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segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Leia a íntegra do depoimento de Mauro Cid sobre a trama golpista


                                               foto:reprodução/Igo Estrela


 Em agosto de 2023, o tenente-coronel Mauro Cid prestou o primeiro depoimento de seu acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal.

O ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência falou a três delegados e dois agentes da PF da equipe que conduz o inquérito das milícias digitais. A coluna teve acesso ao depoimento que foi revelado pelo colunista Elio Gaspari.

Um dos temas abordados foi a tentativa de golpe militar pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a derrota nas eleições de 2022.

O depoimento é um dos elementos utilizados no relatório final apresentado pela PF no final de 2024 e que indiciou Bolsonaro e outros 36 aliados, entre militares e civis, supostamente envolvidos na trama golpista.

Após aquele depoimento, Cid ainda prestou vários novos depoimentos e esclarecimentos à PF. Nesse primeiro, o militar faz uma divisão entre os aliados de Bolsonaro, dividindo-os entre conservadores, moderados e radicais, e aponta para dois caminhos tratados pelo grupo de Bolsonaro para reverter a derrota para Lula (PT).

Leia abaixo íntegra do primeiro relato feito por Mauro Cid.

A Polícia Federal conduz investigação que apura a prática de atos relacionados a uma possível tentativa de execução de um Golpe de Estado e Abolição violenta do Estado Democrático de Direito ocorridos após o resultado do segundo turno das eleições presidenciais de 2022.

Nesse sentido, INDAGADO sobre os elementos que têm conhecimento em relação aos referidos fatos investigados, respondeu QUE depois que acabou o período eleitoral, o então Presidente JAIR BOLSONARO recebia diversas pessoas, sempre no Palácio da Alvorada; QUE as pessoas que visitavam o então Presidente formavam três grupos distintos; QUE tinha um grupo bem conservador, de linha bem política; QUE aconselhavam o Presidente a mandar o povo para casa, e colocar-se como um grande líder da oposição: QUE diziam que o povo só queria um direcionamento; QUE para onde o PRESIDENTE mandasse, a povo iria; QUE o grupo era formado pelo Senador FLAVIO BOLSONARO, ° AGU BRUNO BIANCO, CIRO NOGUEIRA (então Ministro da Casa Civil) e o Brigadeiro BATISTA JUNIOR (então Comandante da Aeronáutica): QUE o outro grupo era formado por pessoas moderadas: QUE apesar de não concordar com o caminho que o Brasil estava indo, com abusos jurídicos, prisões e não concordar com a condução das relações institucionais que ocorriam no país, entendiam que nada poderia ser feito diante do resultado das eleições: QUE qualquer coisa em outro sentido seria um golpe armado; QUE representaria um regime militar por mais 20, 30 anos: QUE esse grupo era totalmente contra isso; QUE o grupo se subdividia em dois: QUE um primeiro grupo era composto basicamente por generais da ativa que tinham mais contato com o então Presidente da República JAIR BOLSONARO; QUE eram as pessoa que o então PRESIDENTE mais gostava de ouvir; QUE o grupo era composto pelo COMANDANTE DO EXERCITO GENERAL FREIRE GOMES; pelo GENERAL ARRUDA, Chefe do DEC – Departamento de Engenharia e Construção: pelo GENERAL TEOFILO, chefe do COTER – Comando de Operações Terrestres; pelo GENERAL PAULO SERGIO, então Ministro da Defesa; QUE esse grupo temia que o grupo radical trouxesse um assessoramento e levasse PRESIDENTE JAIR BOLSONARO assinar uma “doidera”;

QUE o GENERAL FREIRE GOMES estava muito preocupado com essa situação, com que poderia acontecer com esse pessoal que la para o Palácio da Alvorada; QUE estavam preocupados com o grupo radical que estava tentando convencer o então Presidente a fazer “alguma coisa”, um golpe: QUE havia um outro grupo de moderados que entendia que o ex-Presidente deveria sai do pais: QUE o próprio colaborador sugeriu que o ex-Presidente deveria sair do país; QUE o grupo era composto pelo PAULO JUNQUEIRA, empresário do agronegócio, que financiou a viagem do Presidente para os EUA; por NABAN GARCIA, que ocupou algum cargo na secretaria de agricultura, e por fim o senador MAGNO MALTA que tinha uma posição mas radical e se juntou ao referido grupo entendendo que o presidente deveria deixar o país; QUE o terceiro grupo, denominado pelo colaborador como “radicais”, era dividido em dois grupos; QUE o primeiro subgrupo “menos radicais* que queriam achar uma fraude nas umes: QUE o segundo grupo de “radicais” ara a favor de um braço armado; QUE gosteriam de alguma forma incentivar um golpe de Estado; QUE queria que ele assinasse o decreto: QUE acreditavam que quando o Presidente desse a ordem, ele teria apolo do povo e dos CACs: QUE ‘romantizavam” o art. 142 da Constituição Federal como o fundamento para o Golpe de Estado; QUE o primeiro grupo que defendia a identificação de uma possível fraude nas umas era o que o ex-Presidente mais pressionava; QUE JAIR BOLSONARO quena uma atuação mais contundente do GENERAL PAULO SÉRGIO em relação a Comissão de Transparência das eleições montada pelo Ministério da Defesa: QUE JAIR BOLSONARO queria que o documento produzido fosse “duro”; QUE o grupo era composto pelo GENERAL PAZZUELLO, pelo PRESIDENTE DO PL VALDEMAR DA COSTA NETO. pelo MAJOR DENICOLE e por um grupo de pessoas que prestavam assessoramento técnico: QUE nessa época após o segundo turno, recebiam multas informações de fraudes; QUE o presidente repassa as possíveis denúncias para os GENERAIS PAZZUELLO e PAULO SERGIO para que fossem apuradas; QUE o grupo tentava encontrar algum elemento concreto de fraude, mas a maioria era explicada por questões estatísticas: QUE as informações estatísticas foram tratadas pelo MAJOR DENICOLE;

