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sábado, 31 de agosto de 2024

Rio: Mulher que vive em McDonald's no Leblon com a filha é presa por injúria racial

foto:reprodução




Susane Geremia, de 64 anos, está com suas malas "morando" McDonald's do LeblonArquivo / Pedro Teixeira / Agência O Dia


Rio - A Polícia Civil prendeu em flagrante pelo crime de injúria racial Susane Paula Muratori, de 64 anos, que vive há meses com a filha, Bruna Muratori, de 31, em um McDonald's no Leblon, Zona Sul do Rio. As duas haviam sido conduzidas à 14ª DP (Leblon), nesta sexta-feira (30), após terem sido acusadas de racismo por grupo de cinco adolescentes. 


Bruna foi liberada pelos agentes da distrital ainda durante a noite, mas a mãe acabou ficando detida na unidade. Segundo relato da mãe de uma das vítimas ao RJTV1, da TV Globo, Susane teria chamado uma das garotas de "preta nojenta", "pobre" e "pretinha".

A mãe da adolescente, identificada como Bruna Medina de Souza, explicou ainda que a confusão teria começado porque as adolescentes estavam no restaurante conversando e rindo. As "moradoras da lanchonete", segundo as adolescentes, se incomodaram e começaram a filmá-las.

As ofensas começaram durante o registro, quando as meninas disseram ter sido chamadas de "fedelhas", "pretas" e também de "vagabundinhas". O pai de uma das vítimas ouviu da filha que as duas mulheres disseram que aquele não era lugar para "pobre" e "negros".

O crime foi registrado na 14ª DP (Leblon), onde as testemunhas foram ouvidas e Susane autuada pelo crime de injúria racial. Agora, o caso segue para a Justiça. No fim da manhã, a mulher foi transferida para presídio em Benfica, na Zona Norte. 
Confusão no McDonald's do Leblon
Segundo a Secretaria de Estado de Governo (Segov), policiais do Leblon Presente foram acionados para o estabelecimento, localizado na Rua Ataulfo de Paiva, para verificar um possível caso de racismo.
Testemunhas informaram aos agentes que a adolescente e a mãe entraram no local para comprar um lanche e teriam fotografado as duas mulheres.
Susane e Bruna teriam se irritado com a situação e feito ofensas de cunho racista. A equipe então conduziu todos os envolvidos para a 14ª DP (Leblon). As malas das "moradoras" do estabelecimento também foram levadas à delegacia.
Moradoras do McDonalds
Susane e Bruna "vivem" no restaurante desde fevereiro deste ano, após terem saído de imóvel alugado. No restaurante de fast food, as duas ficam sentadas em mesas onde deixam também suas malas. O local funciona das 10h às 5h da manhã. Nesse intervalo, mãe e filha costumam aguardar na calçada do estabelecimento. A situação ganhou repercussão em abril, quando o caso viralizou nas redes sociais.
Dívidas de aluguel
Em 2017, mãe e filha foram condenadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pelo não pagamento de quatro meses de aluguel, entre agosto e novembro. A dívida soma quase R$ 10 mil.

No Rio de Janeiro, os primeiros registros são de 2019. Há ao menos três dívidas nos nomes das duas. Em uma delas, a Justiça condenou ambas e determinou o despejo, por acumularem déficit de R$ 13 mil. Em outro, a avaliação do juiz foi de que se tratava de um caso hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de arcar com as dívidas.
Em entrevista ao DIA, Bruna chegou a dizer que os casos da Justiça já haviam sido resolvidos.

"As pessoas criaram um problema para mim e para minha mãe. Estávamos resolvendo uma situação. Estamos procurando um lugar para ficar. É comum essa situação", disse Bruna.
Fonte:Jornal o Dia - 31/08/2024

Reportagem da Reuters destaca que decisão de Moraes de bloquear X faz parte da “cruzada contra ataques à democracia" no Brasil

 

                           foto:Reuters/reprodução

Reuters - A decisão do juiz brasileiro Alexandre de Moraes de fechar a plataforma de mídia social X do bilionário Elon Musk é apenas o capítulo mais recente de uma cruzada sem barreiras contra os ataques percebidos à democracia e o uso político da desinformação.

