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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Bahia: Estado reforça fama da "terra dos maiores absurdos" pelo jornalista Vitor Hugo Soares

Esse texto foi extraído do blog do jornalista Vitor Hugo Soares publicado no site do portal terra em 31/12/12. Vale a pena ler e refletir sobre o que o mesmo pontuou. Confira o texto.
 
 
 
 
Pode parecer óbvio ou repetitivo, mas diante de "Sua Excelência, o Fato" (sábia expressão cunhada por Ulysses Guimarães), não custa repetir: sei por experiência própria, pessoal e profissionalmente em décadas de jornalismo, que a Bahia é a terra dos absurdos mais inimagináveis, como dizia o antigo ex-governador e filósofo da política e da administração pública no Brasil, Octávio Mangabeira. Os anos passam e esta verdade não envelhece. Ao contrário, fica mais nítida a cada dia.
 
Um exemplo tão atual quanto emblemático: nesta última semana de 2012, a Folha de S.Paulo publicou reportagem na qual se revela que o prédio do Arquivo Público do Estado da Bahia, um dos mais importantes locais de pesquisa de documentos históricos sobre fatos e pessoas do Brasil, Portugal, África e América Latina (frequentado por estudiosos do mundo inteiro), está sem luz elétrica há quase três anos. Os pesquisadores disputam mesas próximas às janelas para aproveitar a luz natural e assim realizar suas pesquisas.
 
O texto é assinado pelo jovem correspondente Nelson Barros Neto, que em boa hora o diário paulista incumbiu de fazer a cobertura jornalística dos fatos relevantes na terra de Mangabeira. A reportagem da Folha é destas de causar estarrecimento se originária de outro lugar (foi tema de enorme interesse e causa de estupefação nas redes sociais, no Twitter principalmente).
 
Na terra do Descobrimento, no entanto, o mostrado na reportagem tem sido encarado como coisa rotineira. Sem importância ou motivo para preocupação. Isso a julgar pelo silêncio da “mídia baiana” diante do fato, e pela omissão e desinteresse das autoridades do governo do Estado e da prefeitura de Salvador, comandados respectivamente por Jaques Wagner (PT) e João Henrique de Barradas Carneiro. Este último, nos derradeiros dias de uma das administrações mais predatórias e desastrosas (contas reprovadas, denúncias e suspeitas de toda parte) na história da mais antiga capital do País.
 
Nos dias finais de 2012, vale transcrever, neste artigo semanal informativo e de opinião, um trecho expressivo da reportagem. Isso para que leitores e sociedade (e as autoridades federais responsáveis pela administração pública nas áreas de cultura e memória, igualmente omissas até aqui)  possam romper a escuridão e enxergar mais de perto o tamanho do absurdo e do desdém, diante da situação atual do Arquivo Público da Bahia, patrimônio valioso do Brasil:
 
"Hoje só há energia na sala de consulta – reduzida a nove mesas – e na direção. O arquivo ainda convive com goteiras, infiltrações e forro comprometido pela umidade, entre outros problemas constatados pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) em novembro".
 
"Construído no século 16, para ser morada de jesuítas, o espaço é tombado desde 1949. Guarda a memória da primeira capital brasileira, com o equivalente a 23 quilômetros de papéis e documentos raros, contemplados com o Diploma de Memória do Mundo pela Unesco (braço da ONU para a educação)."
 
"O arquivo, diz o historiador norte-americano Richard Graham, usuário do acervo, contém a 'base fundamental' da economia, da política e da sociedade brasileira nos últimos séculos. De acordo com o historiador João José Reis, o arquivo que serve de referência até para especialistas em história da África 'está morrendo de morte lenta, com perigo de morte súbita'".
 
 "As condições são as piores possíveis, até constrangedoras para a própria direção e pesquisadores estrangeiros, em lugares como o toalete'', diz Consuelo Sampaio (historiadora baiana), chefe do Centro de Memória da Bahia de 2003 a 2011. Segundo Sampaio, as inadequações já causaram perda de material, tanto que a instituição precisou recorrer à Universidade de Chicago (EUA) para obter cópia de documento do século 19 de seu próprio acervo".
 
Seria bom que a presidente Dilma Rousseff, que na sexta-feira (28) desembarcou na Base Naval de Aratu para descanso de fim de ano na magnífica e privativa praia baiana de Inema, tomasse conhecimento de mais este inqualificável e demorado "apagão".
 
