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sábado, 12 de janeiro de 2019

STF: Toffoli não aceita pedido para cancelar a promoção do filho de Mourão

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, e seu filho, Rossell: acusação de nepotismo© Rede TV O vice-presidente, general Hamilton Mourão, e seu filho, Rossell: acusação de nepotismo
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, negou seguimento a uma reclamação contra a promoção de Antonio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente da República, ao cargo de assessor especial da presidência do Banco do Brasil. A reclamação alega nepotismo.
O filho do vice-presidente Hamilton Mourão foi promovido a assessor especial da presidência, com salário de R$ 36 mil, três vezes mais do que ganhava, logo após a posse da nova gestão do Banco do Brasil. Rossell Mourão é funcionário de carreira da instituição, onde trabalha há 18 anos.
O advogado autor da reclamação pede que Mourão e seu filho “sejam incursados na prática de Nepotismo, seja pela via direta, seja pela via cruzada, pois provada a relação de parentesco em conjunto com o nexo causal, as designações recíprocas”.
O impetrante pediu ainda que a reclamação seja julgada procedente para decretar a “definitiva nulidade da nomeação e empossamento do Sr. Antônio Hamilton Rossell Mourão no cargo de confiança em que hoje ocupa na Presidência do Banco do Brasil, de assessor especial do Presidente do BB, enquanto perdurar a situação de nepotismo”.
Segundo o ministro, não é cabível recorrer à Justiça, por meio de reclamação, contra uma medida da administração pública antes de esgotados os recursos na esfera administrativa. “Em outras palavras, na reclamação contra ato administrativo por alegada violação à enunciado de súmula vinculante, o autor deve demonstrar ser titular de direito subjetivo cujo gozo pressupõe ato de autoridade, bem como comprovar ter despendido os meios colocados à disposição para reivindicá-lo administrativamente”, anotou. 
fonte:Veja com Estadão Conteúdo 2/01/19 -23:15min

Ministro da Educação quer mapear ideologia de reitores de universidades, diz coluna


Ministro da Educação quer mapear ideologia de reitores de universidades, diz coluna
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil/reprodução
Desde o período de transição entre os governos presidenciais, a equipe do ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez busca descobrir as inclinações ideológicas dos reitores das universidades federais. 

O objetivo é descobrir os anti-bolsonaristas e também quem são os apoiadores do grupo, segundo informações do blog Radar, da Veja.

Em outros setores do governo, os ministros têm feito uma "despetização" para demitir servidores que tenham algum tipo de vinculação com o Partido dos Trabalhadores. Informações do BN.

Tendência do STF é revogar apetite do TCU de subjugar OAB a fiscalização


foto:reprodução
A expectativa nos meios jurídicos de Brasília é que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), de 7 de novembro, de fiscalizar a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não resistirá à apreciação do Supremo Tribunal Federal (STF). A Ordem alega que não há um só centavo dos cofres públicos nas finanças da OAB, e citam decisão do próprio STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 3026/DF. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
Na ADI 3026, o STF estipula que “a OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a qualquer das suas partes está vinculada”.
O TCU acredita que o STF vai revisar sua posição no futuro julgamento da ADI 5.367/DF e submeter a OAB à fiscalização da corte de contas.
Os ministros do TCU também acreditam que as mensalidades dos advogados são “tributáveis” e por isso a OAB fica sujeita a fiscalização.
Advogados insinuam que a decisão do TCU seria represália a iniciativas da OAB contra parlamentares influentes entre ministros.
fonte:Diário do Poder/reprodução

Previdência: Novo comandante do exército quer militares fora da reforma

Comandante do Exército pede que militares fiquem fora de reforma da Previdência
Foto: Marcos Corrêa / PR/reprodução
O novo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, quer que os militares fiquem de fora da reforma da previdência. Em entrevista concedida nesta sexta-feira (11) ele defendeu que o sistema em vigor não seja alterado.

"Olha, a nossa intenção, minha como comandante do Exército, nós não devemos modificar o nosso sistema, se perguntarem a minha opinião como comandante do Exército", declarou Pujol após a cerimônia em que assumiu o comando do Exército.

Atualmente, os militares já possuem um sistema previdenciário diferente do que é aplicado para trabalhadores da iniciativa privada e do funcionalismo público. O presidente Jair Bolsonaro já afirmou que deve encaminhar um novo projeto de reforma em fevereiro, com a retomada das atividades no Congresso Nacional.Informações do BN.

Bolsonaro indica outro militar para gerência da Petrobras

O presidente da República, Jair Bolsonaro, chamou a ex-gerente de Segurança da Petrobras de
foto:© Foto: Sérgio Lima/reprodução
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta 6ª feira (11.dez.2019) a indicação do tenente Marcelo Dias para ser gerente de Segurança da Petrobras. É o 2º militar indicado para uma gerência da estatal em menos de 24 horas.
O chefe do Executivo ainda reiterou a nomeação de capitão Nagem como chefe da Segurança da estatal. Na 5ª feira (10.jan), Bolsonaro anunciou o “amigo de longa datapara o cargo.
O capitão Nagem, funcionário da Petrobrás, ocupará a vaga da petista Regina Miki (foto) na Chefia de Segurança.
Para a Gerência de Inteligência foi indicado o Ten R/2 Marcelo Dias (também concursado) que foi retirado por Miki dessa mesma função em 2018.
Parabéns Petrobrás!

5.274 pessoas estão falando sobre isso
Bolsonaro ainda aproveitou o tweet para criticar a ex-chefe de Segurança da empresa Regina Miki, demitida em dezembro de 2018.