"Temos o direito de defender direitos fundamentais. Aqueles que violam a democracia, que violam direitos humanos fundamentais, seja pessoalmente ou por meio de mídias sociais, devem ser responsabilizados", disse Moraes em um discurso na sexta-feira (30). Moraes ordenou a suspensão total e imediata do X no país até que todas as ordens judiciais relacionadas a essa rede social fossem cumpridas, incluindo o pagamento de multas no valor de 18,5 milhões de reais (US$ 3,28 milhões) e a nomeação de um representante legal no Brasil.

Moraes ordenou que a agência reguladora de telecomunicações Anatel implementasse a ordem de suspensão e confirmasse ao tribunal dentro de 24 horas que a havia cumprido.

A investigação que Moraes conduz se concentrou no que ele próprio descreveu como um "gabinete de ódio" que operava de dentro do palácio presidencial de Bolsonaro com o objetivo de atacar oponentes e espalhar mentiras e distorções.

Entre as falsidades investigadas pelo juiz estavam as críticas de Bolsonaro e seus associados políticos de que o sistema de votação eletrônica do Brasil estaria aberto à manipulação.

Moraes também foi responsável por investigar uma conspiração para provocar um golpe militar para anular a derrota de Bolsonaro na eleição presidencial de 2022.

Fonte: BRASIL 247 - 31/08/2024

sexta-feira, 30 de agosto de 2024

STF: Moraes manda bloquear o X em todo o Brasil imediatamente


                                      fotos:divulgação

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou as operações do X (antigo Twitter) em todo o território nacional. O despacho encaminhado para a Anatel foi publicado nesta sexta-feira (30).

O prazo para a retirada do site é de até, no máximo 24h. A decisão também estabelece multa diária em R$ 50 mil para pessoas naturais e jurídicas em caso de uso de VPN para acesso ao site.

A decisão se dá após o dono da rede social, Elon Musk, descumprir uma determinação anterior e estabelecer um representante jurídico da plataforma em território nacional. O bilionário, por sua vez, acusa Moraes de perseguição jurídica.

Ensino Superior: UNEB vai ofertar 6.346 vagas no Vestibular de 2025; Confira

                                    Imagem: divulgação/UNEB

A Universidade do Estado da Bahia   - UNEB  já lançou o edital de inscrição  do  Vestibular UNEB 2025

As inscrições será de 09/09 a 07/10/2024  exclusivamente pelo site vestibular2025.uneb.br

Estão sendo ofertadas 6.346 vagas para o processo seletivo, sendo 4.371 para cursos de graduação na modalidade presencial, outras 1.975 oportunidades para os cursos na modalidade a distância pelo Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB) em vários polos do Estado.

As inscrições devem ser realizadas no site do Vestibular UNEB 2025. O interessado deve clicar em “INSCRIÇÃO ONLINE”, identificar o seu grupo de pertencimento, escolher a modalidade de ensino desejada, primeira e segunda opções de curso, língua estrangeira, optar ou não pelas cotas e definir local onde realizará as provas. A taxa é de R$ 90 e deve ser paga até a data apresentada pelo boleto bancário.

As provas serão aplicadas nos dias 15 e 16 de dezembro. A relação de cursos, quadro de vagas, informações sobre as provas, documentação exigida e cronograma da seleção constam no edital do Vestibular UNEB 2025, no   Edital do Vestibular UNEB 2025

Isenção da taxa de inscrição

A UNEB vai abrir também inscrições para concessão de isenção do pagamento da taxa de inscrição no Processo Seletivo Vestibular 2025, nos dias 9 e 10 de setembro.

De acordo com o edital de isenção, podem ser beneficiados candidatos concluintes ou egressos do Ensino Médio, em estabelecimento de ensino das redes públicas da Bahia ou municipais do estado, ou que tenham cursado o Ensino Médio através de Exames Supletivos ou curso equivalente, também das redes públicas de Salvador ou de cidades do interior baiano.

A relação dos candidatos selecionados na primeira etapa do Programa de Isenção será divulgada no dia 13 de setembro, no site do Vestibular UNEB 2025. Esses deverão se apresentar para a segunda etapa, nos dias 18 e 19 de setembro, portando original e cópia dos documentos exigidos. A relação final dos beneficiados será divulgada até o dia 1º de outubro.

O candidato que solicitou e não foi contemplado com a isenção, mas, desejar realizar as provas do processo seletivo deverá, no período de inscrição, acessar o módulo de consulta no site do vestibular, utilizando o seu código ou CPF e data de nascimento, e imprimir o boleto para realizar o pagamento da taxa.


