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sábado, 16 de março de 2019

Brasil: Ministro da economia diz que não pretende realizar concursos nos próximos anos

Guedes já tinha sinalizado isso na campanha de Bolsonaro -foto:reprodução
O ministro da Economia, Paulo Guedes afirmou na manhã desta sexta-feira, durante evento na Fundação Getulio Vargas, que o governo conta com o apoio dos entes federativos (estados e muncípios) para aprovar a reforma da Previdência . Guedes disse ainda que o governo não pretende realizar concursos públicos nos próximos anos, apesar da previsão de que muitos servidores vão se aposentar.
— Cerca de 40% a 50% do funcionalismo federal irá se aposentar nos próximos anos, e a ideia é não contratar pessoas para repor. Vamos investir na digitalização.
De acordo com Guedes, a recuperação econômica do país depende da aprovação de medidas efetivas, como a reforma da Previdência, e a revisão do pacto federativo com estados e municípios. Sobre a dificuldade financeira enfrentada por governadores e prefeitos, o ministro afirmou que, sem aprovação da reforma, não haverá possibilidade de ajuda da União:
— Me ajuda a fazer a Reforma, que o dinheiro cai naturalmente — disse.
Guedes destacou ainda a importância de desvincular os orçamentos dos limites mínimos constitucionais e dar mais autonomia para que estados e municípios, em conjunto com o Legislativo, organizem o orçamento de acordo com suas necessidades específicas.— Nosso diagnostico é que o descontrole sobre gastos públicos corrompeu a política e estagnou a economia. A culpa da degeneração política é da economia — declarou o ministro, acrescentando que acredita que esta mesma classe política está amadurecendo:
— Assumam o orçamento, senhores. É preciso reabilitar a classe política brasileira.
Sobre a reforma da Previdência, Guedes afirmou que o regime de repartição, atualmente utilizado no Brasil e pelo qual os trabalhadores da ativa contribuem para financiar os benefícios de quem está aposentado, é um sistema insustentável.
‘O regime de repartição já quebrou’
Ele defendeu a migração para o modelo de capitalização, no qual cada trabalhador contribui para seu próprio fundo de aposentadoria. Pelos planos do governo, este novo modelo só será criado para novos trabalhadores, que não entraram ainda no mercado de trabalho.

Por isso, Guedes voltou a afirmar que a reforma da Previdência precisa economizar pelo menos R$ 1 trilhão, para ser viável criar o novo regime de capitalização.
— O regime de repartição já quebrou antes mesmo de a população envelhecer. Mas preciso de pelo menos R$ 1 trilhão para sangrar o sistema antigo, até que todo o sistema chegue na capitalização.

De acordo com Guedes, é preciso “coragem” de implementar a capitalização, pensando nas gerações futuras.
— Se não temos coragem, vamos expor nossos filhos e netos à mesma armadilha do sistema previdenciário que vai cair.
Sobre as críticas ao modelo chileno de capitalização, Paulo Guedes alegou que o pais hoje cresce cerca de 6% ao ano graças à adoção do novo regime previdenciário.
fonte:O Estado de S. Paulo/ 16/03/19 -13hs

Brasil: Após reclamação de ruralistas, Bolsonaro faz aceno à China

foto: SEM O DINHEIRO CHINÊS, A SOJA BRASILEIRA AFUNDA (FOTO: MARCELO CAMARGO/ABR/reprodução

Não foi à toa a mudança de tom de Jair Bolsonaro em relação à China. Na noite da quinta-feira 14, às vésperas de sua viagem aos Estados Unidos, por quem nutre um fetiche, o presidente mudou o tom em relação ao país asiático, até há pouco demonizado por ele e por integrantes de seu governo.
Bolsonaro anunciou a intenção de visitar a China e elogiou a nação “comunista”. 
“Como sempre disse na pré-campanha e na campanha, queremos nos aproximar do mundo todo. Os Estados Unidos podem ser com toda certeza um grande parceiro. O nosso grande parceiro econômico é China, em segundo lugar os Estados Unidos”.
A mudança de percepção tem a ver com as reclamações dos ruralistas, grandes apoiadores de Bolsonaro. Representantes de diversos setores do agronegócio estão alarmados com a beligerância contra os chineses, que compram todo ano 35 bilhões de dólares em produtos agrícolas do Brasil. 
Esta montanha de dinheiro é uma das principais responsáveis pelo lucro do setor, pelo superávit na balança comercial brasileira e pela entrada de divisas no País.
“Estamos comprando briga com nosso maior parceiro comercial e nem sabemos porque, só para imitar o Trump”, afirmou Pedro de Camargo Neto, vice-presidente da Sociedade Rural Brasileira e ex-secretário de comercialização e produção do Ministério da agricultura.