Com uma foto de Miki acompanhada de pessoas com faixas da campanha de 2014 da ex-presidente Dilma Rousseff, o capitão da reserva chamou Miki de “petista” e disse que a ex-funcionária retirou Marcelo Dias da Gerência de Inteligência. Informações do Poder 360.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Rede Estadual: Gov. Rui diz que substituirá diretores que não atuarem em tempo integral

[Rui diz que substituirá diretores de escolas que não atuarem em tempo integral]
foto:reprodução
O governador Rui Costa (PT) afirmou que fará substituição de 275 diretores de escolas da rede estadual que não podem atuar em tempo integral. Segundo ele, a exigência por exclusividade foi estabelecida depois do aumento na gratificação.
“Estamos substituindo esses diretores por diretores que possam se dedicar à escola. Sei que aqui ou ali alguém pode criticar essa decisão, mas eu não posso aceitar que alguém que seja diretor de uma escola com uma escola em Barra do Choça tenha vínculo de emprego em Brumado, a 171 km. Eu me pergunto ele tem condições, que horas ele vai ser diretor. Você acha que alguém que é diretor em Salvador pode ter contrato com a prefeitura de Amélia Rodrigues?”.

Em entrevista a rádios do interior nesta sexta-feira (11), o governador argumentou que em mil unidades, onde há diretores por tempo integral o rendimento escolar é melhor.


Na manhã desta sexta-feira (11), diretores de escolas estaduais realizaram um protesto em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Segundo a APLB-Sindicato, a categoria mantém posição contrária à medida e exige a revogação imediata da lei.

 “Das 295 escolas que visitei, eu posso dizer que os melhores exemplos, os melhores resultados vêm de uma figura, da liderança do diretor. Ele é capaz de mobilizar a família, professores, estudantes. Eu acredito muito nessa figura chamada diretor escolar”, completou Rui Costa.


fonte:Bocão News c/adaptações

Decreto sobre posse de armas sai até 3ª feira, diz Onyx

© Foto: Adriano Machado/Reuters
O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse nesta 6ª feira (11)que o governo deverá publicar o decreto para flexibilizar a posse de armas deve apenas na próxima semana. A previsão é que saia apenas na 2ª ou 3ª.

Nesta 5ª, o governador de São Paulo, João Doria havia afirmado depois de reunião com presidente que o texto sairia nesta 6ª feira. O adiamento se deu porque o governo ainda revisa o conteúdo.
A flexibilização é uma das manifestações de campanha de Bolsonaro. A proposta em discussão possibilitaria a pessoas com 25 anos ou mais e sem antecedentes criminais a ter uma arma em casa. O texto não permitirá o porte nesses casos, ou seja, que as pessoas carreguem as armas.
Também deve aumentar o período de validade dos registros das armas de 5 para 10 anos. Informações do site Poder360.

Ensino superior: Inscrições do FIES 2019.1 acontecem fevereiro, confira o calendário


                                 Imagem:reprodução
Na quarta-feira (9), foram publicadas as regras válidas para a primeira edição do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES 2019) e do Programa de Financiamento Estudantil (P-FIES). Os interessados devem se inscrever entre 5 de e 12 de fevereiro, até as 23h59 do último dia, segundo o horário de Brasília. O procedimento deve ser feito exclusivamente pela internet.
Segundo o edital do FIES 2019, “os candidatos serão classificados (FIES) ou pré-selecionados (P-FIES) na ordem decrescente de acordo com as notas obtidas no Enem, no grupo de preferência para o qual se inscreveram”. Consequentemente, a participação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), a partir de 2010, ainda é obrigatória em ambas as modalidades. Os candidatos devem ter média acima de 450 pontos nas provas e nota acima de zero na redação.
P-FIES
Exclusivamente no caso do P-FIES, a pré-seleção do candidato fica condicionada também à aprovação dos Agentes Financeiros Operadores de Crédito (AFOC). Será necessário ainda validar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CPSA) e ter a documentação aprovadas pelos agentes financeiros.
O edital pontua ainda que as melhores condições de financiamento estudantil serão garantidas aos candidatos pré-selecionados que se apresentem primeiro nas comissões as instituições de ensino.
Como se inscrever no FIES
Serão permitidas até três opções de vagas por pessoa. Para se inscrever, o candidato deve definir o grupo de preferência no sistema FiesSeleção indicando o estado, município e nome do curso desejado. O sistema exibirá os perfis de vagas disponíveis e, neste momento, o estudante deve cadastrar a primeira opção. As duas opções restantes poderão ser escolhidas em seguida.
Resultado do FIES
O resultado será divulgado em chamada única e está previsto para 18 de fevereiro. Apenas o FIES prevê a lista de espera, que convocará os pré-selecionados entre 20 de fevereiro e 31 de março de 2019.

fonte:atardeonline c/adaptações

Governo Bolsonaro: Amigo do presidente é indicado ao 2º cargo mais alto na hierarquia da Petrobras