Veja Edital de Isenção

Eleições 2024: Candidata do PL reclama por ter sido proibida de usar slogan "Paula Dentro" em Rio Pardo

 

Foto: Reprodução Redes Sociais

A pequena, mas antiga cidade de Rio Pardo, no Rio Grande do Sul, virou notícia nacional nesta semana após viralizar o vídeo em que a candidata a vereadora pelo PL, Paula Camargo, se diz indignada com a promotoria eleitoral. A candidata, de 40 anos de idade e que concorre pela primeira vez a um cargo político, disse que foi obrigada a retirar de suas redes sociais o seu jingle de campanha, que dizia: “O que as mulheres tão pedindo? Paula dentro”. 

 

Segundo explicou a candidata do PL, o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Ministério Público Eleitoral recebeu denúncias alegando que o slogan da campanha dela seria ofensivo. A própria promotora teria dito que a música seria inadequada para ser veiculada no período eleitoral. 

 

Paula Camargo se defendeu e disse que a música teria sido mal interpretada por “aqueles que têm maldade dentro da sua cabeça”. Ela questionou se seria preciso mudar o nome de campanha, ou se ela precisaria falar “Paula fora” na hora de pedir voto aos cerca de 30 mil eleitores da cidade. 

 

“Meu nome é Paula. Então pra ti que só pensa maldade, que interpretou da pior forma possível, eu te digo o seguinte: ninguém consegue apagar o que é da gente. O que é meu é meu, o que é teu é teu. Tem coisa muito mais feia que é feita em época de campanha eleitoral do que uma música”, se defendeu a candidata, que em sua ficha no TSE diz ser secretária e datilógrafa. 

 

O slogan da candidata do PL de Rio Pardo, que gerou polêmica na pequena cidade, incluía versos como:

 

“O que as mulheres tão pedindo? Paula dentro
E o bairro também precisa
Paula dentro
Eu tô com a Paula nesse momento
Quem tá com ela grita Paula dentro”.

 

Em vídeo recente nas suas redes sociais, a candidata diz que abandonou o “Paula Dentro” e diz qual será o seu novo slogan de campanha: “Chega de panelinha, vote na Paulinha”


Fonte: EDU MOTA/BRASÍLIA/BN 30/08/2024

Salvador: Motoboys fazem protestos na região do iguatemi após a morte de colega

                                            foto:reprodução

Durante a manhã desta sexta-feira (30), motoboys se reuniram na região do Shopping da Bahia, antigo Iguatemi, para reivindicar a morte de Kevin, entregador morto na madrugada da última quinta-feira (29). O rapaz foi atingido por tiros. O caso aconteceu na altura da feira da Sete Portas, no sentido Aquidabã, em Salvador. 

A manifestação é pacífica e busca reivindicar segurança para a classe trabalhadora. Os entregadores pretendem realizar um grande buzinaço até a região da Rodoviária, na capital baiana.  Informações do BN em 30/08/2024.

Bahia: Operação do MP desarticula comunicação ilegal de policiais presos no Batalhão de Choque





                                             

                                            
O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) deflagrou na noite da última quarta-feira (28), no Batalhão de Choque em Lauro de Freitas, a ‘Operação Bastilha’ contra a comunicação ilegal de policiais presos na unidade. 

Segundo as apurações, os detentos estavam utilizando aparelhos celulares para interferir em processos judiciais e dar continuidade a ações criminosas. Foram apreendidos celulares, carregadores, fones de ouvido e um pendrive.

A operação faz parte de um esforço contínuo das instituições da área de segurança pública para conter o crime organizado dentro das prisões e proteger a integridade dos processos judiciais.

No Batalhão de Choque, estão custodiados policiais militares que cumprem prisão provisória ou definitiva. 

Fonte:BNEWS -30/082024

Economia: Desemprego cai a 6,8% em julho, menor taxa da história para o mês, diz IBGE

 Na análise de todos os períodos, a taxa é a mais baixa desde dezembro de 2014

Marcello Casal Jr. / Ag. Brasil - Na análise de todos os períodos, a taxa é a mais baixa desde dezembro de 2014.