QUE O MAJOR DENICOLE era quem geralmente trazia os dados ao ex-presidente: QUE o grupo não identificou nenhuma fraude nas umas: QUE a única coisa substancial que encontraram foi a questão das umas antigas que ensejou a ação do PL; QUE o Senador HEINZ, que também integrava esse grupo, usava um documento do Ministério Publico miitar que dizia que como o país estava em GLO, para garantia des eleições, o Senador entendia que as forças armadas poderiam pegar uma uma, sem autorização do TSE ou quaiquer instancia judicial, para realização de testes de integridade; QUE o senador encaminhava esse entendimento tanto ao Colaborador, quanto ao ex-presidente JAIR BOLSONARO para que repassassem esse entendimento ao Ministro da Defesa: QUE o ex-presidente não encampou esse entendimento; QUE o ex-Diretor-Geral da PRF SILVINEL VAQUES era politizado; QUE ela comparecia a todos os eventos políticos; QUE ele esteve com o ex-Presidente por agumas ocasiões durante o período pré-eleitoral: QUE não informar o que tratava: QUE a questão de compra de votos era um preocupação constante do ex-Presidente; que reclamava de maneira genérica; QUE não participava das reuniões entre o ex-Presidente e os Ministros e os Generais; QUE esse grupo tinha ligação com o Argentino: QUE quanto a parte mais radical, não era um grupo organizado, eram pessoas que se encontravam com presidente, esporadicamente, com a intenção de exigi uma atuação mais contundente do então Presidente: QUE uma dessas pessoas era FELIPE MARTINS, ex assessor internacional do ex presidente e ligado à área mais ideológica; QUE FELIPE MARTINS vinha acompanhado de um jurista, que não se recorda um noma; QUE o colaborador se recorda que o referido jurista escreveu livros sobre Garantias Constitucionais; QUE os encontros ocorreram em meados de novembro de 2022:

QUE em um dos encontros o jurista também foi acompanhado de um padre; QUE foram mais de dois encontros dessas pessoas com o ex-Presidente JAIR BOLSONARO; QUE FELIPE MARTINS juntamente com esses juristas apresentaram um documento ao Presidente JAIR BOLSONARO, no Palácio da Alvorada; QUE o documento tinha várias páginas de “considerandos’, que retratava as interferências do Poder Judiciário no Poder Executivo e no final era um decreto que determinava diversas ordens que prendia todo mundo; QUE determina as prisões dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dentre eles ALEXANDRE DE MORAES, GILMAR MENDES e outros; QUE determinava também a prisão do Presidente do Senado RODRIGO PACHECO e de outras autoridades que de alguma forma se opunham ideologicamente ao ex-presidente; QUE decretava novas eleições: QUE não dizia quem iria fazer, mas sim, o que fazer; QUE o ex-presidente recebeu o documento, leu e alterou as ordens, mantendo apenas a prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições devido a fraude no pleito:

QUE o colaborador teve ciência do documento quando FELIPE MARTINS apresentou ao colaborador o documento impresso e de forma digital para que fossem feitas as corações: QUE FELIPE MARTINS tinha uma versão digital em seu notebook, que levou para a reunião; QUE FELIPE MARTINS não alterou o documento, conforme pedido pelo então PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, naquele momento; QUE alguns dias depois FELIPE MARTINS retomou juntamente com o jurista trazendo o documento alterado conforme solicitado pelo então PRESIDENTE JAIR BOLSONARO, no Palácio da Alvorada: QUE o presidente concordou com os termos ajustados e em seguida mandou chamar, no mesmo dia, os Generais, comandantes das forças; QUE participaram o ALMIRANTE GARNIER, GENERAL FREIRE GOMES & • BRIGADEIRO BATISTA JUNIOR:

QUE nessa reunião com os Generais o presidente apresentou apenas os “considerandos” (fundamentos dos atos a serem implementados) sem mostrar as ordens a serem cumpridas (prisão do Ministro ALEXANDRE DE MORAES e a realização de novas eleições); QUE na reunião com os Generais, FELIPE MARTINS foi explicando cada item QUE o colaborador participou da reunião, operando a apresentação no computador; QUE o ex-presidente queria pressionar as Forças Armadas para saber o que estavam achando da conjuntura; QUE queria mostrar a conjuntura do país; QUE o colaborador saiu da sala, não participando do restante da reunião QUE depois o GENERAL FREIRE GOMES relatou ao colaborador a conteúdo do que conversaram: QUE o ex-presidente apresentou o documento aos GENERAIS com intuito de entender a reação dos comandantes das forças em relação ao seu conteúdo QUE o ALMIRANTE GARNIER, comandante da Marinha, era favorável a um intervenção mitar, afirmava que a Marinha estava pronta para agir: QUE aguardava penas a ordem do ex-presidente JAIR BOLSONARO, QUE no entanto, o ALMIRANTE GARNIER condicionava a ação de intervenção militar à adesão do Exército, pois não tinha capacidade sozinho; QUE o Brigadeiro BATISTA JUNIOR, comandante da aeronáutica, era terminantemente contra qualquer tentativa de golpe de Estado; QUE afirmava de forma categórica que não ocorreu qualquer fraude nas eleições presidenciais; QUE o GENERAL FREIRE GOMES, era um meio-termo dos outros dois Generais;QUE ele não concordava como as coisas estava sendo conduzidas; QUE no entanto, entendia que não caberia um golpe de Estado, pois entendia que as instituições estavam funcionando; QUE não foi comprovado fraude nenhuma; QUE não cabia às Forças Armadas realizar o controle Constitucional, QUE dizia que estavam “romantizando” o art. 142 da CF: QUE dizia que tudo que acontecesse seria um regime autoritário pelos próximos 30 anos, decorrente de um Golpe Miltar, QUE o ex-Presidente teve várias reuniões com os Generais; QUE o ex-Presidente JAIR BOLSOANRO não queria que o pessoal saísse das ruas; QUE o ex-Presidente JAIR BOLSOANRO tinha certeza que encontraria uma fraude nas umas eletrônicas e por isso precisava de um clamor popular para reverter a narrativa; QUE o ex-Presidente estava trabalhando com duas hipóteses: a primeira seria encontrar uma fraude nas eleições e a outra, por maio do grupo radical, encontrar uma forma de convencer as Forças Armadas a aderir a um Golpe de Estado; QUE o ex-Presidente não interferia nos manifestantes que estavam nas ruas; QUE o ex-Presidente pediu apanas para que os caminhoneiros não parassem o pais; QUE acredita que os militares não adeririam a uma idela de golpe de Estado: QUE como não teve apoio dos Comandantes do Exército e da Aeronáutica, a proposta de FELIPE MARTINS não foi executada; QUE acredita que o ex-Presidente não assinaria esse documento; QUE as outras pessoas que integravam essa ala mais radical era composta pelo ex-ministro ONIX LORENZONE, pelo atual SENADOR JORGE SEIFF, o ex-ministro GILSON MACHADO, SENADOR MAGNO MALTA. DEPUTADO FEDERAL EDUARDO BOLSONARO, GENERAL MARIO FERNANDES (secretário executivo do General RAMOS); QUE GENERAL MARIO FERNANDES atuava de forma ostensiva, tentando convencer os demais integrantes das forças a executarem um golpe de Estado: QUE compunha também o referido grupo a ex- primeira dama

MICHELE BOLSONARO; QUE tais pessoas conversavam constantemente com o ex-Presidente, instigando-o para dar um golpe de Estado: QUE afirmavam que o ex-Presidente tinha o apoio do povo e dos CACs para dar o golpe;