                               foto:reprodução SBT

Apontado pelo presidente Jair Bolsonaro como "amigo particular" em uma de suas campanhas políticas, Carlos Victor Guerra Nagem foi indicado pela direção da Petrobras para a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da estatal.
A empresa defende a indicação dizendo que Nagem é empregado da companhia há cerca de 11 anos e tem o currículo adequado para a vaga. Atualmente lotado em Curitiba, o novo gerente nunca havia ocupado cargo comissionado na estatal.
A informação foi revelada pelo site O Antagonista. A gerência executiva, para a qual Nagem foi indicado, é o segundo cargo mais alto na hierarquia da Petrobras, abaixo apenas da diretoria executiva, com salário em torno de R$ 50 mil -a estatal não divulga os vencimentos de seus empregados.
Nagem já se candidatou a cargos públicos pelo PSC duas vezes sob a alcunha Capitão Victor, em referência a seu histórico na Escola Naval, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger em nenhuma das duas ocasiões.
Em 2002, disputou vaga de deputado federal pelo Paraná e em 2016, a vereador da capital paranaense. Nessa campanha, contou com o apoio do atual presidente da República, que aparece em vídeo pedindo votos para aquele que chama de "amigo particular".
"É um homem, um cidadão que conheço há quase 30 anos. Um homem de respeito, que vai estar à disposição de vocês na Câmara lutando pelos valores familiares. E quem sabe no futuro, tendo mais uma opção para nos acompanhar até Brasília", diz Bolsonaro no vídeo.
O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, negou em entrevista à reportagem que a indicação tenha motivação politica. Ele defendeu a experiência de Nagem na área, dizendo que o indicado trabalha há seis anos na área de segurança empresarial da Petrobras.
"Não recebi pedido ou indicação de ninguém", disse. "Escolhi a melhor pessoa que entrevistei." Sobre a ascensão na carreira de Nagem após a eleição de Bolsonaro, o executivo argumentou que "no passado, o que contava na Petrobras era político, não era critério técnico".
Argumento semelhante tem sido usado pelo vice-presidente Hamilton Mourão para justificar a nomeação de seu filho, Antônio Mourão, ao cargo de assessor especial do novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes.
A nomeação de Novaes gerou desconforto entre os demais empregados do banco e na própria base de apoio do governo Bolsonaro. A gerência de Segurança e Inteligência Corporativa foi um dos primeiros alvos da nova gestão da Petrobras. Ainda no período de transição, a empresa demitiu a gerente anterior, Regina de Luca, que é historicamente ligada ao PT e havia sido nomeada por Pedro Parente.
Em um processo de renovação da diretoria, Castello Branco substituiu também três executivos nomeados ainda no governo Dilma Rousseff, os últimos remanescentes da gestão petista na estatal -Solange Guedes, Hugo Repsold e Jorge Celestino.

fonte:Folhapress/reprodução 11/01/18 - 09:58min.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Venezuela: Maduro toma posse e diz que Bolsonaro é fascista contaminado pela direita

Maduro toma posse e diz que Bolsonaro é fascista contaminado pela direita venezuelana
Foto: Reprodução / Twitter
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, 56, tomou posse nesta quinta-feira (10) para um segundo mandato, desta vez até 2025. Ele venceu eleições consideradas fraudulentas pela oposição e por grande parte da opinião pública internacional. A abstenção foi de mais de 54% dos eleitores.

A Venezuela está em meio a uma grave crise econômica e humanitária, com mais de 3 milhões de habitantes tendo deixado o país devido a falta de alimentos e remédios.

Em seu discurso, Maduro afirmou há uma tentativa internacional de "principiar um processo de desestabilização". Disse que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é "um fascista", contaminado pela direita venezuelana, que vem impulsando a "direita de toda a região".

Prometeu que levará adiante "as rédeas da pátria, respeitando a democracia", e fez homenagens ao libertador Simón Bolívar (mostrando a chave de seu sarcófago, pendurada em seu peito junto com a faixa presidencial) e a seu antecessor, Hugo Chávez (1954-2013). "Chávez e eu temos a mesma força", disse.

O ditador chavista defendeu as contestadas eleições regionais (governadores, prefeitos) e a própria eleição presidencial, dizendo que foram feitas "com a presença de opositores, e nós, disputando com eles, com os olhos nos olhos, ganhamos".

Afirmou ainda que o mundo é muito grande, maior que "a esfera dos EUA e de seus países satélite", e que neste mundo está a Venezuela, "arriscando criar um novo mundo". Ele agradeceu a presença de "tantos representantes de países que respeitam a Venezuela". Assim como o presidente do Supremo, Maikel Moreno, que discursou antes, Maduro criticou a Assembleia Nacional "em desacato" e afirmou que a Assembleia Nacional Constituinte tem poderes "supraconstitucionais".

Disse que sua eleição é um "ato de paz" e que há uma "guerra mundial contra nosso país" sendo comandada pelos EUA e "seus países-satélites, que estão como loucos arremetendo contra nós".

O governo Maduro é acusado por organismos internacionais de cometer delitos de lesa humanidade. Há cerca de 4.000 presos políticos em prisões por todo o país, como o Helicóide e a chamada "tumba", ambas em Caracas, onde foram reportadas sessões de tortura. Há ainda pessoas detidas sem julgamentos.

Estavam presentes no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), onde ocorreu a cerimônia nesta quinta, alguns chefes de Estado alinhados a Maduro. 

Entre eles, o presidente boliviano Evo Morales, o de El Salvador, Sánchez Cerén, o dirigente cubano Miguel Díaz-Canel, o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, assim como representantes ou delegações de Turquia, Rússia, Bielorrússia, México, Argélia, China, Palestina, Egito, Índia, África do Sul, Iraque, Líbano e países caribenhos, entre outros.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, viajou para acompanhar a posse em Caracas. Já a União Europeia, EUA e 13 integrantes do Grupo de Lima (do qual o Brasil faz parte) não enviaram representantes. A maioria não reconhece a reeleição de Maduro. A exceção no Grupo de Lima é o México, que não quis se pronunciar contra e enviou representantes à posse.

O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, mandou uma mensagem via redes sociais dizendo que "os EUA não reconhecem a posse ilegítima do ditador Nicolás Maduro. Vamos continuar a aumentar a pressão sobre esse regime corrupto, apoiar a Assembleia Nacional democrática e pedir por democracia e liberdade para a Venezuela".

A União Europeia, por meio de sua porta-voz, Maja Kocijancic, disse que "os Estados-membros não participarão da cerimônia de posse e continuaremos a pedir novas eleições, que se efetuem de acordo aos padrões internacionais".

O governo colombiano se pronunciou por meio de sua vice-presidente, Marta Lucía Ramírez, que gravou uma mensagem dizendo: "Hoje quero convidar o mundo inteiro para que todos, sem importar qual seja a religião que professem, ponham seu coração e sua energia, para pedir a Deus que haja uma saída pacífica da ditadura venezuelana, que permita que esse país recupere a democracia".

fonte: por Sylvia Colombo | Folhapress c/adaptações.