A taxa de desemprego do Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho. Com a queda, o índice recuou para o seu menor nível para o mês em toda a série histórica desde 2014. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Mensal, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, que terminou em abril, houve recuo de 0,7 ponto percentual (p.p.) na taxa de desocupação, que era de 7,5%. No mesmo trimestre de 2023, a taxa era de 7,9%.

A população desocupada caiu para 7,43 milhões, uma queda de 9,5% em relação ao trimestre anterior. Na comparação contra o mesmo trimestre de 2023, o recuo é de 12,8%.

População ocupada

De acordo com o levantamento, a população ocupada - ou seja, o total de trabalhadores no país - teve alta de 1,2% no trimestre e chegou a 102 milhões, um novo recorde da série histórica iniciada em 2012.  

Em relação ao segundo trimestre de 2023, o aumento da população ocupada foi de 2,7%, ou mais 2,7 milhões de pessoas.

Os empregados com carteira de trabalho assinada também bateram recorde, chegando a 38,5 milhões de pessoas (uma alta de 0,9%, com mais 353 mil pessoas a mais). Em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, a alta foi de 4,2% (1,5 milhão de pessoas a mais).

Rendimento real

Segundo a pesquisa, o rendimento real habitual demonstrou estabilidade e foi de R$ 3.206, o que significa uma alta anual de 4,8%.

Consequentemente, a massa de rendimentos chegou a R$ 322,4 bilhões, novo recorde da série histórica.

Fonte:PORTAL IG - 30/08/2024

Lula reage às críticas de Elon Musk: “Pensa que é o quê?”

                                         foto:reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, nesta sexta-feira (30/8), a posição de Elon Musk, dono da rede social X, frente a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), assinada pelo ministro Alexandre de Moraes.

“Se a Suprema Corte tomou decisão, o cidadão ou cumpre ou vai ter de tomar outra atitude. Não é porque o cara tem muito dinheiro que ele pode desrespeitar, é um cidadão americano, não é do mundo. Não pode ficar ofendendo os presidentes, os deputados, o Senado, a Câmara, a Suprema Corte. Ele pensa que é o quê? É o seguinte: tem de respeitar a decisão da Suprema Corte brasileira”, afirmou Lula em entrevista à rádio MaisPB, em João Pessoa (PB).

“Se não for assim, este país nunca será soberano. Não é porque o cara gritou que a gente fica com medo, não. Esse cara tem de respeitar as regras deste país. Ele tem de acatar. Se vale para mim, vale para ele”, reforçou o presidente.

 Na quarta-feira (28/8), Moraes intimou Musk e determinou que o X apontasse um representante legal no Brasil em até 24h, após a empresa encerrar as operações no país em 17 de agosto.

O X justificou a saída de solo brasileiro porque estaria sofrendo ameaças de prisão se não cumprissem as “ordens de censura” de Moraes.

A decisão do STF desta semana teve uma divulgação inédita pela própria rede social. Ficou estabelecido que, se o dono do X não acatasse, a rede social poderia ser bloqueada no Brasil.

Após as 24h dadas por Moraes acabarem, a plataforma recusou o cumprimento das ordens do ministro. Musk chamou as ordens da Suprema Corte brasileira como “ilegais”, além das formas de Moraes “censurar seus opositores políticos”.

Fonte: METRÓPOLES - 30/08/2024

Bahia: Advogados baianos têm pedido de prisão por saques fraudulentos de precatórios

 

IMAGEM:REPRODUÇÃO


Um grupo, que inclui advogados baianos, está sendo acusado de fraude contra instituições bancárias para a realização de saques fraudulentos de precatório judiciais. Em ato mais recente, na última quarta-feira (28), um grupo de três advogados teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

 

Segundo o inquérito policial o Banco do Brasil e bens particulares teriam sido desviados, por supostas fraudes. Entre os acusados estão: Lais Andrada Barros, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, Liz Fádua Fernandes da Silva, Hermias Pereira da Silva Júnior,  Felipe Lima de Jesus, Lucas Carneiro Almeida e Thiago Rogers Pereira da Cruz.

 

Entre os crimes apontados na acusação, o grupo foi apontado por atuação em ilícitos como corrupção ativa, organização criminosa e estelionato. 

 

Dos citados como integrantes da suposta organização, Lais Andrada Barros, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, Liz Fádua Fernandes da Silva e Hermias Pereira da Silva Júnior tiveram o pedido de prisão preventida acatado pelo juiz Cidval Santos Sousa Filho. A investigação foi iniciada perante o Ministério Público Federal (MPF) e depois transferida para o MP local, com atuação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco). 

