• Praça do Feijão, Irecê - BA

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Cultura: Escritora baiana Luciany Aparecida é vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura


                                                Profa. de Literatura e escritora Luciany Aparecida -foto:reprodução/facebook oficial

As vencedoras do Prêmio São Paulo de Literatura 2024 foram anunciadas em cerimônia na noite desta segunda-feira (12): Luciany Aparecida e Eliane Marques. A cerimônia de premiação aconteceu na Biblioteca Parque Villa-Lobos, na capital paulista. 

Na categoria Melhor Romance do Ano de 2023, Luciany Aparecida foi premiada pela obra 'Mata doce' (@editora_alfaguara).  

No primeiro romance que assina com o próprio nome, a baiana Luciany Aparecida narra, com uma prosa lírica, os trágicos acontecimentos que cercam um pequeno vilarejo rural no interior da Bahia. A escritora Luciany é profª de literatura da PUC/SP, tendo atuado anteriormente na Universidade do Estado da Bahia -UNEB, nos Campus de Euclides da Cunha e de Irecê, no interior do Estado.

Autora de Mata Doce, também é finalista do Jabuti, finalista do Prêmio São Paulo de Literatura e Semifinalista do Oceanos 2024.


Fonte:Instagram c/adaptações 12/11/2024

SP: Sentença que reconheceu uso de voz por IA é anulada pelo risco de plágio

O uso de inteligência artificial (IA), por si só, não elimina o risco de utilização indevida de direitos de terceiros, pelo contrário, o agrava. Essa ponderação fundamentou decisão da 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo ao anular sentença que julgou improcedente ação ajuizada por um dublador profissional pelo suposto uso de sua voz em campanha publicitária de um shopping da capital.

Freepik
IA voz

A voz recriada pela IA pertencia a um dublador, que utiliza-a como instrumento de trabalho

“A questão dos autos remete a um pressuposto comumente assumido, sem tanta reflexão, de que a inteligência artificial seria capaz de produzir automaticamente respostas (obras, imagens, voz etc.) totalmente ‘novas’”, observou o desembargador Costa Netto, relator da apelação. Pelo seu voto, a sentença deve ser anulada para que o juízo de primeiro grau possibilite às partes discutir, por meio das provas, como foi gerada a voz da campanha.

Com trabalhos no Brasil e em outros países, o autor narrou na inicial que o shopping, sem a sua autorização, utilizou a sua voz na campanha de marketing, que foi veiculada em canal de YouTube. Por esse motivo, ele requereu o ressarcimento por danos materiais, pelos benefícios que deixou auferir caso não tivesse ocorrido a violação, além de indenização por dano moral.

Segundo o requerido, o autor não comprovou os fatos constitutivos do direito que alegou, porque a voz utilizada na campanha não lhe pertence. De acordo com o shopping, a voz é produto de inteligência artificial (PIA), produzida artificialmente pela Microsoft com a conversão de texto em fala sintética semelhante à humana, sendo disponibilizada para o uso público.

Para o juiz Caramuru Afonso Francisco, da 18ª Vara Cível de São Paulo, ficou comprovada a não utilização da voz do dublador, por ter sido ela gerada por IA. “Afasta-se a suposição de que a voz utilizada no vídeo é copiada do autor, visto que demonstrado que fora produzida de forma sintética, em recurso disponível gratuitamente para qualquer usuário”.

Cerceamento de defesa

O apelante sustentou no recurso que houve cerceamento de defesa, por não ter sido permitido comparar a sua voz com a usada pelo réu na campanha publicitária. Como prova do alegado, disse que juntou aos autos ata notarial que atesta a semelhança das vozes. No entanto, essa prova sequer chegou a ser apreciada pelo juiz, razão pela qual deve ser anulada a sentença ou, alternativamente, ser julgada procedente a demanda.

De acordo com o relator, a ausência de responsabilidade do réu não decorre do uso de PIA, devendo a sentença ser anulada por cerceamento de defesa e ocorrer os devidos saneamento e instrução. “A IA pode ser instrumentalizada para fins equívocos. Pela sua incapacidade de julgamento moral ou estético, os riscos de plágio e outros tipos de violação a direitos pelo manejo malicioso ou pouco cuidadoso da IA são consideráveis”.