 
Quer mais?
 
Quarta-Feira, 26, na última sessão do ano da Assembleia Legislativa da Bahia, Mesa Diretora e Plenário completos de parlamentares de todos os partidos – igualmente silenciosos ou cúmplices diante do descaso e escárnio sem tamanhos neste caso do Arquivo Público – resolveram contribuir com destaque digno de nota para a galeria de absurdos baianos em 2012.
 
Os deputados da ALBA votaram sonolenta e docilmente, durante a noite, um empréstimo de mais de R$ 1 bilhão para o governo petista de Jaques Wagner. Em seguida, aprovaram uma enxurrada de concessão de títulos de Cidadão Baiano, homenageando entre outros o deputado ruralista Ronaldo Caiado (DEM-GO) – de méritos contestáveis e pouco menos que um ilustre desconhecido da maioria da gente da terrinha, como diria Malvina, contestadora e digna personagem do romance Gabriela, de Jorge Amado, recentemente teledramatizado com sucesso pela TV Globo, com sucesso nacional.
 
Finalmente (há sempre um finalmente), os parlamentares, em inusitado “rasgo de coragem e independência”, votaram em maioria avassaladora contra uma proposta do deputado Luciano Simões (PMDB): a concessão de honra da cidadania baiana “por serviços prestados ao estado e ao País”, ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, relator do processo do Mensalão, negro como a maioria dos habitantes da capital da Bahia.
 
Durma-se com absurdos como estes, capazes de revirar na tumba os restos mortais de Octávio Mangabeira.
 
Ainda assim, votos de Feliz Ano Novo para todos.
 
Fonte:Vitor Hugo Soares é jornalista. E-mail: vitor_soares1@terra.com.br
publicado na portal terra   em 31/12/2012

Irecê: Incêndio destrói fabrica de estofados



                                    
                                                 fotos:Maria  Betânia /jornal informa -reprodução:facebook


Um incêndio em uma fábrica de estofados no início dessa segunda(31) em Irecê assustou  a população  da cidade nessa véspera de Ano Novo. O  fogo se  propagou a partir das 13h, atingindo residências vizinhas onde os moradores conseguiram retirar pertences as pressas. O galpão fica localizado na rua Nova Zelândia na periferia da cidade. Não se tem registro de nenhum ferido, a dificuldade maior para combater as chamas é que a cidade não tem uma unidade do Corpo de Bombeiros e com isso a  PM  e os moradores  foram que tiveram de combater as chamas que poderia serem vistas de vários pontos da cidade.

As causas do incêndio na fábrica só após a realização do trabalho da perícia técnica.

ENEM 2012: Nota mínima será de 450 pontos para o PROUNI



O MEC (Ministério da Educação) subiu a nota mínima necessária para obtenção de uma bolsa no Prouni (Programa Universidade para Todos), que oferece vagas em instituições particulares de ensino superior.
Para garantir o benefício, o candidato deverá marcar ao menos 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) na média das cinco notas --até então, a nota de corte era de 400 pontos. Além disso, é obrigatório tirar nota diferente de zero na redação.
A mudança foi anunciada na portaria que regulamentará o processo seletivo no primeiro semestre de 2013, publicada no Diário Oficial hoje.
O processo de seleção do ProUni tem uma única etapa de inscrição, com duas chamadas para convocação dos candidatos pré-selecionados. O estudante poderá fazer até duas opções de curso e de instituição no ato da inscrição.
O candidato deve ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou, em caso de escola particular, na condição de bolsista integral.
Podem se candidatar às bolsas integrais estudantes com renda familiar de até um salário mínimo e meio por pessoa. Já as bolsas parciais são destinadas a candidatos com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa.
Professores da rede pública de ensino básico que concorrem a bolsas em cursos de licenciatura, curso normal superior ou de pedagogia não precisam cumprir o critério de renda, desde que estejam em efetivo exercício e integrem o quadro permanente da escola na qual atuam.