Bahia: Gov. diz que nomeação dos professores e coordenadores pedagógicos sai dia 16/01


Rui diz que 'não fica sensibilizado' com pedidos de diretores e vices de colégios
Foto: João Brandão/BN

O governador Rui Costa (PT) anunciou nesta quarta-feira (10), em entrevista ao Programa "Bahia Meio Dia",  da TV Bahia que a nomeação dos professores concursados será publicada no próximo dia 16.
O concurso foi realizado no ano passado e ofertou 3.760 vagas, sendo 3.096 para professores e 664 para coordenadores pedagógicos.


fonte:BNews c/adaptações

Gov. diz que 'não fica sensibilizado' com pedidos de diretores e vices de colégios

Rui diz que 'não fica sensibilizado' com pedidos de diretores e vices de colégios
Foto: João Brandão / Bahia Notícias

O governador Rui Costa (PT) disse, na manhã desta quinta-feira (10), que “não fica sensibilizado” com o pedido da APLB-Sindicato para que diretores e vice conciliem as funções com outras. O petista quer que os diretores e vice tenham dedicação exclusiva. 


“Infelizmente, nós constatamos que alguns diretores de escolas em Salvador ensinam durante o dia em Catu, São Francisco, em Candeias. Não consigo estar sensibilizado [com o  pleito da APLB]. Me desculpe. Fico indignado com isso. Quer usar a jornada de trabalho do dia para viajar para outro município e receber como diretor de escola. Pergunta ao povo se acha isso correto. É assim que vamos melhorar a educação?”, indagou, durante entrega de uma nova obra de contenção de encosta no Subúrbio Ferroviário de Salvador.


fonte:BN C/ADAPTAÇÕES

'Me senti o tempo inteiro condenada', diz professora baiana deportada da Espanha


    Professora de Ipiaú foi deportada da Espanha no dia 29 de dezembro (Foto: Acervo Pessoal)                                        foto:reprodução
Depois de cerca de seis meses planejando sua viagem de férias, a professora de geografia Stella Silva, 39, embarcou para a Cantábria, na Espanha, onde iria reencontrar a irmã e o cunhado, que vivem na cidade. Mas, quando pisou em território espanhol, no Aeroporto de Barajas, em Madrid, no dia 25 de dezembro, Stella foi impedida de seguir o roteiro planejado. Foram três dias aguardando a avaliação do seu caso, até receber a notícia de que não poderia permanecer no país. No dia 29 de dezembro, ela desembarcava no Brasil, após ser deportada. 
Mesmo tendo em mãos uma carta-convite do cunhado espanhol, Luciano Piney, dois cartões de crédito internacionais desbloqueados, a passagem de volta comprada, além de contracheques das duas escolas onde trabalha em Ipiaú, cidade onde mora, no Sul da Bahia, a polícia espanhola determinou que ela não tinha documentos suficientes para justificar sua estadia. Dos que foram solicitados, o único que não tinha com ela era o extrato da conta corrente. “Eles alegaram que a carta não tinha validade, porque não explicava o que eu ia fazer lá”, conta. 
A carta foi assinado pelo cunhado dela, que é cidadão espanhol (Foto: Acervo Pessoal)
Para ela, o que viveu foi um episódio de racismo. “Nunca fui exposta ao racismo de forma tão explícita e severa como fui na Espanha”, diz a professora, que permaneceu em um dormitório no aeroporto de Madrid por três dias. O local contava com cinco quartos, cada um com cerca de dois beliches. Lá, ela não tinha acesso ao seu celular, notebook e malas, e precisava pedir permissão para fazer ligações do telefone público e até para usar desodorante. 
É uma violação de direitos humanos, racismo e preconceito a situação que ela viveu em território espanhol, afirma Manoel Campos, o advogado de Stella
Ela alega ter sido tratada com rispidez pelos policiais do local desde a primeira vez que foi entrevistada no aeroporto. “Ninguém na fila estava sendo chamado daquela forma, inclusive ela [a policial] chamou outras pessoas de forma normal”, relembra. Ao todo, passou por três entrevistas antes de ser informada de sua deportação. Ela tentou recorrer da decisão com o auxílio da defensora pública espanhola Vilma Benel. “Ela dizia que ele (um dos policiais) precisava reconhecer que eu tinha muito mais do que o Estado espanhol pede”, conta. 
“Em um momento, eu disse ‘isso está acontecendo porque sou negra, mulher, solteira e estou sozinha. Depois que falei isso, os policiais se tornaram mais hostis. Eu tinha medo de pedir qualquer coisa”, lembra. No dia 28, permaneceu sozinha no dormitório. 
Eu olhava para os policiais e sentia pavor, relembra Stella
Já em solo brasileiro, ela decidiu entrar em contato com o advogado Manoel Campos, especialista em Direito Internacional, para reivindicar seus direitos. “Houve a caracterização de preconceito racial por ser mulher latino americana e negra”, classifica Campos. Segundo ele, na última segunda-feira (7), a denúncia foi formalizada no Ministério das Relações Exteriores e no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. 
Agora, Stella quer ser ouvida pelos representantes dessas instituições e por um representante do governo espanhol. “Infelizmente, não sou um caso isolado. Espero, no mínimo, ser ressarcida por tudo o que gastei e indenizada pelos danos”, destaca. Ela investiu, pelo menos, R$ 3,4 mil só nos transportes necessários para ir de Ipiaú até Madrid. Segundo Campos, as autoridades ainda não se posicionaram. 

Fonte: Larissa Silva*larissa.santos@redebahia.com.br/* Integrante da 13ª turma do Correio de Futuro, com supervisão da chefe de reportagem Perla Ribeiro do Correio da Bahia



Vice- presidente Mourão não deixou filho desistir de promoção no BB " Isso lhe pertence"






O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que seu filho, Antônio Hamilton Rossell Mourão, pensou em desistir da promoção para assessor da presidência do Banco do Brasil por causa da repercussão negativa da notícia, mas que ele o convenceu a aceitar o cargo. “Obviamente que ele não está acostumado com isso, ficou chateado, pensou em não aceitar, em renunciar, por causa da repercussão. Eu disse pra ele: ‘Não, meu filho, isso aí é mérito seu e acabou, pô’”, contou o vice-presidente à piauí. Questionado se a possibilidade de o filho renunciar ao cargo está descartada, o general respondeu: “Lógico que sim. Falei pra ele que não, negativo. ‘Isso é uma coisa que é sua, lhe pertence, e acabou.’ Não tem nada demais isso aí”.