Conforme Costa Netto, não se pode excluir a possibilidade de que, ao usar voz gerada por um software, tenha a ré infringido o dever de cuidado quanto à utilização de PIA, sendo nessa hipótese responsável pelos danos gerados. “Para determinar tal responsabilidade, porém, é necessário maior aprofundamento cognitivo, de forma a produzir estudos sobre a similaridade entre a voz utilizada na campanha publicitária e a voz do dublador”.

Os desembargadores Ramon Mateo Júnior e Débora Brandão seguiram o relator. Sobre a possibilidade de plágio, o acórdão mencionou que a Autoridade de Concorrência da França multou a Google, em março de 2024, em 250 milhões de euros (cerca de R$ 1,3 bilhão), por descumprir acordo anterior, pelo qual se comprometia a respeitar direitos conexos, principalmente matérias jornalísticas, ao alimentar suas ferramentas de IA.

Processo 1119021-41.2023.8.26.0100

Economia: Dono do portal jurídico Migalhas compra site Congresso em Foco


                                      

Segundo Miguel Matos, a nova aquisição representa reforço na cobertura abrangente e crítica das atividades legislativas e políticas do país -  foto:divulgação


Dono do Migalhas, portal especializado em cobertura jurídica e realização de eventos do setor, Miguel Matos comprou o site Congresso em Foco.

Segundo Matos, a nova aquisição representará o oferecimento de uma cobertura abrangente e crítica das atividades legislativas e políticas do país.

“Estamos entusiasmados com essa nova fase e acreditamos que esse movimento irá enriquecer a experiência de nossos leitores, proporcionando uma visão aprofundada dos desafios e conquistas das instituições brasileiras”, disse Matos, que também é presidente do Conselho de Comunicação Social do Congresso Nacional.

 Matos informou que a nova direção do Congresso em Foco será gradualmente apresentada e que os leitores participação ativamente de cada etapa do processo.

Fonte:Grande Angular - 12/11/2024

Salvador sediará VI Edição do Festival Paisagem Sonora em dezembro


fotos: reprodução

foto: reprodução

O Festival Paisagem Sonora, em sua sexta edição, chega à capital baiana, pela primeira vez, entre os dias 5 e 8 de dezembro de 2024. Realizado no Museu de Arte Contemporânea (MAC Bahia) e na Galeria Paulo Darzé, o evento celebra o “Carnaval Negro”, com o tema “Organizações da Resistência”. A programação tem como referência as criações de J. Cunha, artista icônico cuja obra visual redefiniu o bloco afro Ilê Aiyê e o carnaval de Salvador por mais de 25 anos. Com atividades gratuitas, o festival busca promover diálogos entre as músicas experimentais, eletrônicas e de tradições afro-brasileiras, criando uma experiência sinestésica que incorpora arte digital e mapping.

“Esta edição presta homenagem a J. Cunha, cuja contribuição para o carnaval baiano ultrapassa os limites da estética: ele criou uma identidade visual que resgata tradições afro-brasileiras e indígenas, celebrando-as de forma contemporânea,” destaca Danillo Barata, idealizador e um dos curadores do festival. Em 2024, o Paisagem Sonora traz mais uma vez uma programação inteiramente gratuita que inclui oficinas, rodas de conversas, mapping, performances musicais e de dança, integrada à exposição e ao lançamento do livro J Cunha e o Carnaval Negro. A programação completa será divulgada no site: www.festivalpaisagemsonora.org e no perfil oficial do Instagram @paisagemsonorabahia.

Reafirmando sua proposta de promoção de diálogos entre linguagens e interação entre atividades formativas e artísticas, o VI Paisagem Sonora terá oficinas, seminários temáticos, performances musicais de Mateus Aleluia, Mariella Santiago, Bruxa Braba, RDD, performances do grupo Casa do Hip Hop Bahia, o Carrinho Brown de MissyBlecape, projeções de videomapping e de audiovisuais. 

Até o momento foram realizadas cinco edições do festival em duas cidades do Recôncavo da Bahia, Santo Amaro e Cachoeira. A sexta edição, em Salvador, se propõe a promover diálogos entre artistas e produtores das três cidades. “É a primeira vez que realizaremos esse movimento de chegar na capital. Nossa intenção é promover um intercâmbio entre artistas e movimentos do recôncavo nesta ocupação do Museu de Arte Contemporânea”, conta Danillo.