QUE não sabe se essas pessoas levavam documentos para o ex-Presidente; QUE não presenciou todos os encontros dessas pessoas radicais com o ex-Presidente; QUE o GENERAL BRAGA NETO conversava constante com o ex-Presidente; QUE ele seria o elo entre os manifestantes e o ex-Presidente: QUE o GENERAL BRAGA NETO atualizava o ex-Presidente sobre as manifestações; QUE não sabe informar se o GENERAL BRAGA NETO tinha contato com AILTON BARROS: INDAGADO sobre pessoas que exerciam influência em relação às pessoas acampadas e que entraram no Palácio do Alvorada, responde QUE no dia 12/12/2022, após a prisão do CACIQUE SERÉRE, na saída do palácio da Alvorada, a pessoas de BISMARK e PAULO SOUZA, integrantes do canal do YouTube HIPOCRITAS e OSWALDO EUSTAQUIO, com medo de também serem presos ligaram para o ex-presidente JAIR BOLSONARO; QUE JAIR BOLSONARO mandou que autorizassem a entrada de BISMARK, PAULO SOUZA e OSWALDO EUSTAQUIO no Palácio da Alvorada: QUE a intenção era evitar que fossem presos; QUE após a advertência do colaborador de que a permanência de OSWALDO EUSTÁQUIO no Palácio da Alvorada poderia causar problemas, o ex-Presidente determinou que um carro da Presidência levasse OSWALDO EUSTÁQUIO para o local que estava hospedado em Brasília/DF; QUE os integrantes do HIPÓCRITAS jantaram com o ex-Presidente no Palácio da Alvorada; QUE não se recorda se os referidos jornalistas dormiram no Palácio da Alvorada; QUE os integrantes do HIPÓCRITAS tinham contato direto com o ex-Presidente JAIR BOLSONARO; QUE entendiam que os CACs apoiariam o ex-Presidente em uma tomada de decisão, como um tropa civil em caso de um Golpe; QUE o Deputado Federal EDUARDO BOLSONARO tinha mais contato com os CACs. Nada mais havendo, este Termo de Depoimento foi lido e, achado conforme, assinado pelos presentes.

FONTE: METRÓPOLES -27/01/2025


domingo, 26 de janeiro de 2025

Mundo: Presidente da Colômbia reage a sanções de Trump: “Resisti à tortura e resisto a você”

                                       foto:Reprodução/ Instagram


O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, publicou um longo texto neste domingo (26/1) em que condena a política de Donald Trump depois que o governo americano impôs tarifas aos produtos colombianos, suspendeu a concessão de novos vistos e cancelou os vistos de autoridades do governo do país sul-americano.

“Você pode, com sua força econômica e soberba, tentar dar um golpe de Estado, como fizeram com Allende. Mas eu morrerei defendendo minha lei. Resisti à tortura e resisto a você”, escreveu o líder da Colômbia nas redes sociais. Em suas críticas a Petro, que foi guerrilheiro na juventude, Trump chamou o colombiano de “socialista”.

O que está acontecendo:

  • O novo presidente dos EUA, Donald Trump, está cumprindo a promessa de apertar o cerco contra a imigração ilegal e deportar quem entrou ilegalmente no país, mas problemas diplomáticos estão acontecendo.
  • Após o Brasil protestar e cobrar tratamento digno a seus nacionais, que foram transportados algemados e acorrentados, países como México e Colômbia começaram a negar o pouso dos aviões militares dos EUA com deportados, exigindo que seus cidadãos sejam devolvidos em voos comerciais e sem correntes.
  • Neste domingo, Trump reagiu à negativa da Colômbia com medidas duras: impôs tarifas de 25% às importações vindas do país, suspendeu a concessão de vistos e cancelou os vistos de autoridades do governo de Gustavo Petro.
  • Ainda no texto nas redes sociais, Petro destaca a resistência contra qualquer dominação estrangeira e exalta a identidade cultural colombiana, mencionando figuras históricas como o revolucionário Simón Bolívar e personagens do escritor colombiano Gabriel García Márquez.

reação dura de Trump aconteceu depois que Petro recusou deportações em voos militares com colombianos algemados e acorrentados. Países como México e Colômbia estão negando o pouso de aviões militares dos EUA com deportados, exigindo que seus cidadãos sejam devolvidos em voos comerciais e sem correntes.

A resistência dos países latinos aos voos dos americanos acontece após as notícias envolvendo a chegada de brasileiros acorrentados, que relataram ter sofrido violência por parte dos agentes norte-americanos.

Em resposta às sanções econômicas de Trump, Petro também determinou a imposição de taxas de 50% a produtos dos Estados Unidos.

Veja a postagem de Gustavo Petro:

RS: Acidente com caminhão dos bombeiros deixa 5 mortos na rodovia Rota do Sol


                   foto:reprodução/redes sociais         

Cinco pessoas morreram e uma ficou ferida na manhã deste domingo (26) após uma colisão entre um caminhão do Corpo de Bombeiros um veículo de passeio no interior do Rio Grande do Sul. Entre as vítimas fatais estão dois soldados da corporação.

O acidente ocorreu na rodovia ERS-486, conhecida como Rota do Sol, na altura do município de Terra de Areia (RS), a cerca de 145 quilômetros de Porto Alegre.

“O caminhão do Corpo de Bombeiros, cedido pela unidade de Gramado para atuar na Rota do Sol durante o veraneio, estava em deslocamento para atender a uma ocorrência de capotamento na rodovia quando houve a colisão. As circunstâncias do acidente estão sendo apuradas”, escreveu o governador Eduardo Leite (PSDB) em uma rede social.

A Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul informou que o caminhão que levava os soldados bateu de frente contra o veículo de passeio. Além dos dois militares, três ocupantes do automóvel morreram, sendo um casal e o filho deles.