Antônio Rossell Mourão é funcionário de carreira do Banco do Brasil (BB) há quase 19 anos e atuava havia 11 anos na Diretoria de Agronegócios da estatal, com salário de 12 mil reais. Ao tomar posse, na última segunda-feira, 7 de janeiro, o novo presidente do BB, Rubem Novaes, promoveu Mourão filho a assessor especial da presidência, com salário três vezes maior, de 36 mil reais. 
Mourão pai relata ter sabido da notícia pelo próprio filho e por Novaes. Para o general, é um equívoco tratar a ascensão do filho como promoção. “Isso não é promoção, né? Tá havendo uma interpretação errada nisso aí. Na realidade ele foi escolhido para ser assessor especial, nomeado pelo presidente. É cargo de livre provimento. É diferente de você sair para diretor, para vice-presidente, aí é uma ascensão.”
E o ditado da mulher de César – aquela que não basta ser honesta, precisa também parecer honesta –, não deveria ter sido aplicado neste caso? Mourão discorda. “Eu não tenho nada a ver com isso. Em primeiro lugar, o Banco do Brasil é uma sociedade anônima. Segundo lugar, não fui eu quem nomeei. Nepotismo seria se eu tivesse nomeado. Vamos olhar bem o que significa o termo nepotismo. Eu não tenho influência nisso aí, pô. E se fosse um dirigente de um governo petista que tivesse um filho promovido, qual teria sido a reação do general? “Mas já houve ene casos, eu nunca me manifestei a esse respeito.”
Segundo o vice-presidente, a repercussão se deve ao “sindicalismo do Banco do Brasil, que fica criando caso à toa”. “Isso está sendo tratado de uma forma que não é pra ser tratada. Se ele tivesse sido nomeado ministro ou meu chefe de gabinete, aí poderia ter toda essa celeuma. O problema que está em evidência não é o cargo em si, é o salário”. Mourão relatou que no ano passado o filho era o primeiro da fila para uma promoção, mas não foi contemplado. “Então quando o vento era contra, o cara se lasca. Quando o vento é a favor, ele tem que se lascar também?”, indagou Mourão. O general fez questão de detalhar o que viu como obstáculos na trajetória do filho. “A carga horária de bancário é de seis horas, e no Banco do Brasil o pessoal trabalhava oito horas. Durante muitos anos o banco ficou fazendo uma provisão, para a hora que os sindicatos questionassem. Aí fizeram um acordo coletivo e, no caso específico do Toninho, disseram que se ele quisesse concorrer a promoções teria de sair de oito horas para seis horas. Ao sair de oito horas para seis, ele perdeu 25% do salário”, afirmou o vice.
Mourão disse que não tocou no assunto com o presidente Jair Bolsonaro. “Nada, imagina, pelo amor de Deus, né?”. Chamou de “intrigas palacianas” notícias de que teria sido repreendido pelo chefe.
Na rede interna de mensagens do BB, funcionários têm criticado a medida do presidente do banco. “Nepotismo com um dia de casa. Transformando o banco em piada e o país em circo”, escreveu um servidor. “O BB tem 200 anos de história, somos uma instituição séria e respeitada e viramos motivo de chacota até na CBN. Brasil acima de tudo e meu filho acima de todos? A gente não merecia essa vergonha”, queixou-se outra funcionária. “Começou muito mal. Desmotivação total com essa nova presidência. Lamentável”, reclamou um terceiro.
Houve também quem, na rede interna, defendesse a promoção. “Pela ‘lógica’ torta de muitos comentários, o colega deve permanecer eternamente em seu cargo e não pode ter aumento salarial, independente de sua competência, pois é filho de autoridade. E aos que dizem que a nomeação não é ‘moral’, releiam o significado de cargo de confiança”, escreveu um funcionário.
Em nota, o presidente do BB disse que o filho do vice-presidente da República tem “excelente formação e capacidade técnica”. “Antônio é de minha absoluta confiança e foi escolhido para minha assessoria, e nela continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no Banco”, escreveu Rubem Novaes.

O
general Mourão foi mais um dos integrantes do governo egressos do Exército a rejeitar a possibilidade de instalação de uma base militar dos Estados Unidos no Brasil, cogitada por Bolsonaro e pelo chanceler Ernesto Araújo, mas depois desmentida pelo presidente. “Isso está fora de questão. Acho que foi uma má-interpretação, não sei onde saiu essa publicação”, afirmou Mourão. Diante da explicação de que primeiro Bolsonaro mencionou a hipótese, numa entrevista ao SBT, e depois Araújo foi ainda mais assertivo, o vice respondeu, em referência ao chanceler: “O que é que acontece: os caras falam algumas coisas de rompante, sem consultar a quem de direito. Então primeiro tem que consultar. Conversa com o comandante da força, com o ministro da Defesa, vê qual é a opinião dominante sobre o assunto, para depois se manifestar. É aquela história, o cara quer falar alguma coisa e acaba falando o que não deve”.