Fonte:folhaonline/reprodução
imagem:google

Irecê: Luizinho Sobral anuncia apenas 4 secretarios


                    
           Kátia já foi secretaria na gestão do ex-prefeito Joaci Dourado e exerceu a mesma função em Eunapólis e Porto Seguro  no extremo sul do Estado - foto:reprodução/google               
                                                                              
Após muita especulação  de nomes que iriam compor o futuro governo municipal, o prefeito eleito de Irecê Luiz Pimentel Sobral (Luizinho)  anunciou nessa segunda-feira(31) os nomes dos secretarios que irão iniciar o seu governo, o anuncio foi feito na presença de cinco  vereadores eleitos pela coligação e correligionários. Luizinho disse que  há necessidade da redução de secretarias para a máquina funcionar  melhor. A novidade politica foi a presença do vereador eleito pelo PV Luciano(que apoiou Zé das |Virgens na campanha)  que antes mesmo de assumir o mandato vai para a base do Prefeito Luizinho. Os 4  nomes anunciados são:


Sec. Educação: Cynthia Salum Dourado

Sec. Saúde:  Kátia Nunes Barreto

Sec. Fazenda: Lúcio Gomes Barros

Desenvolvimento Social:  Auridete Lima Barreto

Insfraestrutura: Vai ser divulgado até a próxima segunda, disse Luizinho.


O prefeito eleito anunciou  que enviará a Câmera de Vereadores projeto de reforma administrativa para  permitir a redução de secretarias e outras medidas necessárias a gestão segundo o mesmo.

A posse do  novo Prefeito será realizada  amanhã(1) na Câmera de Vereadores às 15h.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Bahia: Acidente mata 02 funcionários da UESB e uma criança na BR -101

                                                             Foto:Ubaitaba urgente/reprodução
Um acidente entre três veículos na BR-101 resultou na morte de três pessoas no município de Aurelino Leal, no sul baiano, na manhã deste sábado (29). Entre as vítimas estava uma criança. As outras duas pessoas, Dalva Oliveira Santos e  Fábio Sebadelhe dos Santos eram funcionários da Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (Uesb) Campus Jequié e se dirigiam a Porto Seguro. De acordo com informações do Blog do Anderson, o velório foi realizado no Auditório Wally Salomão, no campus de Jequié, e os corpos foram enterrados na tarde deste domingo (30). A instituição educacional decretou luto oficial de três dias.

Fonte:BN c/ correções

Bahia: Agências bancárias que foram assaltadas no interior continuam sem atendimento ao público



                             A agência do BB de Uibaí(36 km) de  Irecê também foi alvo de bandidos no início da madrugada do dia 28/12(sexta-feira)-Foto:reprodução

A população de oito municípios baianos está sem serviços bancários depois que ladrões roubaram agências ou postos de atendimentos. Na última semana, o CORREIO ligou para 20 cidades que tiveram bancos roubados este ano e identificou onde os serviços bancários foram suspensos após os assaltos.

Um dos casos é o distrito de Salobro, em Canarana, a 477 quilômetros de Salvador, onde a agência foi roubada em fevereiro. Dez meses depois, o serviço bancário da cidade de 25 mil habitantes ainda não foi reestabelecido.

Com o fechamento das agências, os moradores precisam se deslocar para cidades vizinhas para realizar atividades simples, como saques e depósitos. Em Canarana, além da agência do distrito de Salobro, o posto de atendimento bancário do centro da cidade também está fechado. O local tinha sido assaltado em agosto e em novembro deixou de fazer o atendimento após ter um funcionário feito refém em outro assalto.

Na ocasião, a vítima foi libertada com o pagamento do resgate. “Hoje, o banco não faz nenhuma atividade que envolve numerário. Fazemos apenas a entrega de cartões e senhas dos clientes”, declara um funcionário da agência.

Diante da situação, André Luís Nascimento Motta, gerente de uma concessionária de motos, acompanha mensalmente o pai, de 68 anos, a cidades próximas. “Tem aumentado, e muito, o número de pessoas assaltadas no trajeto para outras cidades. Os idosos são o alvo preferencial dos bandidos. Eles sabem que a maioria das pessoas com mais idade é responsável pelo sustento de algumas famílias”.

Riscos
Em Barra do Mendes, a 630 quilômetros da capital, bandidos chegaram estourando a tiros os vidros da agência, levando pânico aos funcionários e clientes, no dia 3 deste mês. Depois, esvaziaram os caixas e os terminais eletrônicos. Na fuga, colocaram um dos reféns amarrados no capô de um dos veículos usados pelos assaltantes.