Os ataques à China vieram em péssima hora. Para resolver a guerra comercial com Washington, Pequim cogita fechar um acordo no qual se comprometeria a comprar anualmente 30 bilhões de dólares de produtos agropecuários dos Estados Unidos.


Especialistas têm a certeza de que os chineses deixariam em grande medida de adquirir commodities brasileiras para cumprir o acerto com os norte-americanos, o que comprometeria de vez qualquer possibilidade de recuperação no curto e médio prazo da economia do País. De chofre, levaria à bancarrota uma porção relevante de grandes produtores rurais.
As críticas do bolsonarismo à China “comunista” se avolumam desde a campanha eleitoral. Em outubro, ainda como candidato, Bolsonaro queixou-se de que o país “não está comprando no Brasil, ela está comprando o Brasil”.

fonte:Carta Capital online 16/03/19 -12:06min.

Jornalistas da EBC são orientados para reduzir cobertura da morte de Marielle


foto:reprodução
RIO - Jornalistas e radialistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília, protestaram nesta terça-feira contra mensagens recebidas de gerentes da companhia - que reúne a Agência Brasil, a Radio Nacional e a TV Brasil -, orientando a equipe para reduzir o número de matérias sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. Num dos e-mails, havia a recomendação para não cobrir manifestações contra os assassinatos ocorridos no Rio. Indignados, os profissionais cruzaram os braços no início da tarde e buscaram amparo no Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que entrará com uma representação no Ministério Público Federal.
As mensagens enviadas foram reproduzidas na internet. Numa delas, de ontem, o gerente-executivo da Agência Brasil, Alberto Coura, pede que uma repórter seja orientada a “não fazer manifestações sobre a morte da vereadora. Estão repetitivas e cansativas. Nos jornais só há artigos e, você sabe, não publicamos esta forma de opinião. Claro que, se houver fato novo relevante, deve fazer".
já o gerente de redação da Agência Brasil, Roberto Cordeiro, disse por e-mail: "Precisamos reduzir matérias da morte da vereadora Marielle Franco. Essas homenagens do PSOL são para tirar proveito do momento. Ou outras repercussões do gênero. Devemos nos concentrar nas investigações e naquilo que dizem as autoridades”.
A EBC é uma empresa pública federal e, de acordo com informações publicadas em seu site, "cumpre sua função de prestadora de serviços e contribui para o objetivo de ampliar o debate público sobre temas nacionais e internacionais, de fomentar a construção da cidadania, com uma programação educativa, inclusiva, artística, cultural, informativa, científica e de interesse público, com foco no cidadão". Coordenador do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Gésio Passos diz que as mensagens não são compatíveis com a missão da empresa e comprovam a falta de independência editorial do grupo, além da interferência externa na produção.

fonte: O Globo

Governadores do NE criam consórcio e rejeitam a desvinculações de receitas


A imagem pode conter: 4 pessoas, pessoas sorrindo, pessoas em pé e terno
foto:reprodução facebook gov. Rui

Os governadores se reuniram ontem(15) em São Luís e divulgaram uma carta. O governador Rui Costa(PT) da Bahia que foi eleito presidente do Consórcio Nordeste criado divulgou em sua rede social  o seguinte:

 Rui Costa

Estou muito honrado em ter sido escolhido presidente do #ConsórcioNordeste, cujo protocolo eu e os demais governadores da região assinamos aqui em São Luís. O objetivo é facilitar a negociação dos estados na compra de produtos e serviços nas mais diversas áreas como #infraestrutura#saúde e #SegurançaPública. Ao fazer uma aquisição conjunta de medicamentos, por exemplo, podemos conseguir descontos e economizar no orçamento dos estados. Será um instrumento muito importante para fortalecer ainda mais nossa região! #NordesteUnido.
Confira um trecho da carta abaixo:



fonte:Conversa afiada c/adaptações

Em Salvador: Dias Toffoli defende Justiça eleitoral e brada contra Fake News


[Durante visita ao Fórum Ruy Barbosa, Toffoli brada contra Fake News:
foto:reprodução BN
Durante visita ao Fórum Ruy Barbosa, em Salvador, nesta sexta-feira (15), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, Dias Toffoli, comentou sobre a decisão do Tribunal de que a justiça eleitoral pode julgar crime comum, incluindo Caixa 2. 
"A justiça eleitoral é a mais eficiente. O Ministério Público e a polícia judiciária são as mesmas em relação às outras justiças. Não há que se falar que a justiça eleitoral não tem estrutura. Pelo contrário, a justiça eleitoral é a mais rápida, mais célere", pontuou. 
O STF decidiu na última quinta (14), por 6 votos a 5, que crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, quando investigados junto com caixa dois, devem ser processados na Justiça Eleitoral, e não do presidente  do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, Dias Toffoli, esteve em salvador nesta sexta-feira (15).

Ainda na  visita ao Fórum Ruy Barbosa, o magistrado concedeu entrevista coletiva que durou aproximadamente três minutos. Nesse pouco tempo dedicado a responder às perguntas feitas pelos jornalistas, o presidente do STF falou sobre as prioridades de sua gestão: "Tenho trabalhado em três eixos: Transparência, eficiência e responsabilidade".
Toffoli também se pronunciou sobre as Fake News. Recentemente Toffoli abriu investigação para apurar Fake News e ameaças contra ministros do supremo: "Fake News não é conveniente. O certo é notícia fraudulenta, que é o que está acontecendo no Brasil contra instituições e autoridades. E isso atenta contra democracia brasileira. O supremo está acima disso", afirmou. 
visita de Toffoli se dá em face a comemoração dos 410 anos do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), primeiro tribunal das américas.  

fonte: BNews//c/adaptações 15/03/19 -23:53min.

sexta-feira, 15 de março de 2019

Dep. baiana do PSL quer derrubar cotas em universidades e institutos federais

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foto:reprodução
Um projeto de (Nº 1443/2019) que prevê o fim da Lei das Cotas em Universidades federais e instituições de ensino técnico de nível médio, está gerando polêmica na Câmara dos Deputados. A proposta, de autoria da deputada professora Dayanne Pimentel, apresentada no dia 13 de março, revoga a Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. 
Lei das Cotas (nº 12.711), sancionada em 2012 pela ex-presidente afastada do cargo, Dilma Rousseff, assegura que “as instituições federais de educação superior vinculadas ao Ministério da Educação reservarão, no mínimo 50% de suas vagas para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Art.1). O parágrafo único da lei diz que “50% das vagas deverão ser reservados aos estudantes oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo (per capita [pessoa]”. O artigo 3 determina que “em cada instituição federal de ensino superior, as vagas de serão preenchidas, por autodeclarados pretos, pardos e indígenas e por pessoas com deficiência, nos termos da legislação”. 
A proposta de Pimentel, presidente do PSL na Bahia, partido de Jair Bolsonaro, torna nula esta lei. Segundo Dayanne, a Constituição Federal de 1988, fala em “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação‖ (art. 3º). Na medida em que quaisquer formas de discriminação são vedadas constitucionalmente, não caberia à legislação ordinária estabelecer tais distinções no ordenamento jurídico pátrio”, justiça a parlamentar. 
Ainda conforme a deputada, as políticas públicas como as cotas criam uma “divisão artificial entre os brasileiros” e “conflitos desnecessários”. “Se os brasileiros devem ser tratados com igualdade jurídica, pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes oriundos de famílias com renda igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo per capita não deveriam ser destinatários de políticas públicas que criam, artificialmente, divisões entre brasileiros, com potencialidade de criar indevidamente conflitos sociais desnecessários. Se o disposto na Carta Magna se aplica a todos os âmbitos, não se deve dar tratamento legal diferenciado para o ingresso na educação pública federal de nível médio e superior”, diz o texto do projeto. 

Repercussão na Bahia 


A deputada federal Alice Portugal (PCdoB), vice-presidente da Comissão de educação na Câmara classificou a proposta como “abjeta [desprezível]”. Para a parlamentar, a professora Dayanne Pimentel “desconhece a realidade do Brasil” e tem uma visão atrasada, elitista e aristocrática. “Só depois da Lei das Cotas nós conseguimos que as famílias mais pobres oriundas das escolas pudessem adentrar as universidades em maior número. Gerou desenvolvimento social, econômico dessas famílias, democratizou o acesso a universidade”, justificou Portugal. 