Os soldados mortos foram identificados como Audrei Alves Camargo e Juliano Baigorra Ribeiro. Os nomes das outras vítimas não foram divulgados.

O governador Eduardo Leite manifestou pesar pelo acidente. “Que o grande valor desses bombeiros militares, que estavam a serviço da vida, jamais seja esquecido. Desejo, ainda, pronta recuperação à pessoa que está hospitalizada”, escreveu.

O perfil do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Sul também postou uma homenagem aos agentes mortos. “Quando um irmão de farda tomba no cumprimento de sua missão, todos nós sentimos juntos.”

fonte: CNN - 26/01/2025 19h:11

Extinção de processo por não recolhimento de custas exige citação da parte, diz STJ

O não recolhimento de custas complementares pela parte autora não pode gerar cancelamento de distribuição da ação. Além disso, a extinção do processo sem resolução de mérito, baseada no não pagamento das custas após impugnação do valor da causa, exige citação pessoal da parte, e não só de seu advogado.

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STJ anulou decisão de 1º grau e ordenou que parte seja citada para pagar custas processuais

O entendimento é da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça que, por maioria, acatou recurso especial para cassar decisão de primeiro grau e ordenar citação da parte para pagamento de custas processuais complementares e reabertura do processo.

Na ação, dois autores (empresa e um homem) ajuizaram ação de manutenção de posse contra outra firma. A empresa ré pediu alteração do valor da casa, que foi atendida pelo juízo de primeiro grau. O mesmo juízo determinou a extinção do processo, sem resolução de mérito e por abandono de causa, alegando que os autores não recolheram as custas complementares do processo.

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte manteve a decisão de primeiro grau. Os autores, então, entraram com recurso especial alegando que deveriam ter sido intimados pessoalmente para pagamento das custas, o que não aconteceu.

O ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, relator, afirmou que, conforme a jurisprudência do STJ, o cancelamento de distribuição de processo (feito pelo juízo de primeiro grau ao notar o não pagamento das novas custas processuais) é medida excepcional e deve ser precedida de citação.

Ele citou os recursos especiais 267.502 e 266.330, que definiram que “não tem cabimento o cancelamento da distribuição pelo não pagamento das custas complementares”, e reafirmou que, nos casos de extinção do processo por abandono de causa, há necessidade de citação da parte em razão da gravidade da situação.

“Segundo a jurisprudência desta Corte, a extinção do processo pelo não recolhimento de custas complementares após a angularização da relação processual mais se amolda à hipótese de abandono da causa, particularizada no inciso III do art. 485 do Código de Processo Civil, a exigir, nos termos do § 1º, do mesmo dispositivo, a prévia intimação pessoal da parte, e não mais na pessoa do seu advogado.”

A diferença do tipo de citação, diz o ministro, “se justifica pelas consequências mais severas impostas à parte autora após a citação”. “Antes da citação, a intimação na pessoa do advogado é mais eficiente e menos onerosa para a jurisdição. Além disso, com o cancelamento da distribuição, não há possibilidade de inscrição em dívida ativa”, escreveu o relator.

“Logo, para preservar uma garantia pessoal da parte, em caso de eventual negligência do advogado, impõe-se a sua intimação pessoal.”

Os ministros Moura Ribeiro, Nancy Andrighi e Humberto Martins acompanharam o relator. O ministro Marco Aurélio Bellizze abriu divergência em voto-vista e ficou vencido.

Clique aqui para ler a decisão
REsp 1.910.279

Fonte: CONJUR/REPRODUÇÃO - 26/01/2025

Companhia aérea endurece regras de vestimenta dos passageiros e barra pessoas tatuadas


                                foto: Kevin Woblick/Unsplash/


Uma companhia aérea de baixo custo dos Estados Unidos, a Spirit Airlines, atualizou as normas de transporte com exigências relacionadas às roupas e tatuagens dos passageiros. Desde 22 de janeiro, quem estiver descalço, inadequadamente vestido ou com tatuagens consideradas ofensivas, pode ser impedido de embarcar ou solicitado a deixar a aeronave.

As informações foram reveladas em reportagem da CNN , que destacou detalhes do contrato atualizado. A companhia define como trajes inadequados roupas transparentes ou que exponham partes íntimas, como seios e nádegas. Tatuagens consideradas obscenas ou ofensivas também podem justificar a proibição.

A mudança amplia regras anteriores que já restringiam passageiros descalços ou com vestimentas descritas como "lascivas" ou "obscenas". A Spirit especificou, pela primeira vez, parâmetros mais claros sobre o que será aceito em seus voos.

Casos semelhantes envolvendo companhias aéreas já ocorreram. Em outubro, Tara Kehidi relatou que foi convidada a deixar um voo da Spirit por usar um top curto. Situação parecida aconteceu em 2019, quando a American Airlines pediu desculpas a uma passageira que foi informada de que precisaria cobrir o macacão tomara-que-caia para embarcar.