ABERTURA DO FESTIVAL

No dia 05 de dezembro, na Galeria Paulo Darzé, no Corredor da Vitória, acontecerá a abertura do Paisagem Sonora, com lançamento do livro “J. Cunha e o Carnaval Negro”, às 18h. Esta realização celebra a importante contribuição de J. Cunha à cultura afro-brasileira e ao Carnaval da Bahia.

Além disso, o público tem a oportunidade de conferir a exposição Individual de J. Cunha: Ritmo e Revolução. A exposição traz uma produção em que a dimensão estética envolve beleza e resistência, onde o jogo artístico figura  como uma prática vital, capaz de questionar e reconfigurar as bases da convivência social. “A arte de J. Cunha faz ressoar o espírito de Palmares nas ruas do presente e se transforma em um ato revolucionário, em uma celebração contínua da vida, da resistência e da memória coletiva afro-brasileira”, afirma Thaís Darzé, uma das curadoras da exposição.

ORGANIZAÇÕES DA RESISTÊNCIA

A VI Edição do Festival Paisagem Sonora será dedicado a celebrar as Organizações da Resistência e as formas pelas quais a arte e a cultura foram utilizadas como ferramentas de resistência e transformação social ao longo da história, especialmente no contexto das tradições afro-brasileiras.

Em 1995, o Ilê Aiyê abordou o tema “Organizações de Resistência Negra”, destacando a importância de entidades religiosas, quilombolas e sócio-políticas na resistência e luta dos afro-brasileiros contra a opressão. O Festival partirá da obra do artista J. Cunha para exaltar as diversas organizações de resistência, que tem no Ilê um dos seus maiores representantes.  

A vida e obra do artista visual J Cunha são o epicentro dos diálogos abertos no Paisagem Sonora. O artista está presente no imaginário visual do Carnaval Negro com suas criações, sejam de figurinos, cenários ou capas de discos, que trazem as simbologias das ancestralidades africanas, indígenas e nordestinas. Suas criações marcaram a história do Carnaval baiano. 

PAISAGEM SONORA | SONS E AMBIENTE

O conceito de paisagem sonora foi proposto pelo compositor, ambientalista e pesquisador Murray Schafer, em atenção à diversidade de sons que compõem os ambientes. “Esta ecologia sonora abarca a música, os ruídos produzidos pelas ações humanas, pela natureza, pelos objetos e também suas presenças imagéticas”, elucida Cláudio Manoel Duarte. Além de exibir as emblemáticas obras de J. Cunha, o festival inclui, a participação de convidados de referência no pensamento sobre a cena cultural baiana nas oficinas, rodas de conversas e seminários. 

A VI Edição do Festival Paisagem Sonora é uma realização da Pró-reitoria de Extensão e Cultura da UFRB e da Fundação Cultural Palmares e conta com o apoio do Museu de Arte Contemporânea da Bahia - IPAC e Galeria Paulo Darzé.

Serviço:

VI Festival Paisagem Sonora

Data: 5 a 8 de dezembro de 2024

Locais: Museu de Arte Contemporânea (Rua da Graça, 284, Graça, Salvador) e Galeria Paulo Darzé (Rua Dr. Chrysippo de Aguiar, 8, Corredor da Vitória)

Entrada Gratuita

Mais informações: www.festivalpaisagemsonora.org  e @festivalpaisagemsonora no Instagram


Confira a programação completa:

*Local das apresentações musicais sujeito a alteração

**Entrada gratuita, sujeita a lotação do espaço

5 de dezembro (quinta-feira) - Galeria Paulo Darzé

  • 18h:
    Abertura do Festival com a exposição “J. Cunha: Ritmo e Revolução” e Lançamento do Livro J Cunha e o Carnaval Negro

6 de dezembro (sexta-feira) - Museu de Arte Contemporânea - MAC

  • 14h-16h:
    Oficina Criativa com J. Cunha,  Iansã Negrão e Lia Cunha

  • 16h-18h30:
    Seminário “Música e Educação”, com J. Cunha, Iansã Negrão, Arany Santana, Rita Maia, Valéria Lima e Danillo Barata.