A parlamentar disse ainda que vai “lutar com todas as forças para derrotar o projeto”. “Essa senhora deveria abrir mão da alcunha de professora, porque um professor propor retrocesso na educação é um desastre. Lutarei com toda minha energia para derrotar este projeto”, bradou. 
Questionada sobre a justificativa da proposta onde cita “divisão do Brasil”, a deputada rebateu. “Na verdade o Brasil foi divido pelo poder econômico, miseráveis, pobres e muito ricos, a lei veio como política afirmativa para apagar o débito social com os mais pobres e alunos da escola pública, tratando os diferentes de forma desigual. Diminuiu a desigualdade, a politica afirmativa tem esse caráter, garantir a equalização das oportunidades. Lei justa, civilizatória, humanista e é usada em muitos países do mundo”, contra argumentou a comunista.  

O líder da bancada baiana na Câmara, deputado Daniel Almeida (PCdoB), também se mostrou contrário à proposta. “Totalmente contra essa posição. Cada parlamentar tem o direito de apresentar o projeto que lhe convier, mas acho que ela está fora da realidade, não vejo chance de ser aprovado e é inconveniente que se faça qualquer modificação num projeto que tem dado certo e tem sido vitorioso”, disse.
Para Almeida, o projeto será derrubado na Comissão de Educação. “Vai ser derrubado na Comissão de Educação. Não vejo ambiente político na Câmara nem na sociedade para provar um projeto desse ser aprovado”, cravou.  

Nas redes sociais, o deputado estadual licenciado e secretário municipal da Semps, Léo Prates (DEM), base de Bolsonaro na Bahia, criticou o projeto e se mostrou a favor das cotas. “Aprendi que a democracia se faz com debate e mesmo entre amigos pode haver discordância, respeito a deputada Dayanne Pimentel, mas discordo do seu projeto e quero, mais uma vez, manifestar o meu mais absoluto apoio às cotas raciais. Estarei na trincheira em sua defesa! Reparação já”, disse, no Twitter.  
Ao post, a deputada Dayanne Pimentel respondeu, “muito obrigada pela respeitosa forma de mostrar sua concepção, amigo é estimado deputado Léo Prates. É uma discursão [sic] válida. Acredito que somos todos capazes e não é a cor que delibera quem pode ou não. Vamos conversar bastante sobre isso”, disse. 

fonte:Bnews/reprodução 15/03/19 -23:35MIN.

Bahia: Cooperativa fecha acordo e anestesistas voltam a atender pelo Planserv

[Planserv e cooperativa fecham acordo e anestesistas voltam a atender pelo plano]
imagem:reprodução
Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas da Bahia (Coopanest-BA) entrou em acordo com o Planserv e os anestesistas devem voltar a atender pelo plano ainda neste sábado (16). Os atendimentos aos beneficiários de um dos mais importantes planos do estado estavam suspensos desde o dia 8 de janeiro.
O motivo da disputa entre a organização e o Planserv era o reajuste dos honorários médicos, que desde 2015 não eram alterados. Com o acordo, os cerca de 524 mil beneficiários voltam a ter o atendimento para essa especialidade liberado e podem ter as suas cirurgias e outros procedimentos remarcados. Informações do Bocão News.

Em Genebra: Embaixadora do Brasil na ONU protagoniza bate-boca com Jean Wyllys; veja vídeo

Embaixadora do Brasil na ONU protagoniza bate-boca com Jean Wyllys; veja vídeo
Foto: Reprodução / Facebook
O ex-deputado federal Jean Wyllys se envolveu em uma discussão com a embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) Maria Nazareth Farani Azevedo, durante um debate sobre o populismo no mundo, nesta sexta-feira (15), em Genebra, na Suiça.

A discussão protagonizada por Jean e Maria Nazareth foi motivada por uma fala em que o ex-deputado alertou para uma suposta relação entre o crime organizado e o governo brasileiro, Na ocasião, Jean Wyllys ainda citou o o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco.

"Novos autoritarismos, como o do Brasil, continuam elegendo inimigos internos da nação por meio da difamação e constituindo grupos para culpá-los pelos problemas econômicos", disse Jean em um momento. "A diferença é que agora estão articulados com as novas tecnologias da informação. Articulam com organizações criminosas que se infiltram no estado, e tem um fundo religioso e moralista muito mais acentuado", completou o ex-deputado que renunciou ao mandato alegando sofrer ameaças de morte.