Em relação a mais uma denúncia contra o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni – que usou a consultoria de um amigo para receber 317 mil reais em verbas de gabinete da Câmara dos Deputados –, Mourão disse que o colega se explicou e prometeu processar quem o está acusando. “Então vamos aguardar. O Onyx pegou uma função muito difícil, complicada, a Casa Civil não é fácil. Ele está tentando cumprir a tarefa da melhor forma possível, acho que ele está conseguindo. Agora, ele está debaixo de mau tempo, todo mundo dando tiro nele. E com certeza tem fogo amigo”, afirmou o vice.
Sobre as constantes idas e vindas de Bolsonaro e seus ministros nos primeiros dias de governo, o vice declarou: “Uma equipe vem com gente dos mais diferentes lugares, com diferentes ideias. Uma equipe não se ajusta da noite para o dia, vai se ajustando de acordo com a pressão que vai sofrendo. Não adianta o cara querer construir algo achando que porque nomeou A, B, C, D isso imediatamente vira uma equipe. Não é assim. A equipe vai se consolidar e se tornar mais forte à medida que for coesa para enfrentar as batalhas que tem pela frente”.
Fonte: Revista Piauí/reprodução 10/01/2019 - 10:47min.
foto:Vice-presidente Mourão/reprodução

FABIO VICTOR (siga @fabiopvictor no Twitter)

Fabio Victor é repórter da piauí. Na Folha de S.Paulo, onde trabalhou por vinte anos, foi repórter especial e correspondente em Londres
*A repórter Malu Gaspar colaborou com esta reportagem.

Bahia: Diretores e vice-diretores da rede estadual decidem realizar ato público no CAB

Foto: Divulgação/reprodução

Em plenária, diretores e vice-diretores da rede estadual decidem realizar ato público nesta sexta-feira (11), às 8h, na Governadoria (CAB)
imagem: APLB/reprodução


Os diretores e vice-diretores da rede estadual decidiram realizar ato público nesta sexta-feira (11), às 8h, na governadoria, que fica localizada no CAB, em Salvador. De acordo com a APLB-Sindicato, é possível que aconteça um pedido de exoneração coletiva (de diretores e vice-diretores de escola), o que pode comprometer o processo de matrícula e o início do ano letivo.


A direção da entidade de classe realizou, na manhã desta quarta-feira (9), no auditório do Sindicato, uma plenária com gestores de escolas da rede estadual para debater as próximas ações da categoria contra a Lei n° 14032 de 18 de dezembro de 2018, que determina Dedicação Exclusiva para Diretores e Vice-diretores dos colégios da rede estadual.



A categoria mantém posição contrária, exigindo a revogação imediata da medida e que seja estabelecido o diálogo direto com os gestores.

fonte:BN 

Brasil:Quem são os discípulos do filósofo Olavo de Carvalho que chegaram ao governo e Congresso

Discípulos de Olavo de Carvalho: A maioria dos pupilos de Olavo de Carvalho que chegou a postos de poder o conheceu no curso online de filosofia que ele criou
© BBC A maioria dos pupilos de Olavo de Carvalho que chegou a postos de poder o conheceu no curso online de filosofia que ele criou.
"Vivi para ver um filósofo indicar mais gente para o governo do que o PMDB" - a frase, dita à BBC News Brasil pelo cineasta Josias Teófilo, expõe a empolgação de admiradores do escritor Olavo de Carvalho com a nomeação de vários de seus discípulos para cargos na gestão Jair Bolsonaro.
"Quem diria que um monarquista se tornaria um dos homens mais influentes da República", completa Teófilo citando o regime político defendido pelo escritor - personagem do documentário O Jardim das Aflições, que ele dirigiu em 2016.
A BBC News Brasil listou os discípulos de Olavo que já exercem ou exercerão cargos no governo federal e no Congresso a partir deste ano (confira a relação abaixo). São, todos eles, alunos ou amigos do filósofo, a quem consideram um mestre intelectual e figura-chave em sua formação política. 

  • Há "olavetes" - como ele próprio já se referiu aos seguidores - com postos no Palácio do Planalto e em três ministérios: Educação, Relações Exteriores e Economia. Em 2017, o filósofo teve uma aluna - a carioca Ludmila Lins Grilo - aprovada no concurso para juíza no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
A influência de Olavo na montagem do governo supera a da bancada evangélica, cujo eleitorado foi crucial na vitória de Bolsonaro mas recebeu um único ministério (Mulher, Família e Direitos Humanos). A ascendência do escritor sobre o governo só se compara à do setor ruralista (que comanda o ministério da Agricultura e deu aval à escolha do ministro do Meio Ambiente) e à da ala militar, responsável por quatro pastas (Defesa, Segurança Institucional, Secretaria de Governo e Infraestrutura).
Olavo de Carvalho: Olavo na casa de um de seus filhos, em Virgínia (EUA); escritor diz já ter lecionado a mais de 12 mil alunos em curso online de filosofia© BBC Olavo na casa de um de seus filhos, em Virgínia (EUA); escritor diz já ter lecionado a mais de 12 mil alunos em curso online de filosofia
Na Câmara dos Deputados, Olavo terá cinco seguidores - presença discreta, mas que poderá crescer caso o PSL, partido de Bolsonaro, tire do papel os planos de levar seus 52 deputados eleitos aos EUA para um curso com o escritor nas próximas semanas.

Esoterismo islâmico e astrologia

Radicado nos EUA desde 2005, Olavo, hoje com 71 anos, se popularizou ao criticar a esquerda e defender posições conservadoras em livros e nas mídias sociais nas últimas décadas, o apogeu de uma carreira cheia de guinadas.
Sem jamais ter se formado na universidade, criou um Curso Online de Filosofia (COF) pelo qual, segundo ele, já passaram 12 mil alunos, alguns dos quais chegam agora ao poder. Nos anos 1970 e 1980, antes de se projetar no debate político, Olavo foi membro de uma tariqa (ordem mística muçulmana) e trabalhou como astrólogo em São Paulo.
Hoje se define como católico, assim como seu núcleo principal de seguidores - embora critique com frequência o papa Francisco, que já chamou de "lelé da cuca" por seus acenos a pautas progressistas. 

