a interrogar os réus, o juiz federal Wendelson Pereira Pessoa se debruçou sobre questões processuais pendentes, como o pedido feito pela defesa para que documentos e informações reunidas em outro inquérito, que resultou no indiciamento de Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, como um dos mandantes do duplo assassinato, fossem anexados ao processo a que Amarildo, Oseney e Jefferson estão respondendo.

Na ata da audiência, o juiz federal justificou sua decisão de não aceitar a “juntada” dos inquéritos afirmando que isso “apenas tumultuaria o trâmite processual”. Villar já é réu em outros dois processos judiciais.

Porte de arma

Encerrada a tentativa de ouvir os réus, o magistrado determinou que Exército e Polícia Federal (PF) sejam oficiadas para informar, em até dez dias após serem notificadas, se o indigenista Bruno Pereira tinha autorização para possuir e portar uma arma de fogo e, em caso afirmativo, de que tipo.

“Tendo em vista o depoimento de todas as testemunhas de acusação, defesa e réus do processo que afirmaram o uso de arma de fogo e possível porte por Bruno Pereira, [determino que também] seja encaminhado ofício ao Exército e à Polícia Federal para que informem se Bruno Pereira realizou a requisição para posse ou porte de arma de fogo de calibre mais potente do que a anterior […] Oficie-se para cumprimento no prazo de dez dias”, fez constar, na ata, o juiz federal.

Pessoa também concedeu prazos para que as partes apresentem suas alegações finais por escrito: dez dias para o Ministério Público Federal (MPF), cindo dias para os assistentes de acusação e dez dias para a defesa de Amarildo, Oseney e Jefferson.

Segundo o MPF, após a apresentação das alegações finais, caberá à Justiça Federal decidir se os acusados irão ou não a júri popular. Em nota, o MPF garantiu que os procuradores que cuidam do caso “cumprirão o prazo estabelecido, manifestando-se conclusivamente com a maior brevidade possível”.

Histórico


Bruno e Phillips foram mortos no dia 5 de junho de 2022, vítimas de uma emboscada, enquanto viajavam de barco pela região do Vale do Javari, no Amazonas. Localizada próxima à fronteira brasileira com o Peru e a Colômbia, a região abriga a Terra Indígena Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares (cada hectare corresponde, aproximadamente, às medidas de um campo de futebol oficial). A área também abriga o maior número de indígenas isolados ou de contato recente do mundo.

dupla foi vista pela última vez enquanto se deslocava da comunidade São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), onde se reuniria com lideranças indígenas e de comunidades ribeirinhas. Seus corpos foram resgatados dez dias depois. Eles estavam enterrados em uma área de mata fechada, a cerca de 3 quilômetros da calha do Rio Itacoaí.

Colaborador do jornal britânico The Guardian, Dom se dedicava a cobertura jornalística ambiental – incluindo os conflitos fundiários e a situação dos povos indígenas – e preparava um livro sobre a Amazônia. Pereira já tinha ocupado a Coordenação-Geral de Índios Isolados e Recém Contatados da Fundação Nacional do Índio (Funai) antes de se licenciar da fundação, sem vencimentos, e passar a trabalhar para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja). Por sua atuação em defesa das comunidades indígenas e da preservação do meio ambiente, recebeu diversas ameaças de morte.

Identificados e detidos, Amarildo, Jefferson e Oseney foram denunciados por assassinar e ocultar os cadáveres das vítimas. Na denúncia, feita em julho de 2022, o MPF aponta que, inicialmente, Amarildo e Jefferson admitiram os crimes, embora, posteriormente, tenham mudado os depoimentos. Ainda assim, para os procuradores, “os elementos colhidos no curso das apurações apontam que o homicídio de Bruno teria correlação com suas atividades em defesa da coletividade indígena. Dom, por sua vez, foi executado para garantir a ocultação e impunidade do crime cometido contra Bruno”.