“Nós temos que recorrer às agências de Irecê e de Ibititá se quisermos fazer saques ou depósitos em dinheiro. Nesse trajeto, corremos o risco de sermos assaltados. Isso porque os bandidos dessas regiões sabem que o fluxo de saques no final do mês quase que triplica”, conta a estudante Verônica Braga e Silva, 27.

Os comerciantes das cidades que estão sem os serviços bancários reclamam dos prejuízos. “Anteriormente, tínhamos um comércio frenético, que nem parava na hora do almoço. Hoje, as lojas fecham às 11h e reabrem às 14h”, declara Hilderlei Martins, 30, vice-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salobro, distrito de Canarana.

Segundo ele, sem a agência bancária, o comércio local enfraqueceu de tal forma que muitos estabelecimentos demitiram nos últimos meses, em vez de contratar para o final de ano. “A queda no faturamento foi muito grande. De 30% a 50%”, declara.

Bancos
Na sexta-feira, o  Banco do Brasil de Iraquara, na Chapada Diamantina, foi reaberto nove meses depois que ladrões destruíram a agência com tiros. A de São Miguel das Matas, no Recôncavo, foi reaberta na quarta passada, oito dias após o assalto.

Das oito agências assaltadas que ainda estão fechadas, sete  são do Banco do Brasil e uma do Bradesco. O BB disse, em nota, que “em parceria com as prefeituras municipais e as autoridades policiais, vem buscando viabilizar as condições necessárias para a reabertura e funcionamento das agências de forma a garantir a segurança dos clientes e funcionários”.

O Banco do Brasil informa, porém, que o posto de atendimento eletrônico de Salobro não será mais reaberto. Além disso, não há  previsão de abertura das outras  unidades  bancárias nas outras cidades. Nelas, o BB recomenda que os clientes utilizem o Banco Postal (nos Correios) e casas  lotéricas, além de agências nas cidades vizinhas. 

Já o Bradesco garante que o posto de atendimento de Itaguaçu deve ser reaberto até o final do mês de janeiro.
Agências inoperantes

Mundo Novo
Banco do Brasil, fechada desde 4/12; foi atacada por homens fortemente armados.
Itaguaçu
Banco Bradesco, fechado desde 24/12, quando ladrões explodiram os caixas eletrônicos.

Santa Bárbara
Banco do Brasil, fechada desde 5/9,  quando o bando de assaltantes incendiou a agência após o roubo.

Barra do Mendes
Banco do Brasil, fechada desde 3/12, quando cinco ladrões roubaram a agência.

Ibirapitanga
Banco do Brasil, fechada desde 29/11 , quando 12 homens atacaram o banco.

Cafarnaum

Banco do Brasil, fechada desde  30/4, quando seis ladrões explodiram  o caixa eletrônico.

Canarana
Banco do Brasil, fechada desde 5/11 depois que um funcionário foi sequestrado.
Salobro  Banco do Brasil, fechada desde 8/2.
Polícia diz que bancos não têm interesse em reforçar segurança

O coronel Antônio Ferreira Fontes, comandante do Policiamento Especializado da Polícia Militar, reconhece que o efetivo atual da corporação no interior do estado é insuficiente para garantir a proteção da população, mas pontua que os bancos não têm interesse de reforçar a segurança.

“Os bancos alegam que para colocar à disposição uma quantia menor de dinheiro terão que reabastecer mais vezes e isso tem um custo pra eles. O gerente tem acesso ao dinheiro do cofre de meia em meia hora. É por isso que os bandidos estão fazendo refém o gerente na porta de casa”, declara o coronel.

Segundo Fontes, a PM trabalha desenvolvendo operações diárias, que são intensificadas entre os dia 25 e o dia 10 de todo mês.

Já o coordenador do Grupo de Apoio ao Combate a Crimes contra Instituições Financeiras (Gacif) da Polícia Civil, delegado Daniel Pinheiro, disse que, no início do ano que vem, o grupo será estendido para cidades como Jacobina, Seabra, Barreiras, Vitória da Conquista, Itabuna e Feira de Santana. De acordo com ele, o Gacif já prendeu 86 integrantes de quadrilhas de assaltantes de bancos; outros 31 foram mortos em confronto; 11 bandos desarticulados, além de apreendidas 484 unidades de explosivos e 74 armas.