Foro de São Paulo

Uma das visões de Olavo mais disseminadas entre a chamada "nova direita" brasileira trata do poder do Foro de São Paulo, conferência criada em 1990 pelo PT para debater os rumos da esquerda latino-americana e que, segundo o escritor, deu ao partido o "comando estratégico da revolução comunista" no continente.
O filósofo também foi um dos primeiros a disseminar a opinião, encampada pelo governo Bolsonaro, de que a esquerda exerce há décadas o controle da imprensa e do ensino brasileiro - estratégia que, segundo ele, segue o ideário do marxista italiano Antonio Gramsci (1891-1937).
As duas posições são contestadas entre muitos acadêmicos, que apontam a onda de vitórias eleitorais da direita na América Latina como um sinal de que o Foro de São Paulo nunca teve tanta influência, e avaliam que parte da imprensa e da academia no Brasil sempre encampou valores conservadores.

Aproximação com a família Bolsonaro

Em entrevista à BBC News Brasil em 2016, Olavo afirmou que, para combater a expansão da esquerda no país, a direita deveria se concentrar em ocupar espaços não no Estado, mas "na igreja, nas escolas, nas sociedades de amigos do bairro, no clube".
Na campanha de 2017, porém, apoiou a candidatura de Jair Bolsonaro e endossou pupilos que concorriam a cargos eletivos. Em retribuição, no primeiro vídeo que gravou após se eleger presidente, Bolsonaro exibiu o bestseller O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, coletânea de artigos de Olavo organizada pelo jornalista Felipe Moura Brasil.
O escritor já vinha se aproximando da família do presidente. Há dois anos, recebeu em sua casa a visita de Eduardo e Flávio Bolsonaro, respectivamente eleitos deputado federal e senador em 2017.
Confira abaixo relação de discípulos de Olavo recentemente nomeados ou eleitos para cargos no Executivo e Legislativo.

GOVERNO FEDERAL

Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores
Ernesto Araújo visitou Olavo de Carvalho antes de ser nomeado ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro© MRE Ernesto Araújo visitou Olavo de Carvalho antes de ser nomeado ministro das Relações Exteriores do governo Bolsonaro
Indicado por Carvalho para o posto, ocupava até então a chefia do Departamento dos Estados Unidos, Canadá e Assuntos Interamericanos do ministério. Aos 51 anos, é um dos mais jovens chanceleres da história do país.
Em artigo na revista The New Criterion, Araújo diz que Olavo "talvez tenha sido a primeira pessoa no mundo a ver o globalismo como um resultado da globalização, a entender seus propósitos horríveis e a começar a pensar sobre como derrubá-lo". Após a posse do chanceler, Olavo disse que o discurso do discípulo - que misturou citações em grego e tupi a menções a Raul Seixas e à banda Legião Urbana - "tem, desde já, um lugar garantido em qualquer antologia séria dos grandes discursos brasileiros".
Filipe Martins, assessor da Presidência para Assuntos Internacionais
Carlos Bolsonaro e Filipe G. Martins: Filipe Martins (à dir.) com Carlos Bolsonaro; jovem assessor da Presidência conhece Olavo há mais de uma década© Divulgação Filipe Martins (à dir.) com Carlos Bolsonaro; jovem assessor da Presidência conhece Olavo há mais de uma década
É considerado por Olavo um dos seus alunos mais brilhantes. Aos 31 anos, desempenhará papel equivalente ao que o professor Marco Aurélio Garcia (1941-2017) tinha nos governos Lula e Dilma.
Nascido em Sorocaba (SP) e formado em Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB), é diretor de assuntos internacionais do PSL. Para ele, "não é possível compreender o nascimento (ou renascimento) do conservadorismo brasileiro, ou a ascensão do antipetismo, sem considerar o impacto" da obra de Olavo.
Ele costuma comparar o mestre a um hápax legómenon (expressão de origem grega que designa palavras ou ideogramas que aparecem uma única vez na literatura de um determinado idioma), "um personagem tão singular no contexto cultural em que está inserido que acaba por se tornar indecifrável para seus pares".
Ricardo Vélez Rodriguez, ministro da Educação
Ricardo Vélez Rodriguez: Colombiano Ricardo Vélez integrou instituto de filosofia fundado pelo jurista Miguel Reale, admirado por Olavo© Agência Brasil Colombiano Ricardo Vélez integrou instituto de filosofia fundado pelo jurista Miguel Reale, admirado por Olavo
Também indicado por Olavo para o posto, nasceu na Colômbia há 75 anos. Segundo o filósofo, Vélez é, "no mundo, a pessoa que mais entende de pensamento político-social brasileiro". Foi membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, fundado pelo jurista e filósofo Miguel Reale, e é considerado por Carvalho um dos maiores pensadores da história do Brasil.
Escreveu livros sobre assuntos diversos, como o conflito armado na Colômbia, o governo Lula e a obra do economista John Maynard Keynes. Antes da nomeação, Vélez vivia em Londrina (PR) e dava aulas na Faculdade Positivo. No discurso de posse, disse que sua gestão se inspirará "em dois grandes educadores", Olavo de Carvalho e Antonio Paim. "Deles emergem a inspiração liberal e conservadora de nossas propostas educacionais."
Carlos Nadalim, secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC)
Carlos Nadalim mantinha site e era coordenador pedagógico de escola em Londrina antes de nomeação© Arquivo Pessoal Carlos Nadalim mantinha site e era coordenador pedagógico de escola em Londrina antes de nomeação
Também aluno do Curso Online de Filosofia (COF) de Carvalho, Nadalim era até a nomeação coordenador pedagógico da escola infantil Mundo do Balão Mágico, em Londrina (PR), e mantinha um blog com dicas sobre a educação infantil.
Em 2015, Olavo escreveu no Facebook que Nadalim havia feito mais pela educação brasileira "do que todos os iluminados do MEC juntos" ao desenvolver um método para alfabetizar crianças em casa. Nadalim diz que as técnicas já foram usadas por 2.758 pais e mães.
Murilo Resende Ferreira, diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) do MEC
Murilo Resende Ferreira é aluno de Olavo desde 2009 e membro do Escola sem Partido© MPF-GO Murilo Resende Ferreira é aluno de Olavo desde 2009 e membro do Escola sem Partido
Aluno de Carvalho desde 2009, a quem se refere como "meu grande professor", é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e integra o movimento Escola Sem Partido. No MEC, supervisionará a elaboraração do Exame Nacional do Ensimo Médio (Enem).
Em audiência pública em 2016, Ferreira disse que educação brasileira vive sob uma "ditadura marxista", na qual crianças são expostas a teorias que promovem o incesto e a pedofilia. Foi membro do MBL (Movimento Brasil Livre), mas deixou o grupo após divergências.
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia
Adolfo Sachsida tornou-se aluno de Olavo há 14 anos: "Foi como encontrar a luz em meio às trevas", afirmou
© Ipea Adolfo Sachsida tornou-se aluno de Olavo há 14 anos: "Foi como encontrar a luz em meio às trevas", afirmou