Fonte:Agência Brasil/Edição: Aline Leal 28/07/2023

TSE multa Bolsonaro R$ 55 mil e manda comprovar gastos com Bicentenário

                                            foto:Igo Estrela/Metropoles

O corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves, determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o então candidato a vice-presidente nas eleições de 2022, Walter Braga Netto, mostrem como foram efetuados os gastos nas comemorações do Bicentenário da Independência. As comprovações referem-se aos eventos feitos em Brasília e no Rio de Janeiro.

O ministro ainda aplicou multa individual de R$ 55 mil aos dois por litigância de má-fé, ao manterem no ar publicidade da festividade, considerada irregular.

Bolsonaro e Braga Netto são investigados em ações do TSE por abuso de poder político e uso indevido de comunicação. Ao aplicar as multas, que somam R$ 110 mil, o tribunal considerou que ambos descumpriram decisão para excluir das redes sociais propaganda eleitoral contendo material com imagens do então presidente da República e candidato às eleições, tiradas em eventos do Bicentenário da Independência.

Fonte: Metrópoles c/adaptações 28/07/2023

SP: Ação de Chico Buarque contra Flávio Bolsonaro termina sem acordo


                                    foto:divulgação

A audiência para tratar da ação movida pelo cantor, compositor e escritor Chico Buarque contra o senador Flávio Bolsonaro terminou nesta quinta-feira (27), sem acordo.

Por conta do impasse, o 6º Juizado Especial Cível da Lagoa decidiu que a leitura da sentença para julgar o caso sairá em 23 de agosto. PODRÍA INTERESAR



E Tanto Chico quanto o filho de Bolsonaro alegaram que já apresentaram suas posições finais a respeito do tema.

O motivo da ação

Segundo informações da coluna de Ancelmo Gois, no Globo, a razão da ação foi um post em que Flávio Bolsonaro usa do tradicional meme da capa do álbum de Chico de 1966, em que ele aparece em duas fotos, uma rindo e na outra sério.

Na postagem, o senador de extrema-direita ataca quem votou no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sugere o apoio do artista a um suposto "roubo dos pobres".

Fonte:Revista Fórum - 28/07/2023

‘Os negros não estão atrás de um Brasil só para eles’, diz escritora Cida Bento



                                   
                                               foto:Renata Parada/reprodução


Em Salvador para o lançamento do seu livro Pacto da Branquitude, a psicóloga, pesquisadora e ativista do movimento negro e de mulheres negras, Cida Bento, se diz otimista em relação aos processos de transformações sociais e raciais da sociedade brasileira, impulsionado, sobretudo, pelas lutas coletivas. Pacto da Branquitute, publicado pela Companhia das Letras, denuncia enquanto questiona a universalidade da branquitude e suas consequências sociais e subjetivas para os diferentes grupos em convivência no Brasil.

Se para a população branca o pacto dá à luz a manutenção de privilégios, para a população negra, o resultado é um processo histórico de invisibilização, silenciamento e opressão. “É um acordo não verbalizado, não combinado”, mas que produz efeitos nas mais diversas dimensões da vida.

O lançamento acontece nesta sexta-feira-feira (28), às 18h30, como parte da programação do projeto Casa Mulher com a Palavra, instalada no Goethe-Institut, no Corredor da Vitória. A entrada é gratuita.

O que é o pacto e por que ele é chamado narcísico?

É um pacto de dominação. O pacto da branquitude é um acordo não verbalizado, não combinado, entre brancos para o fortalecimento, priorização, defesa de privilégios entre brancos. É menos um pacto racional, mas um pacto que tem várias dimensões que estão no campo dos afetos, das emoções, dos sentimentos, do medo. Ele se traduz no ato de privilegiar, em diferentes situações, os iguais. Isso é perceptível em qualquer bloco de organizações que a gente tem na sociedade, sejam empresarias, sindicais, governamentais. Em todas as organizações da sociedade civil, em diferentes campos, sempre você tem uma presença branca num lugar de liderança e tem aí a experiência de quem pensa o Brasil.