Segundo o jornalista Jamil Chade,  Maria Nazareth não estava presente no ambiente quando o ex-parlamentar realizou o discurso. Mas se fez presente nesta sexta e pediu a palavra durante o debate.

Quando a mediadora deu a palavra para a embaixadora, ela saiu em defesa do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. "Bolsonaro não abandonou o Brasil, mesmo depois de ter levado uma tentativa real de tirar sua vida", disparou Maria Nazareth.

"[Bolsonaro] não é um criminoso e seu governo não é uma organização criminosa", afirmou a embaixadora, que ainda esclareceu que o presidente do Brasil "não é racista, fascista ou autoritário".

No discurso Maria Nazareth ressaltou ainda que o governo Bolsonaro prometia defender os direitos humanos. Neste momento, segundo Chade, a sala composta por ONGs e ativistas começou a rir.

A embaixadora disse também se tratar de fake news dizer que homossexuais estão sendo perseguidos e afirmou que existe uma preocupação do governo com essas pessoas. "Eles não estão sendo discriminados", garantiu.




Barraco na ONU promovido pela embaixadora do Brasil que se recusou a ouvir a resposta de Jean Wyllys.

11 mil pessoas estão falando sobre isso







fonte:BN c/adaptações

Manifesto de atirador da Nova Zelândia faz menção ao Brasil

Ataque a mesquitas na Nova Zelândia deixou 49 mortos
© Getty Images/AFP/T. Burrows Ataque a mesquitas na Nova Zelândia deixou 49 mortos
O suspeito do ataque que deixou ao menos 49 mortos em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, nesta sexta-feira (15/03) publicou na internet um manifesto antes do atentando. No texto de 74 páginas, ele menciona o Brasil.
Intitulado The Great Replacement (A Grande Substituição), o manifesto está repleto de teorias da conspiração populares da extrema direita sobre como europeus brancos supostamente estariam sendo substituídos por imigrantes não brancos. O texto sugere que a ideologia neonazista e a imigração motivaram o atentado.
O Brasil é mencionado na metade do documento, na seção em que o terrorista faz críticas à diversidade racial. "O Brasil com toda a sua diversidade racial está completamente fraturado como nação, onde as pessoas não se dão umas com as outras e sempre que possível se separam e se segregam", destaca.
No manifesto, o atirador se autodescreve como um "etnonacionalista" que se inspirou em ataques cometidos por extremistas de direita, como o norueguês Anders Behring Breivik, que matou 77 pessoas em 2011 motivado pelo ódio ao multiculturalismo.
O terrorista afirma ainda que apoia o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "como um símbolo da identidade branca renovada e pelo objetivo comum". Nesta sexta-feira, o líder americano se manifestou condenando o atentado.
O autor do texto escreve que planejou o ataque por dois anos e que escolheu a cidade alvo há três meses. A ideia para o massacre teria surgido numa viagem que fez à Europa entre abril e maio de 2017, que o teria deixado chocado com a "invasão de imigrantes".
No manifesto, ele não menciona pertencer a algum grupo ou organização e lista alguns jogos de videogame que o teriam influenciado e que usou para treinar para o atentado.
O título do manifesto faz referência a um livro escrito pelo francês Renaud Camus, que popularizou a ideia de "genocídio branco", um termo tipicamente usado por grupos racistas para se referir à imigração e ao crescimento de populações minoritárias.
Após o ataque, Camus disse que o ato "chocante" foi cometido por alguém que não entendeu o seu trabalho e acusou o terrorista de plágio por usar o mesmo título de seu livro. "Sou totalmente não violento. No centro de minha obra está o conceito da inocência, ou seja, de não agravamento e de não violência", ressaltou.
O livro de Camus foi publicado em 2011. O autor foi condenado em 2015 por incitar o ódio e a violência contra muçulmanos.
O manifesto teria sido escrito por Brenton Tarrant, um australiano de 28 anos que foi preso após o atentado, embora a polícia não tenha confirmado oficialmente a identidade do suspeito.