 

Em 2022, um relatório da autoridade policial, através da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Polícia Federal concluiu no inquérito policial a existência de "provas de materialidade e indícios de autoria dos delitos". No despacho ainda consta a sugestão para a redistribuição a um dos promotores de Justiça com "atuação na Equipe de Crimes Contra a Administração Pública, para a adoção das providências que entender cabíveis".

 

Os órgãos profissionais vinculados às atividades dos apontados como responsáveis pelos ilícitos foram notificados para que tomem conhecimento a respeito das condutas supostamente criminosas atribuídas aos advogados. A Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Bahia, por conta do exercício da profissão de Paulo Kléber Carneiro de Carvalho Filho, Laís Andrada Barros e Felipe Lima de Jesus, além da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção São Paulo, com relação a atividade de Liz Fadua Fernandes da Silva. 

 

Além da OAB, foi oficiado a Superintendência do Banco do Brasil acerca das condutas em tese delituosas atribuídas a Lucas Carneiro de Almeida e Thiago Rogers Pereira da Cruz, no exercício de suas respectivas funções. 

 

Os acusados Lais Andrada Barros, Paulo Kleber Carneiro de Carvalho, Liz Fádua Fernandes da Silva e Hermias Pereira da Silva Júnior foram citados por edital e segundo a decisão não responderam os chamados da Justiça.

 

Segundo a denúncia do Gaeco obtida pela reportagem, Liz Fádua e Paulo Kleber são apontados como "cúpula" do grupo, "responsável pela articulação das empreitadas criminosas e pela falsificação de documentos das vítimas".

 

O MP-BA também indica que Liz Fádua, além de ser responsável pela articulação das empreitadas criminosas, era integrante do grupo que realizava as falsificações da documentação necessária para que o saque dos precatórios fosse realizado junto à instituição bancária.

 

No caso de Lais Andrada, por trabalhar no escritório de Paulo Kleber e ser pessoa de sua confiança, foi escolhida para ser a mandatária da procurações falsificadas, também responsável pelos saques dos valores de maneira ilítica diretamente nas instituições bancárias, afirma o Gaeco.

 

Após os resgates na sua conta, ela realizava a divisão dos valores através de pagamentos, transferências e saques, orientada por ser chefe. Segundo o MP-BA, a Polícia Federal concluiu que Lais teria embolsado R$ 15.930,01 em virtude das repartições das porcentagens entre os integrantes da organização criminosa.

 

Uma tabela anexada à denúncia aponta, ainda, a divisão dos valores sacados de modo que Paulo Carneiro embolsou R$ 235.409,80; Lucas Almeida R$ 92.643,26; Felipe Jesus R$ 15.786; Liz Fádua R$ 213.444,97; além dos mais de R$ 15 mil de Lai Andrada já mencionados.

 

PASSADO DE ACUSADO


Um dos acusados de integrar o grupo já teve alguns registros polêmicos. Paulo Kleber Carneiro de Carvalho já protagonizou uma discussão com juíza de Direito Isabela Kruschewsky, titular da 32ª Vara dos Juizados Especiais e da 2ª Turma Recursal da Comarca de Salvador. A discussão aconteceu em 2019 e foi gravada por Kruschewsky. 

 

No áudio, o advogado se irrita após a magistrada tê-lo chamado de desonesto e perigoso, e acusa a juíza de ter acordo com os bancos e ser parcial em seus julgamentos. "A senhora usa a caneta para lascar os consumidores. Julga a favor de banco, e todo mundo sabe o porquê", gritou. Ainda segundo a juíza, o advogado teria proferido xingamentos contra ela após o encerramento da sessão, acusação que ele negou veementemente durante a reunião, enquanto esta estava sendo gravada. 

 

Em outro caso, Kléber foi acusado de ter efetuado disparos em via pública, em Porto Seguro, na Costa do Descobrimento.  O Ministério Público do Estado (MP-BA) acusou o advogado por porte ilegal de arma e desacato após se envolver em uma confusão na cidade do extremo sul baiano.