Fonte: PORTAL IG- 26/01/2025

Futebol: Vitória anuncia a contratação do atacante Carlinhos do Flamengo

                                      foto:reprodução

O novo camisa 9 do Vitória já foi contratado. De acordo com informações do apresentador José Eduardo, da Record, o atacante Carlinhos, de 27 anos, será o novo reforço do Leão da Barra

O atleta desembarcará em Salvador nesta segunda-feira (27) e ficará no Leão, ao menos, até o final da temporada 2025.

Pelo Flamengo, em 2024, Carlinhos fez 17 jogos entre o Campeonato Carioca, Brasileirão Série A, Conmebol, e Copa Liberatadores

Ao todo, o atacante fez apenas dois gols e não deu assistências. Já com a camisa do Nova Iguaçu, no mesmo ano e pelo estadual do Rio de Janeiro, o jogador fez 13 jogos e marcou nove gols e deu uma assistência. 

Já em 2025, com a camisa do Mengão, o atleta fez quatro jogos e marcou três gols no Cariocão da atual temporada.

Fonte: BNEWS c/adaptações - 26/01/2025

Mundo: Colômbia não recebe avião dos EUA com migrantes deportados e Trump anuncia retaliação

                                         Foto:AFP/reprodução

O governo colombiano anunciou, no domingo (26), que enviará seu avião presidencial aos Estados Unidos para transportar os migrantes irregulares que a administração de Donald Trump iria deportar em aeronaves militares, as quais Bogotá se recusou a receber.

Em retaliação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou também no domingo (26) que aplicará pesadas tarifas de importação e outras sanções à Colômbia.

“O governo da Colômbia, sob a direção do presidente Gustavo Petro, disponibilizou o avião presidencial para facilitar o retorno digno dos compatriotas que chegariam hoje ao país nas primeiras horas da manhã, provenientes de voos de deportação”, conforme uma mensagem da Presidência enviada aos jornalistas.

A Colômbia impediu a entrada de aviões militares dos Estados Unidos com migrantes deportados no domingo (26) e se juntou aos pedidos do Brasil para que o governo de Donald Trump trate seus cidadãos com “dignidade”.

Trump anunciou sanções tarifárias à Colômbia

Após que Gustavo Petro se recusou a receber o aviões provenientes dos EUA, Donald Trump declarou neste domingo (26) que aplicará pesadas tarifas de importação e outras sanções à Colômbia em publicação em sua plataforma online, Truth Social.

“A recusa desses voos por parte de Petro colocou em perigo a segurança nacional e a segurança pública dos Estados Unidos, por isso ordenei à minha administração que tome imediatamente as seguintes medidas de represália urgentes e decisivas”, escreveu Trump.

O republicano enumerou, entre as medidas, “tarifas de 25%”, restrições de viagem e revogação “imediata” de vistos para funcionários do governo colombiano.

Entre as medidas, estão tarifas emergenciais de 25% sobre todos os produtos colombianos que entram nos Estados Unidos (em uma semana, as tarifas de 25% serão aumentadas para 50%); proibição de viagens e revogação de vistos para os funcionários do governo colombiano; sanções de visto para todos os membros do partido, familiares e apoiadores do governo colombiano; aumento das inspeções da Alfândega e de todos os cidadãos e das cargas vindas da Colômbia.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – 20/01/2025 (Foto: Melina Mara/Pool via Reuters)

‘Somos o oposto dos nazistas’, diz Petro

Este é o primeiro confronto do presidente colombiano, Gustavo Petro, com Trump, que assumiu a presidência em 20 de janeiro com promessas de deportação em massa de migrantes. “Jamais me verão queimando uma bandeira gringa (estadunidense) ou fazendo uma ‘ratzia’ (operação) para devolver os ilegais algemados aos EUA. Nós, verdadeiros libertários, jamais agrediremos a liberdade humana. Somos o oposto dos nazistas”, disse.

Petro também afirmou que mais de 15 mil estadunidenses que vivem sem a documentação exigida na Colômbia “devem” procurar a autoridade migratória para “regularizar sua situação”.

“Um migrante não é um criminoso e deve ser tratado com a dignidade que um ser humano merece. Por isso mandei de volta os aviões militares americanos que estavam transportando migrantes colombianos”, escreveu Petro na rede social X.

O presidente colombiano não especificou quantos voos americanos pretendiam aterrissar na Colômbia nem quantas pessoas transportavam. Acrescentou que só receberá migrantes deportados em voos “civis” e se forem tratados com “respeito”.

O presidente colombiano Gustavo Petro se recusou a receber avião norte-americano com deportados (Foto: Prensa Presidencial)

“Em primeiro lugar está a dignidade da Colômbia e da América Latina. Os migrantes são seres humanos e sujeitos de direitos e devem ser tratados como tal”, expressou em uma série de publicações.

Uma fonte da Presidência colombiana afirmou à AFP que os Estados Unidos não realizaram o “devido processo que é seguido nesses casos entre os países”.