Ex-pesquisador do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB), tornou-se aluno de Olavo há 14 anos. "Foi como encontrar a luz em meio às trevas", ele relatou no Facebook.
Em 2016, Olavo e Sachsida gravaram um vídeo em que comentaram temas como a "doutrinação ideológica" nas escolas e riscos que eles atribuíam à presença de muçulmanos na "onda migratória na Europa e no Brasil". 

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Bia Kicis (PRP-DF), deputada federal eleita
Bia Kicis: Eleita pela primeira vez em 2017, Bia Kicis ganhou projeção política durante a onda de protestos contra os governos do PT© Arquivo Pessoal Eleita pela primeira vez em 2017, Bia Kicis ganhou projeção política durante a onda de protestos contra os governos do PT
Eleita pela primeira vez em 2017, é procuradora aposentada e se refere a Olavo como "nosso querido Mestre". Para ela, o filósofo "é um grande Pai de muitos brasileiros, que despertaram por meio de seu conhecimento e de sua generosidade".
Durante a campanha, Olavo gravou um vídeo dizendo que, caso fosse eleitor do Distrito Federal, votaria em Kicis, que também frequentou seu Curso Online de Filosofia (COF). Ela ganhou projeção entre a "nova direita" ao militar nos últimos anos em movimentos contra o PT e pelo impeachment de Dilma Rousseff.
Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada federal eleita
Joice Hasselmann: A candidatura da jornalista Joice Hasselmann foi publicamente apoiada por Olavo, que a considera uma representante da 'antimídia'© Arquivo Pessoal A candidatura da jornalista Joice Hasselmann foi publicamente apoiada por Olavo, que a considera uma representante da 'antimídia'
Jornalista, Joice teve sua candidatura apoiada publicamente por Olavo e foi a mulher mais votada da história na eleição para a Câmara. "Vou apoiá-la até a morte, ela é antimídia, condensa em si a verdade do jornalismo brasileiro, que foi sufocada por todos esses bandidos ao longo de várias décadas", afirmou o filósofo.
Joice agradeceu o endosso, definindo Olavo como um "parceiro, leal, amigo, protetor, além de um GÊNIO". "Você conhece meu coração e sabe que não vamos te decepcionar!", afirmou.
Paulo Martins (PSC-PR), deputado federal eleito
Paulo Martins: Também jornalista, Paulo Martins considera Olavo de Carvalho "o grande responsável pelo início da reação cultural no Brasil"© Arquivo Pessoal Também jornalista, Paulo Martins considera Olavo de Carvalho "o grande responsável pelo início da reação cultural no Brasil"
Também jornalista, foi eleito em 2017 ao concorrer pela segunda vez para a Câmara. É aluno de Olavo, que ele considera "o grande responsável pelo início da reação cultural do Brasil".
Quando era comentarista do Jornal da Massa, transmitido pelo SBT no Paraná, Martins recomendou no programa o livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, de Olavo. Na ocasião, definiu o filósofo como "um homem de inteligência absolutamente sublime e argumentação acachapante".
Marcel van Hattem (Novo-RS), deputado federal eleito
Marcel van Hattem diz que Olavo foi responsável por seu 'despertar político'; ele começou carreira em 2004 como vereador em Dois Irmãos (RS)© Arquivo Pessoal Marcel van Hattem diz que Olavo foi responsável por seu 'despertar político'; ele começou carreira em 2004 como vereador em Dois Irmãos (RS)
Formado em Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e mestre em Ciência Política, Hattem também atuou como jornalista antes de ingressar na política, em 2004, como vereador em Dois Irmãos (RS).
Em 2007, elegeu-se deputado federal pela primeira vez. Aluno de Olavo, diz que o filósofo foi o responsável por seu "despertar político", tendo descrito "como as doutrinas revolucionárias e os partidos totalitários, socialistas e comunistas, levariam nosso país ao ponto em que chegou". Em 2016, o filósofo elogiou o discípulo. "Por que acho o Marcel van Hattem um sujeito sério? Porque antes de se meter na política federal ele derrotou a esquerda na sua universidade - e pagou alto preço por isso."
Carla Zambelli (PSL-SP), deputada federal eleita
Carla Zambelli militou no Movimento nas Ruas; ela gravou vídeo com Olavo em defesa da liberação da posse de armas© Arquivo Pessoal Carla Zambelli militou no Movimento nas Ruas; ela gravou vídeo com Olavo em defesa da liberação da posse de armas
Gerente de projetos, candidatou-se pela primeira vez em 2017. Aproximou-se de Olavo enquanto militava no Movimento nas Ruas, que ganhou projeção nos protestos contra o governo Dilma Rousseff. Em 2017, Olavo, Zambelli e o músico Lobão gravaram um vídeo em defesa da liberação da posse de armas.
Até conhecer o filósofo, em 2011, Zambelli diz que "não era nem de direita nem de esquerda, só contra a corrupção". O contato com Olavo fez com que ela percebesse a afinidade com seus valores. "Não é que virei conservadora, eu me identifiquei com as coisas que ele falava."
fonte:BBC NEWS -10/01/2018 -08:57min.