Fonte:CorreiodaBahia/ reprodução
 

sábado, 29 de dezembro de 2012

Artigo: O Governo Precisa Andar

OPINIÃO: O GOVERNO  PRECISA ANDAR

Quanto da participação da Presidente Dilma na última reunião da Cúpula Ibero-Americana, realizada na Espanha, o país marcou sua posição de destaque no atual cenário mundial. Com a grave crise que afeta toda a Europa, os líderes europeus escutaram com muita atenção o discurso da nossa Presidente, que se posicionou e chegando mesmo a dar conselhos aos gestores europeus de como enfrentar a crise. De fato, o Brasil após medidas corretas pós - 1994 com a estabilização da moeda e outras medidas de impacto, tem conseguido segurar a “onda” da crise econômica mundial que afeta também os Estados Unidos.
Acontece que a previsão do crescimento do Brasil em 2012 está abaixo de 2%. Muito aquém do esperado. E já se fala em queda do ministro da Fazenda Guido Mantega, tendo em vista que além de não ser o ministro de Dilma na Fazenda, suas previsões de crescimento ficaram longe de serem concretas.

Já em seu pronunciamento de Natal, a Presidente afirmou que “o Brasil está tomando as medidas necessárias para que uma ‘possível piora no cenário internacional não nos traga maiores problemas’". No encerramento do pronunciamento, a Presidente disse ainda: "Teremos força para continuar a luta incessante contra a corrupção ou qualquer tipo de desvio ou malfeito. Tudo isso vai continuar garantindo que o Brasil seja um dos poucos países do mundo que consegue, ao mesmo tempo, crescer com estabilidade, distribuir renda, diminuir a desigualdade, aperfeiçoar a democracia e fortalecer suas instituições".

A grande questão é que os números se contradizem, pois por mais otimismo que a nossa Presidente e sua equipe econômica tenham, o ano de 2013 será mais difícil, se persistir o atual cenário. Quem vai ser mais penalizado, mais uma vez, será o trabalhador brasileiro, o qual o governo Dilma não conseguiu ainda fazer que o Brasil marche firme rumo ao propósito apresentado pela própria presidente, imbuído em um de seus programas de governo.

O enfoque aqui cabe ao crescimento com distribuição de renda e diminuição de desigualdade, pois grandes obras estão paradas a exemplo da transposição do Rio São Francisco e inúmeras obras pelo país a fora em convênios com Estados e municípios. Quando se remete aos estádios para a Copa de 2014 vejam quem são os consórcios que estão gerenciando essas obras. E como exemplo disso, temos a cidade de Salvador que a um ano e meio deste evento, nem o governo da União e nem do Estado não se movimentaram em questões importantíssimas para a infraestrutura da cidade.

O quem vem ocorrendo na verdade, é  a iniciativa privada que tem segurado as pontas tanto no setor da Construção Civil, como em outros setores da economia que geram renda e emprego. E em Irecê presenciamos isso, pois a  União continua gastando mal, esbanjando os recursos públicos e isso chega por tabela nos Estados e municípios brasileiros, também, mal acostumados com a “gastança” irresponsável de seus gestores e os contribuintes ao pagar essa conta altíssima.

Quando se anuncia o crescimento de famílias brasileiras beneficiadas pelo Bolsa Família, entendo que está faltando geração de empregos, renda e qualificação profissional. Não que sejamos contra o combate a pobreza das famílias carentes, a questão é saber: Até quando iremos atender essa parcela  da população com  “pão e futebol”?  

Na Bahia mais de 1,4 milhão de baianos vive na extrema pobreza e 76% ganham menos de um salário mínimo. A situação faz com que um terço da população do estado receba Bolsa Família, diz o Ipea -  Instituto Pesquisa Econômica  Aplicada, e estamos falando do maior Estado Nordestino do país, que mesmo com um potencial econômico e turístico que temos, a cidade de Salvador continua  entre as primeiras  capitais nos índices de desemprego  no país. Ou seja, algo precisa mudar.

Portanto, ou o Estado brasileiro  administra melhor seu caixa, cria mecanismos de verdade para depois de dois anos do governo Dilma, o país andar, ou continuaremos a assistir a antecipação da campanha presidencial de 2014, desvirtuando o que realmente interessa ao povo Brasileiro que é um crescimento econômico com avanços sociais.