As autoridades americanas não responderam imediatamente às declarações do presidente colombiano. Mas o responsável pelas fronteiras de Trump, Tom Homan, disse em uma entrevista ao programa “This Week” da ABC, exibido neste domingo, que os migrantes poderiam ser enviados a um país terceiro caso as nações de destino originais se recusem a receber os voos.

Brasil denuncia trato “degradante”

O governo brasileiro afirmou no sábado que pedirá explicações aos EUA pelo “tratamento degradante” de 88 pessoas deportadas que viajaram algemadas na véspera. Segundo relataram alguns dos migrantes à AFP no Brasil, os deportados viajaram de “pés e mãos” amarrados e passaram várias horas sem ar-condicionado, sem poder beber água nem ir ao banheiro durante o voo.

Poucos dias antes da posse de Trump, a Colômbia assinou, junto com Brasil, México e outros países, uma declaração na qual expressavam sua “grave preocupação” pelo anúncio de uma deportação em massa de migrantes, uma medida que consideram incompatível com os direitos humanos.

Em apenas uma semana no poder, o republicano ordenou várias medidas contra a migração ilegal, entre elas deportações, o envio de milhares de soldados para a fronteira com o México e a prisão de 538 pessoas em situação irregular, segundo a Casa Branca.

Petro chegou a chamar de “perigosos” os comentários do presidente republicano sobre a América Latina. Trump se referiu aos migrantes como “selvagens”, “animais” ou “criminosos” durante a campanha presidencial.


FONTE:ICL NOTÍCIAS - 26/01/2025


Quem é Dona Maria,maior traficante de drogas e armas da Bahia e sócia do PCC e líder do Bonde do Neguinho

                                             foto: Alberto Maraux/SSP

Jasiane Teixeira (foto em destaque), conhecida como Dona Maria, apontada como a maior traficante de drogas e armas da Bahia, foi capturada em São Paulo, após ficar foragida por quatro anos. A prisão ocorreu, nessa sexta-feira (24/1), em uma operação conjunta entre as polícias da Bahia e de São Paulo.

A criminosa é acusada de comandar o tráfico de drogas e armas na região de Vitória da Conquista e outras áreas do sudoeste baiano. Além disso, ela é suspeita de ser sócia do Primeiro Comando da Capital (PCC) e de liderar o Bonde do Neguinho (BDN).

A mulher, que já havia sido detida em 2019 e transferida para a Bahia sob forte esquema de segurança, foi libertada em março de 2020 após decisão judicial que considerou ilegal o regime semiaberto, uma vez que a presa tem dois filhos pequenos.

Durante a ação policial nessa sexta (24), ela estava com R$ 66 mil em espécie, celulares e anotações relacionadas ao tráfico de drogas. Os materiais foram apreendidos e encaminhados à delegacia para investigação.

Mortes
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Jasiane é investigada por vários crimes, incluindo homicídios, tráfico de drogas e armas, corrupção de menores e falsidade ideológica. Ela também é suspeita de ter sido responsável pela morte de um agente penitenciário e por intermediar a compra de armamento pesado, como fuzis e granadas, para os grupos criminosos sob seu comando.

Ela foi, inclusive, uma das figuras de destaque no famoso Baralho do Crime, da SSP-BA, ocupando a posição de dama de copas na lista dos criminosos mais procurados do estado.

fonte:Mirelle Pinheiro/Metrópoles 26/01/2025

DF: Em um ano, 17 delegados e 125 agentes da PCDF foram afastados por doença mental

                                                                      imagem:reprodução

     
Em 2024, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) registrou o afastamento de 17 delegados e 125 agentes por questões de saúde mental. Os números seguem a média apresentada desde 2019, ano em que houve 164 afastamentos de agentes, e chamam a atenção de entidades ligadas à corporação, que alertam para a necessidade de reforço no apoio a esses profissionais. Jornadas exaustivas, falta de pessoal, complexidade do trabalho e defasagem salarial são alguns dos motivos apontados pelas instituições para o adoecimento dos profissionais.

A Policlínica da PCDF é a responsável pelo apoio aos policiais em questões de saúde, incluindo a sanidade mental. A resolução interna da corporação estabelece que, quando o órgão identifica que um integrante da Polícia Civil está com doença mental, pode recomendar pela suspensão do porte da arma corporativa.

Em relação à arma particular do policial, quando ele estiver com restrição para trabalhar ou quando a Policlínica recomendar a suspensão do porte ou recolhimento da arma institucional, por motivos de saúde, será solicitado que ele, voluntariamente, entregue a arma particular. Nesses casos, o armamento deverá ser entregue ao chefe imediato, que providenciará o recolhimento do item até o fim da restrição laboral ou da recomendação da Policlínica.

Já o porte de arma de fogo só será cassado pela corporação quando o agente for exonerado do cargo; demitido; ou afastado por abandono de cargo.