Fonte: Redação do BN - 30/08/2024

Do Metrópoles: Marçal deu procuração a réu acusado de integrar grupo de traficante


                                          foto:reprodução

Candidato a prefeito de São Paulo, o ex-coach Pablo Marçal (PRTB) concedeu poderes para que um empresário acusado de integrar a organização criminosa de um megatraficante o representasse junto a órgãos do governo federal, revelam documentos obtidos pela coluna. Florindo Miranda Ciorlin, empresário e piloto nomeado por Pablo Marçal para representá-lo, é acusado pelo Ministério Público Federal de atuar na aquisição e ocultação de aeronaves para traficantes responsáveis pelo transporte de pelo menos 5,1 toneladas de cocaína da Bolívia ao Brasil.

A procuração a favor de Florindo foi assinada por Marçal em 28 de outubro de 2021. Naquela data, o empresário já havia sido preso pela Polícia Federal, denunciado pelo Ministério Público e se tornado réu na 1ª Vara Federal Cível e Criminal de Cáceres (MT). Bastava uma pesquisa simples no Google para conhecer o histórico do piloto.

Material obtido pelo MetrópolesProcuração assinada por Pablo Marçal dá poderes a Florindo Ciorlin
Procuração assinada por Pablo Marçal concede poderes para Florindo Ciorlin o representar em órgãos do governo federal

Apesar de Marçal não ser citado na investigação da PF, a procuração revela uma ligação direta do candidato com o empresário acusado de integrar o crime organizado de tráfico de drogas. Até então, era público o envolvimento de lideranças do PRTB, partido do ex-coach, com um esquema criminoso coordenado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Marçal disse que, se pudesse, teria afastado o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche. Ele classificou a situação como “constrangedora” e afirmou que não tem “amor por bandido”.

Procurado para comentar a sua ligação com Florindo, Marçal não respondeu.

Além de Pablo Marçal, assina a procuração Marcos Paulo de Oliveira, sócio do candidato na Aviation Participações LTDA. Oficialmente, o documento constitui como procuradora a Preflight Serviços Aeronáuticos LTDA – empresa especializada em assessoria de compra de aeronaves que pertence a Florindo e a seu irmão Ewerton Miranda Ciorlin – para representar a Aviation Participações em duas agências do governo federal: a Anac, que regula o mercado aéreo, e a Anatel, de telecomunicações.

A procuração transfere poderes para Florindo realizar todos “os atos que se fizerem necessários, para a obtenção de documentos pertinentes à aeronave de prefixo PR-FAC […], podendo assinar documentos e praticar todos os atos necessários ao bom e fiel cumprimento do presente mandato”. Funciona quase como uma “carta branca”.

A referida aeronave de prefixo PR-FAC pertence a Marçal. Trata-se de um Cessna Aircraft, modelo 510 e ano 2008. O jatinho foi comprado pelo ex-coach em outubro de 2021 por R$ 9,13 milhões, segundo documentos obtidos pela coluna. Após a aquisição, o ex-coach mandou imprimir a bandeira do Brasil na cauda do avião.

Certidão traz detalhes sobre a compra de aeronave por Pablo Marçal

A aeronave foi usada por Pablo Marçal durante a campanha dele em 2022. Na ocasião, o ex-coach iniciou uma disputa pela Presidência da República, mas seu então partido, o Pros, retirou a candidatura para apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No mesmo pleito, Marçal concorreu a deputado federal por São Paulo; contudo, apesar de ter conquistado votos suficientes para ser eleito, teve o registro negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A atuação de Florindo

Florindo e o irmão Ewerton Ciorlin foram alvo da Operação Grão Branco, da Polícia Federal, deflagrada em 30 de abril de 2021 – portanto, seis meses antes de Pablo Marçal nomeá-los como procuradores.

Reprodução/InstagramFlorindo Ciorlin, réu acusado de integrar organização criminosa de megatraficante
Florindo Ciorlin, réu acusado de integrar organização criminosa de megatraficante

A operação desmontou a organização criminosa liderada pelo megatraficante Ary Flávio Swenson Hernandes, suspeito de traficar mais de 5 toneladas de drogas.

Foram cumpridos mais de 110 mandados judiciais em nove estados. Trinta e oito pessoas foram presas, incluindo Florindo. O empresário, no entanto, teve a prisão temporária revogada duas semanas depois. Em seguida, foi denunciado pelo Ministério Público Federal e se tornou réu na Justiça Federal. O processo, porém, ainda não foi julgado.