  • 19h-21h:
    Videomapping com VJ Gabiru e apresentação dos DJs Bruxa Braba e RDD

7 de dezembro (sábado) - Museu de Arte Contemporânea - MAC

  • 14h-16h:
    Oficina “Sistemas Sonoros e Visualidades”, com Zé Raimundo (Canal Som). 

  • 14h30-16h:
    Seminário sobre Samba Reggae, com Edbrass, Goli Guerreiro e Vívian Caroline.

  • 16h-17h30:
    Performance do grupo Casa do Hip Hop Bahia: 

DJ Branco; 

MCs: Mas Pitbull, Azêh, Monarka e Nutt;

Break Dance com B-Girls: Vick e Cacau; B-Boys: Donatelo e Pêro Vaz

  • 19h-21h:
    Videomapping com Boog
    Shows de Mateus Aleluia e Mariella Santiago


8 de dezembro (domingo) no Museu de Arte Contemporânea - MAC

  • 15h-16h:
    Seminário “Clube da Radiola - 40 anos do álbum ‘Canto Negro - Ilê Aiyê’”, com DJ Andre Urso e Giba Gonçalves. Mediação por Nadja Vladi.

  • 16h-18h30:
    Circuito Modular (artistas de Salvador e do Recôncavo)
    Performances musicais: Carrinho Brown e Missyblecape com Ana Dumas

Atividades fixas:

  • Mostra de Vídeos no Cine Paredão: do dia 6 ao dia 7 de dezembro, a partir das 18h30.

  • Feira gastronômica: do dia 6 ao dia 8 de dezembro.


Atividades Formativas:

Oficina Criativa com J. Cunha, Iansã Negrão e Lia Cunha
Data: 6 de dezembro, das 14h às 16h
Local: MAC Bahia

Edição Especial do Gabinete de Investigação do Desenho com J. Cunha, Iansã Negrão e Lia Cunha e ação artística com giz no paredão do jardim. A oficina se propõe a experimentar com o legado cultural e identitário que permeia o Carnaval Negro, com uma abordagem prática que destaca os fundamentos estéticos e históricos da cultura afro-brasileira. Para todas as idades.


Seminário “Música e Educação: Arquivos, Livro de Artista e os Cadernos de Educação do Ilê Aiyê”
Data: 6 de dezembro, das 16h às 18h30
Local: MAC Bahia

J. Cunha, Iansã Negrão, e Danillo Barata conduzem este seminário ao lado de Arany Santana, Valéria Lima e Rita Maia, trazendo à tona a importância dos arquivos sonoros e dos livros de artista como formas de preservação cultural. O seminário abordará como as tradições visuais e sonoras do Ilê Aiyê contribuem para a educação e resistência cultural.


Oficina “Sistemas Sonoros e Visualidades” com Zé Raimundo (Canal)
Data: 7 de dezembro, das 14h às 16h
Local: MAC Bahia

A oficina explora as relações entre som e imagem, com uma introdução ao uso de sistemas sonoros e tecnologias visuais. Zé Raimundo apresentará técnicas de manipulação sonora que combinam visualidades digitais, criando novas formas de percepção artística para aqueles que se interessam pela intersecção entre tecnologia e arte.


Seminário “Música e Comunicação: Samba Reggae”
Data: 7 de dezembro, das 14h30 às 16h
Local: MAC Bahia

Com Edbrass, Goli Guerreiro e Vívian Caroline, este seminário discute o impacto do samba reggae na Bahia. Os palestrantes explorarão as dimensões musicais, sociais e políticas do gênero, abordando sua importância como expressão cultural e ferramenta de resistência.

Seminário “Clube da Radiola - 40 anos do álbum ‘Canto Negro - Ilê Aiyê’”

Data: 8 de dezembro, das 15h às 16h
Local: MAC Bahia

Em comemoração aos 40 anos do álbum “Canto Negro” do Ilê Aiyê, o DJ Andre Urso e o percussionista Giba Gonçalves fazem uma audição comentada do disco, com mediação da pesquisadora e jornalista Nadja Vladi. Eles vão tocar  faixas do vinil e falar sobre aspectos sonoros e culturais, num diálogo aberto à participação do público.



Fonte: por email -12/11/2024