 A norma ainda prevê que o porte de arma do policial civil é suspenso quando ele cumpre um afastamento por infração administrativa superior a 30 dias; ou está afastado preventivamente em processo administrativo disciplinar; em prisão temporária com prazo igual a 30 dias e durante eventual prorrogação; em prisão preventiva; em prisão decorrente de condenação pelo Tribunal do Júri em razão de pena igual ou superior a 15 anos de reclusão.

Tropa adoecida

Casos recentes ocorridos no DF apontaram para a fragilidade mental dos policiais. Um deles foi o do delegado Mikhail Rocha e Menezes. Ele foi preso por atirar na esposa, Andrea Rodrigues Machado Menezes, de 40 anos, e em uma empregada doméstica, no Condomínio Santa Mônica, em São Sebastião. De acordo com as investigações, Mikhail estaria em surto psicótico no momento do ataque. Duas armas foram apreendidas.

O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF), Enoque Venancio de Freitas, acredita que, nos últimos anos, as tropas da PCDF estão adoecendo.

“Esse agravamento reflete não só um cenário de alta pressão, jornadas exaustivas e complexidade do trabalho policial, mas fatores externos, como dificuldades financeiras, fruto de uma defasagem salarial acumulada ao longo do tempo, o que também contribui para o aumento do estresse e da ansiedade na categoria”, analisa.

Em relação ao porte de armas, Enoque afirma que é necessário um “aprimoramento dos protocolos de avaliação psicológica dos policiais civis”.

“Para proteger tanto a sociedade quanto os próprios profissionais, já que, em situações de distúrbio psicológico as consequências podem ser graves. Os próprios policiais civis, por meio da Policlínica, acabam sendo responsáveis pela avaliação psicológica de seus pares, o que reforça a necessidade de investimentos públicos para ampliar e fortalecer essas estruturas de cuidado.”

A presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do DF (Sindepo-DF), Cláudia Alcântara, também considera necessário ter um aprimoramento nas avaliações psicológicas feitas na categoria. “A sobrecarga de trabalho, falta de efetivo, pressão constante e desvalorização profissional contribuíram para o agravamento da saúde mental da categoria.”

O que diz a PCDF

Procurada, a PCDF informou que “adota diversas medidas para amparar servidores que enfrentam questões de saúde mental”.

Segundo a corporação, todos os servidores têm acesso a programas de apoio psicológico, físico e espiritual oferecidos pela Policlínica, sob a coordenação do Departamento de Gestão de Pessoas. Os atendimentos são realizados em níveis assistencial, pericial e preventivo, com o objetivo de identificar e tratar questões relacionadas à saúde mental.

Quando ocorrem “incidentes críticos”, a PCDF diz que “possui protocolos específicos para condução desses casos com acompanhamento por profissionais especializados”.

Fonte: /Metrópoles 26/01/2025

 

 

EUA violou termos de acordo com Brasil sobre deportados, diz Itamaraty


                                         foto:reprodução/Andre Santos/ Parceiro Metrópoles


                                        imagem:reprodução/ vídeo

Em nota publicada neste domingo (26/1), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) afirma que o uso indiscriminado de algemas e correntes em brasileiros deportados viola os termos de acordo com os Estados Unidos. O MRE vai pedir esclarecimentos ao governo norte-americano.

O Itamaraty afirma, ainda, que o Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção estadunidenses, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso.

O acordo, porém, prevê o “tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”. “O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas”, diz a nota.

“O Ministério das Relações Exteriores vai encaminhar pedido de esclarecimento ao governo norte-americano e segue atento às mudanças nas políticas migratórias naquele país, de modo a garantir a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes”, prossegue o Itamaraty.

 A decisão de deportar os brasileiros ocorreu durante a gestão de Joe Biden, mas eles são os primeiros a serem mandados de volta ao Brasil no atual governo Donald Trump. Há relatos de agressões por parte dos policiais norte-americanos que escoltaram o grupo até o Brasil. “Me enforcaram“, disse o vigilante Jeferson Maia, ao Metrópoles.


Entenda o que aconteceu:

  • Os brasileiros deportados no primeiro voo da era Trump chegaram algemados a Manaus e foram soltos por policiais federais brasileiros, por ordem do governo federal.
  • A aeronave do governo dos EUA pousaria na noite dessa sexta (24/1) no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), mas o avião precisou pousar em Manaus para abastecer. Na capital amazonense, tripulantes perceberam problemas técnicos e cancelaram o voo seguinte.
  • Por ordem do presidente Lula, a FAB fez o transporte dos deportados do Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), ao Aeroporto de Confins.
  • Dos 158 passageiros de várias nacionalidades, 88 são brasileiros.
  • Para o Ministério da Justiça, houve “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”.

Veja imagens dos brasileiros desembarcando acorrentados:



 FONTE:FLÁVIA SAID/METRÓPOELS/REPRODUÇÃO