quinta-feira, 14 de março de 2019

Ministro volta atrás e anuncia pastora como nova secretária-executiva do MEC

O ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez
foto:reprodução
O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, anunciou nesta quinta-feira, 14, a nomeação de Iolene Lima como secretária-executiva da pasta. Ele voltou atrás, portanto, na indicação de Rubens Barreto da Silva, anunciada apenas dois dias atrás em sua conta oficial no Twitter.
Iolene Lima é pastora evangélica, atuando na Primeira Igreja Batista (PIB) de São José dos Campos, atualmente conhecida como Igreja da Cidade. Ela também dirigiu, na cidade do interior de São Paulo, o Colégio Inspire, que segue a “metodologia de educação por princípios” – isto é, a apresentação de todos os conteúdos programáticos dentro da “cosmovisão bíblica”.
Segundo currículo divulgado no site da Associação de Escolas Cristãs de Educação por Princípios (AECEP), Iolene é formada em pedagogia, com pós-graduações, especialização e MBAs na área de gestão escolar. Pelo Twitter, a nova secretária-executiva comemorou a indicação. “Dediquei minha vida para a área da educação e me sinto honrada. É com grande dedicação que assumo essa responsabilidade importante para a educação do nosso país”, diz.
Antes de ser a secretária-executiva, a segunda função mais importante do MEC abaixo do ministro, Lima atuava no Ministério dentro da Secretaria de Educação Básica. Ela já acompanhou Vélez Rodríguez nesta terça-feira durante a visita do titular da Educação à cidade de Suzano (SP), vítima de um ataque armado em uma escola estadual.
A vaga foi aberta em meio à uma intensa disputa entre militares, técnicos e seguidores do filósofo e escritor Olavo de Carvalho dentro do Ministério da Educação (MEC). Inimigo dos “olavistas” do MEC, Luiz Antonio Tozi foi demitido por Vélez na segunda-feira, depois que o ministro recebeu uma pressão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesse sentido.
O grupo de Tozi defendia o foco do MEC em políticas educacionais de evidência comprovada e o abandono do discurso mais ideológico. Os seguidores de Carvalho, por sua vez, dizem que o grupo é “tucano” – ou seja, alinhado ao PSDB –, e não estaria alinhado às visões propagadas pelo governo Bolsonaro.
A indicação de Iolene Lima é a segunda feita pelo ministro Ricardo Vélez. Na terça-feira, quando comunicou a saída de Tozi, Vélez anunciou que Rubens Barreto seria o substituto. Os dois, Tozi e Barreto, são oriundos do ensino técnico no estado de São Paulo.
fonte:Veja.com

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