A investigação da Polícia Federal identificou que Florindo atuou em favor da organização criminosa adquirindo e regularizando aeronaves usadas no tráfico. O empresário chegou a utilizar documentos falsos e laranjas com o objetivo de ocultar o verdadeiro dono dos jatinhos. Além disso, Florindo deu aulas para pilotos do grupo criminoso e chegou a manifestar interesse em ir à Bolívia para conhecer Ary Flávio Hernandes pessoalmente.

“Florindo tinha total ciência de que as aeronaves as quais ajudava a adquirir, titular e transferir eram utilizadas para o tráfico de drogas. Desse modo, Florindo não apenas estava exercendo sua atividade comercial, mas contribuindo, com consciência e vontade, para que estas fossem adquiridas e utilizadas pelos traficantes, além de demonstrar interesse em pessoalmente pilotá-las e conhecer o líder da Orcim, Ary Flávio Swenson Hernandes.”

Investigação da Polícia Federal detalha atuação de Florindo Ciorlin em organização criminosa de megatraficanteInvestigação da Polícia Federal detalha atuação de Florindo Ciorlin em organização criminosa de megatraficante
Investigação da Polícia Federal detalha atuação de Florindo Ciorlin em organização criminosa de megatraficante

O relatório da Polícia Federal cita ainda que Florindo conversava em códigos com membros da organização criminosa, entre eles, Eliseu Hernandes, pai do megatraficante. Mensagens interceptadas pelos investigadores mostram extenso diálogos entre os dois.

“Sem a intermediação dos irmãos Ciorlin, certamente o grupo criminoso não teria sucesso na importação e no transporte de cocaína por meio de aeronaves, havendo indícios seguros de que ambos (Florindo e Ewerton) tinham a ciência de que estavam contribuindo para o tráfico internacional.” Ao contrário do irmão, Ewerton Ciorlin já foi absolvido.

No âmbito do processo, a defesa de Florindo alegou que o empresário estava apenas fazendo seu trabalho de forma legal. Florindo afirmou que sua empresa, a Preflight, é reconhecida nacionalmente e que precisa se relacionar diretamente com seus clientes.

Para a defesa, a denúncia do MPF se pautou exclusivamente em “achismos e convicções”. “A conclusão do órgão acusador é tomada com base apenas em suposições e achismos pinçados de conversas entre qualquer vendedor que busca prestar um bom serviço e atender as necessidades do comprador, que especifica as próprias necessidades”, assinalaram os advogados Henrique Tremura Lopes, Luciano Macri Neto e Augusto Cunha Junior.

Florindo alegou, ainda, que as transações das aeronaves para o grupo criminoso foram realizadas dentro de “padrões internacionais de cuidado” e afirmou que as interceptações telefônicas feitas pela Polícia Federal foram ilegais.

“A primeira interceptação telefônica foi autorizada em 26/03/2020. Apesar de não haver qualquer referência a Florindo, salienta-se que tal medida, que deveria ser a última a ser utilizada, foi requerida de plano pela autoridade policial, iniciando-se, assim, uma verdadeira pescaria probatória [fishing expedition]”, afirmaram os advogados.

O que diz Pablo Marçal

Procurado, Pablo Marçal não respondeu.

Por sua vez, o advogado Henrique Tremura Lopes, que representa Florindo Ciorlin na ação, disse que a Preflight não interrompeu os serviços após a Grão Branco e que “continua atuando até hoje da maneira como sempre atuou”.

“O Florindo e o Ewerton, apenas e tão somente, prestam serviços de assessoria de transferência e compra e venda de aeronaves. Nunca tiveram qualquer envolvimento com qualquer integrante da suposta organização. A única coisa que fizeram é que, quando um cliente os procuram, eles prestam assessoria da forma como prestam a qualquer clientes, e foi isso que aconteceu neste caso”, afirmou o advogado.

“A Preflight é uma empresa série e idônea, que presta serviços e é reconhecida nacionalmente pela excelencência. E todos os serviços são chancelados pela Anac”, acresentou Tremura Lopes.

Questionado sobre as conversas interceptadas pela PF que indicam o interesse de Florindo em ir para a Bolívia e conhecer o megatraficante, a defesa explicou que a corporação fez uma interpretação “absolutamente” equivocada.

FONTE:TÁCIO LORRAN/METRÓPOLES/REPRODUÇÃO - 30/08/2024 07H:37