A gente, então, não está falando apenas de indivíduos, mas também de estruturas e condições dessa estrutura?

É coletivo. O pacto da branquitude remete a uma proteção dos grupos. As instituições explicitam como é esse pacto pela estrutura delas, não só pela predominância dos brancos nos lugares de vanguarda e de poder, mas pela perspectiva branca que está nos produtos, nos serviços, nos atendimentos, na maneira em que trata os não-brancos. Nas universidades, por exemplo, raramente se o referencial teórico das disciplinas que se revele multiplicidade. Em geral, são estudiosos, formuladores brancos, europeus ou estadudinenses. Você também vai ver isso em todas as instituições. Reúne desembargadores, eles são brancos. Juízes, são brancos. E tem um jeito branco de exercer o seu trabalho.

Se por um lado temos privilégios, do outro temos opressões, a exemplo do encarceramento majoritariamente negro?

Exatamente. O interessante do pacto, e por isso ele tem essa dimensão compartilhada, foi por isso que ele tem essa dimensão compartilhada, coletiva, sem ter sido combinada, é que se reflete em diferentes instituições. É uma coisa de herança. Eu destaco muito o período colonial europeu e todas as suas consequências onde quer que ocorreu. Você tem uma transmissão de herança simbólica, o modo de pensar os negros, os modos de se sentir em relação a eles, a ética, a moral envolvida nas relações com os negros são diferentes. É nessa dimensão que é um acordo não verbalizado. Os negros são vistos como pessoas de segunda categoria.

Quando a gente olha o discurso sobre a meritocracia é possível afirmar que também estamos falando sobre o pacto da branquitude?

Eu penso que sim. Eu uso a expressão de uma herança branca o fato de estarem nos lugares. A maioria dos lugares de poder hegemonizado pelos brancos precisa ter uma explicação aceitável para as pessoas que ocupam esses lugares. E elas dizem ‘eu estou aqui porque eu mereço’. E é o sistema meritocrático. Elas acreditam nisso e fazem muito outros grupos acreditarem que não estão suficientemente preparados. Eles próprios acreditam que essa herança escravocrata de quase cinco séculos não marca o lugar deles hoje, que estão onde estão por mérito. Não que não tenham mérito, mas tem muitos outros seguimentos que têm mérito e não conseguem ocupar lugares similares. Então, o sistema meritocrático é um jeito de viver. ‘Os negros não são suficientemente preparados para ocupar esse ou aquele lugar, para estar nas nossas universidades, nos nossos espaços de poder’. Esse conceito é defensivo. Mas também precipita com medo da convivência. Manter distante os corpos negros, distante dos lugares brancos e dos melhores lugares é uma estratégia também não combinada.

Você defendeu a tese que é base do seu livro em 2002. Quando, hoje, olha para a realidade brasileira, quais mudanças percebe?

Muitas. Tem um livro do Florestan Fernandes que se chama ‘O Saber Militante’. Ele disse que quando um negro se movimenta, no sentido de emancipatório, ele movimenta o Brasil. Percebo que nós avançamos muito, mas parece pouco porque a gente tem que educar um país, civilizar um país, no sentido de que os recursos públicos são públicos, são de todos nós. Os mares são de todos nós, então, suas empresas não podem sujar. Não se pode devastar nossas florestas por questões financeiras. O nosso trabalho é de educação de todo um país para não hegemonizar sobre todos os recursos a concepção de que a terra é de um único segmento.

Uma conscientização coletiva?