Para psiquiatra, o temor é que o ataque de Suzano seja copiado

Para psiquiatra, o temor é que o ataque de Suzano seja copiado
Foto: Reprodução
É muito difícil prevenir massacres como o ocorrido na escola de Suzano (SP) porque, em geral, os autores não dão sinais prévios e planejam o crime de forma muito organizada.

"Eles são mais quietos, introspectivos, mas não têm necessariamente um comportamento que os coloquem muito em evidência, não chama a atenção", diz o psiquiatra Antonio Serafim, coordenador do núcleo forense do IPq (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo).

O temor agora, segundo ele, é que ação possa ser copiada por outros jovens. "É a nossa preocupação, que outras pessoas repitam isso com maior impacto ainda", afirma.

Os atiradores de Suzano seguiram uma série de rituais antes do ataque, como roupas alusivas à morte, máscara de caveira, uma besta entre outros. O que isso significa?

Só representa o perfil desse tipo de crime. Geralmente envolve pessoas com um modus operandi bem delineado, organizado. Começam com um processo de fantasia, depois saem do plano do pensamento para a execução. Aí vem todos os adornos possíveis, o tipo de arma, de vestimenta. Há outro padrão: eles atuam no ambiente que conhecem.


Envolve também pessoas que mantêm um certo isolamento?

Sim, mas gradativamente buscam meios de fundamentar e melhorar a possibilidade da ocorrência. Hoje, com a facilidade das redes sociais, isso facilita bastante porque eles encontram adeptos e, consequentemente, cúmplices.

É um crime planejado?

Sim, não acontece de forma de um rompante. Geralmente é um processo bem organizado, elaborado. Pode até ter um gatilho, aquilo que impulsiona a ação, mas é uma ação planejada e eles geralmente buscam subsídios para executar a ação.

Tem como prevenir um crime dessa natureza?

É uma questão delicada porque, em geral, eles não tem um padrão de previsibilidade de ação, é muito no anonimato. Se a gente for pensar em causas, há uma associação de variáveis que podem colaborar, como histórico de bullying e questões familiares. Em geral, eles têm uma característica de isolamento, são mais quietos, introspectivos, mas não têm necessariamente um comportamento que os coloquem muito em evidência, não chama a atenção. Quando você tem um jovem mais problemático do ponto de vista de comportamento, que se envolve com drogas, brigas, a família abre um sinalzinho vermelho de atenção. Esse padrão de comportamento de atiradores é muito sutil, não fica muito evidente. Eles se falam muito entre si, nos grupos em que compartilham as mesmas ideias.

O sr. chegou a ver os vídeos do ataque. O que eles nos revelam sobre a personalidade dos atiradores?

O primeiro que entra, o mais novo, é mais organizado, executa o plano de forma muito eficaz, com muito controle. Ele vai tira a arma, dispara. O outro entra em seguida num nível de desorganização muito grande, que mostra perfis bem diferente. Provavelmente, em uma análise à distância, o primeiro era o mais organizado e com um poder de influência maior sobre o outro. O segundo provavelmente tinha o desejo, porém, pouco potencializado em termos de execução. Ele desfere os golpes com uma certa agitação, de forma desordenada, até com uma baixa qualidade de entender o que estava fazendo. Isso, de certa forma, ajudou o massacre não ter uma extensão ainda maior.

Há algum risco de uma ação dessa natureza ter alguma espécie de eco, um efeito cópia?

É a nossa preocupação, que outras pessoas repitam isso com maior impacto ainda. A questão é que, em geral, elas não dão sinais prévios, como uma mudança brusca de comportamento, então fica difícil rastrear, prever. Todos os estímulos podem predispor pessoas predispostas. Para uma pessoa, um jogo violento pode ser apenas um momento de fantasia, para outros, isso vai vira uma verdade. A pessoa precisa ter uma condição psicológica, tomada por fantasias destrutivas e essas tomarem um sentido lógico. Dentro de um grupo que compactua com os mesmos pensamentos, isso passa a ser um potencial disparador para essas questões. Da mesma forma que se tem a vulnerabilidade para assistir um filme ou praticar um jogo e internalizar as questões, há também em relação às notícias. Ele pode pensar: 'pô, o cara fez isso, então eu posso fazer mais. Olha como ele está famoso!'. Não enxerga o impacto na vítima, ele tem uma empatia enviesada, no caso, com o agressor. É uma necessidade psicológica distorcida em relação ao contexto de coletividade.

fonte:Folhapress/reprodução 15/03/19 12:52min.