Em 2013, início de novos gestores municipais, onde vão encontrar esse cenário econômico  que trará mais dificuldades aos nossos municípios, mas, a população deve ficar atenta, pois o orçamento de 2013 já foi aprovado pelas respectivas câmeras municipais em 2012 e eles  não poderão se queixar de que não sabiam o  que iriam encontrar, e  nem jogar para a União e o Estado  a culpa pela coisas não acontecerem, pois o cenário já estava desenhado antes mesmo do início oficial das campanhas eleitorais.  

Jorge Luiz Rocha
Pedagogo


Salvador: Ferry boat Rio Paraguaçu não está liberado pela Marinha

                                          A Marinha diz que a embarcação ainda não está apta-Foto:Evisálio Junior/BN 
Apesar de o vice-governador e secretário estadual de Infraestrutura, Otto Alencar ter informado, em entrevista ao Bahia Notícias, que o ferry boat Rio Paraguaçu seria integrado ao sistema e ajudaria no reforço para o período do Réveillon, a Marinha afirma que a embarcação ainda não está apta para navegação. Nota enviada pelo Comando do 2º Distrito Naval informa que uma vistoria realizada nesta quinta-feira (27) pela Capitania dos Portos da Bahia (CPBA) encontrou uma série de “discrepâncias” que comprometem o desempenho e a segurança do transporte de passageiros e veículos. Segundo a Marinha, o resultado do relatório foi repassado à Agência Estadual de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), para que as incorreções fossem sanadas e, assim, o equipamento pudesse ser submetido a uma nova inspeção que, até agora, não foi solicitada. 
Fonte:BN/reprodução

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

MEC divulga resultados do ENEM/2012




O MEC divulgou nesta sexta-feira(28) as notas dos candidatos que fizeram a prova do Enem 2012. As notas deverão ser consultadas no  link  http://sistemasenem2.inep.gov.br/resultadosenem/
Ao todo, 4,1 milhões de pessoas fizeram a última edição da prova.
Para consultar as notas da prova de conhecimentos gerais e da redação, os candidatos devem informar no site da instituição o CPF ou o número de inscrição, além da senha usada no ato do cadastro.

Fonte:folhaonline

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ENEM 2012: UNEB vai ofertar mais de 900 vagas para o SiSu no 1º semestre de 2013


O  Ministério de Educação -MEC divulgou hoje(27) o quantitativo de vagas para os cursos  no processo seletivo do 1º semestre  do SiSu de 2013. As inscrições estarão abertas a partir do dia 07/01 com encerramento em 11 de janeiro. 

Na Bahia, a Universidade do Estado da Bahia -UNEB estará ofertando mais de 900 vagas em  diversos cursos  em 24 Departamentos para o ingresso no    primeiro semestre de 2013. Para conferir os cursos ofertados e o  Campus acesse  http://www.sisu.mec.gov.br/cursos

No âmbito do Campus XVI-Irecê, são ofertadas seis vagas para o curso de Pedagogia no turno matutino

O MEC estará divulgando o resultado do ENEM de 2012 nesta sexta-feira(28), onde o candidato saberá como foi seu desempenho nas provas objetivas e na redação.

Fonte: INEP/MEC

Economia: Dpvat sobe 4,63% a partir de Janeiro/13

 
                                                                 Imagem:Google/reprodução
                                   
Os motoristas brasileiros terão que desembolsar 4,63% a mais, a partir do dia 1º de janeiro de 2013, com o seguro obrigatório (Dpvat) dos carros de passeio, táxis, motos, caminhões e tratores. A medida, estabelecida pela Susep (Superintendência de Seguros Privados), altera a taxa para os veículos de passeio de R$ 96,63 para R$ 101,10. Além desse valor, há ainda a cobrança de 0,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e de R$ 4,15 pela emissão do bilhete, o que deve elevar o preço final a R$ 105,63.  Para as motocicletas, motonetas, ciclomotores e similares, o seguro subirá dos atuais R$ 274,06 para R$ 286,75. Com as taxas, o custo total fica em R$ 292. Informações do BN.