Exato. Eu vejo muita mudança nossa que provoca mudanças deles. Quanto mais a gente avança, quanto mais as nossas vozes ficam mais fortes, mais violenta fica a polícia; mais defensiva ficam pessoas que lideram instituições. Defensivas no sentido de dificuldade de aceitar a presença negra. De outro lado, justamente pela competência e força do movimento negro e das mulheres negras, cresce muito a nossa presença em espaços cada vez mais estratégicos, como as mídias, na produção de livros, nossa presença na universidade e a pressão que fazemos para estar em todos os lugares. Vejo as pessoas falarem ‘mas não mudou’. Mudou, sim, e está mudando cada vez mais. Nós estamos mobilizando muitas forças brancas, muitos brancos antirracistas, que vão percebendo que é insustentável uma sociedade em que um grupo hegemoniza, os espaços de poderes, todos os recursos. Não tem nenhuma chance de ter democracia numa sociedade onde mais da metade da população é alijada dos espaços de poder, de recursos financeiros e de toda a ordem.

Sobre o rompimento do ciclo, quem são os atores e qual o papel de cada um no processo?

Acredito que aqueles que legislam, aqueles que têm terra, aqueles que decidem sobre mercado de trabalho. Todos que sustentam a democracia precisam mudar. As empresas, os bancos, os sindicatos, o judiciário, os ministérios. Tem que ter debate, tem que ter ação afirmativa em todos esses lugares para pensar no Brasil de maneira diferente, para pensar os bens materiais e imateriais para todas as pessoas, para todos os brasileiros, não é só para os negros. Os negros não estão atrás de um Brasil só para eles, estão atrás de um Brasil onde eles também possam ter tratamentos e oportunidades iguais a qualquer outro grupo. É preciso uma reparação em todas as áreas, na saúde, na educação. Nunca os governos Têm, ao mesmo tempo, o recurso para toda a população. Então, quando ele vai distribuir deve privilegiar os lugares onde se tem as populações mais empobrecidas, mais negras, mais quilombolas, mais indígenas. Qualquer programa institucional tem que privilegiar esses cursos para a gente poder caminhar para uma democracia.

Você citou que a ação da população negra tem impulsionado mudanças, mas num país em que o letramento racial é um grande desafio, como alcançar aquele indivíduo que não consegue nem mesmo perceber que é violentado em diversas instâncias?

Quando eu vejo as escolas de samba, eu percebo o quanto a nossa voz, que parecia que era só para nós negros, nossa voz do movimento negro, ela, hoje, está em todo canto. Quando você vê as letras de diferentes grupos negros no mundo artístico, você vê uma massa crítica crescente. Eu penso que a mídia é um lugar importante e estarmos nesses espaços e lá contribui para que o Brasil se pense como um lugar para todas as adversidades de seguimentos que está na nossa sociedade é importantíssimo para mim. A televisão, todas as pessoas assistem. As tecnologias, outro exemplo, têm que ser espaços que contribuam para as pessoas pensem em equidade. Então, onde você tem um grande acesso da população, é preciso que a gente traga essas informações que auxiliam as pessoas a olharem para sua própria situação, a pensarem o poder público um poder que deve atender a todos, a criticar, por exemplo, os partidos que se apropriaram de recursos das candidaturas femininas. Que possamos exigir uma educação para as crianças que contemplem livros e brinquedos, que saibam a diversidade, que seja uma escola hospitaleira. Esse processo vem crescendo com uma grande força do movimento negro e de mulheres negras, mas as pessoas brancas antirracistas que estão nessas instituições são fundamentais para ajudar. Uma democracia só existe se tiver equidade.


Fonte: Mari Leal/Correio da Bahia - 28/07/2023

Bahia: Resultado final do concurso para PM e Bombeiros é divulgado



O resultado final do concurso SAEB/05/2022, que visa o preenchimento de vagas para soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros da Bahia foi divulgado no Diário Oficial do Estado (DOE) desta sexta-feira (28).

A edição do DOE também traz a relação dos aprovados por ordem de classificação. Os resultados podem ser conferidos também no Portal RH Bahia e no site da organizadora do certame. O concurso oferta duas mil vagas para soldado da Polícia Militar e outras 500 para soldado do Corpo de Bombeiros.

Os selecionados da PM serão lotados em Salvador e Região Metropolitana, além de outros oito municípios do interior (Feira de Santana, Alagoinhas, Itaberaba, Ilhéus, Juazeiro, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas e Barreiras). Já as vagas para o Corpo de Bombeiros estão disponíveis na capital, RMS e em nove cidades: Itabuna, Porto Seguro, Itaberaba, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Barreiras, Teixeira de Freitas, Alagoinhas e Bom Jesus da Lapa.

CONFIRA AQUI A LISTA:


https://www.concursosfcc.com.br/concursos/govba222/resultado_final_e_homologacao_doe_de_28.07.2023__2_.pdf




Fonte: Correio da Bahia C/ADAPTAÇÕES  28/07/2023

Rio: Quem é o filho de delegado da PF suspeito de vazar operação do caso Marielle


                                                         foto:reprodução/facebook

Jomar Duarte Bittencourt Junior, 37 anos, mais conhecido como Jomarzinho ou Jomar Jr, foi surpreendido na manhã da última segunda-feira (24/7) com operação de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) em seu apartamento, no condomínio Cielo Vita, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)

Jomarzinho é um dos investigados no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo as investigações, ele vazou uma operação policial em 2019, beneficiando acusados de executar o crime.

“Recebi um informe agora que vai ter operação Marielle amanhã”, escreveu ele para um contato no WhatsApp, de apelido Mauricinho, na noite de 11 de março de 2019.

Em seguida, Mauricinho teria ajudado a repassar o vazamento para os acusados de executar a vereadora, incluindo o ex-PM Ronnie Lessa, que até tentou fugir, mas foi preso no dia seguinte.

Os investigadores não deixaram claro como Jomarzinho obteve a informação privilegiada, mas deixam sugerido pela filiação do mesmo. Jomar Jr é filho de um delegado aposentado da Polícia Federal, Jomar Bittencourt, de 68 anos (foto em destaque).

O Jomar pai inclusive já foi candidato a deputado federal em 2018, pelo Avante do Rio de Janeiro, e foi derrotado nas urnas com 1.597 votos.

Mãe ironizou Marielle

A mãe de Jomar Jr é a advogada Neide Simões Bittencourt, de 66 anos. Em março de 2019, poucos dias depois da operação policial que prendeu Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ela usou suas redes sociais para ironizar o assassinato de Marielle.


“Esperando (Marcelo) Freixo dizer que cadeia não resolve e que os assassinos de Marielle merecem uma 2ª chance”, escreveu a advogada no dia 16 de março. Em outros dois momentos, ela compartilhou mensagens que questionam a importância dada ao caso Marielle.

Reprodução/FacebookPrint de publicação da Neide, mãe do Jomarzinho, no Facebook sobre caso Marielle - Metrópoles
Publicação de Neide, mãe de Jomarzinho, ironiza morte de Marielle Franco

Pancadaria e sonho

A última vez que Jomarzinho foi parar em sites de notícia foi em novembro de 2008. O nome de Jomar Jr foi citado em uma reportagem da Veja Rio sobre uma briga na casa noturna 00.

Jomarzinho faria parte de um grupo de rapazes que se envolveram em uma briga com o ator global Marcello Novaes. O ator ficou ferido após levar uma cotovelada e levou 21 pontos.

O agora investigado Jomar Jr tinha o desejo de seguir carreira na Polícia Militar. Em 2015 ele tentou um concurso para entrar na Polícia Militar do Rio e foi reprovado no exame antropométrico, pois seu índice de massa corporal ultrapassava o exigido.

Com ajuda da mãe advogada, ele entrou com uma ação na justiça justificando que tinha hipertrofia muscular. No entanto, o judiciário não aceitou a argumentação e o pedido de inclusão no concurso foi indeferido.

Metrópoles entrou em contato com a advogada Neide Bittencourt, mãe de Jomarzinho, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.

Fonte:Metrópoles - 28/07/2023 10h:23