Educação & Tecnologia: Professores do ensino médio ganharão Tablets no RS





Com o objetivo de disponibilizar aos professores o acesso às novas tecnologias, o governo do Rio Grande do Sul vai distribuir, em março de 2013, 22 mil tablets para docentes do ensino médio das escolas estaduais. O investimento de R$ 10 milhões faz parte do programa federal Proinfo, com contrapartida de R$ 6 milhões do Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, os aparelhos serão oferecidos para todos os professores de carreira do ensino médio. Os contratos emergenciais ficarão de fora do programa.
Os tablets são fabricados pela Positivo e são equipados com o sistema Android 4.0, além de câmera frontal para filmagem e fotografia. A tela é de 10 polegadas e o aparelho oferece acesso wi-fi e 3G. A capacidade de armazenamento mínima é de 16 GB.
O anúncio da compra dos tablets foi feito pelo secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, em coletiva à imprensa na quarta-feira para fazer um balanço das atividades ao longo de 2012. Azevedo aproveitou para responder às críticas ao não cumprimento do piso nacional do magistério pelo Estado e destacou  que neste ano os educadores tiveram reajuste superior a 16%. Ele ainda anunciou a realização de concurso público, no próximo ano, para o preenchimento de vagas de funcionários de escolas e criação de novos quadros, como técnico em nutrição e agente financeiro.

Fonte:Portal Terra/reprodução

Salvador: ACM Neto anuncia mais dois secretários

O prefeito eleito ACM Neto, anunciou na tarde desta quarta-feira (26) os nomes que irão assumir em 2013 a Casa Civil e a Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), as duas únicas das doze pastas municipais que ainda estavam sem nomes definidos. Albérico Mascarenhas será o titular na Casa Civil e Alexandre Pauperio na Gestão.

Albérico MascarenhasEconomista com pós-graduação em Finanças Públicas e Administração Financeira. Foi secretário estadual da Fazenda (1998/2005) e coordenador do Confaz (2002/2005), período em que foi implantado o cadastro unificado e desenvolvido o projeto da Nota Fiscal Eletrônica.

 O futuro Prefeito ACM Neto com Alexandre Pauperio(D)  e Mascarenhas - Foto:divulgação/reprodução

Alexandre PauperioAdministrador de empresas e mestre em Administração pela UFBa, Pauperio foi chefe de gabinete da Secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação e diretor-geral da Fapesb (Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia).

Netsa sexta-feira (28), Neto fará um “workshop” com toda sua equipe, quando falará sobre o regime de metas que pretende estabelecer por área de governo, as quais deverão ser formalizadas em documentos a serem assinados pelos secretários, com punições aos ineficazes.
Além disso, o produtor e diretor teatral Fernando Guerreiro, será o novo presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM). Com 35 anos de experiência no setor cultural, Fernando Guerreiro dirigiu recentemente a peça “O Sumiço da Santa”, produzida em homenagem ao centenário de nascimento do escritor Jorge Amado. Outros dois grandes sucessos de Guerreiro são “A Bofetada” e “Os Cafajestes”.

Fonte:CorreiodaBahia/ Matéria original iBahia/reprodução

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Futebol: Por 15 milhões de Euros, Pato fecha com o Corinthians

                                       O atacante de 23 anos vai trocar o Milan pelo Corinthians-Foto:reprodução/google

O Corinthians acertou a contratação do atacante Alexandre Pato, jogador de 23 anos que surgiu com status de estrela mundial no Internacional, foi para o Milan e volta ao Brasil após uma série de lesões que o fez atuar muito pouco nas últimas temporadas pelo clube italiano - nos dois últimos anos, foram só 25 jogos e 6 gols.

Segundo o jornal A Gazzetta dello Sport, o valor da negociação é de 15 milhões de euros pela contratação do centroavante. Antes dele, o Corinthians já havia fechado com o meia-atacante Renato Augusto, pagando 3,5 milhões de euros por 50% do ex-jogador do Flamengo e que estava no Bayer Leverkusen, da Alemanha.

"Muita gente sabe do potencial dele dentro e fora de campo. É um jogador excepcional. Nossos departamentos médico e de fisioterapeutas já acompanham o Pato há um bom tempo e vão trabalhar nisso. Espero que na primeira semana de janeiro a gente possa dar esse presente ao corintiano", disse à Rádio Estadão ESPN o diretor-adjunto do Corinthians Duílio Monteiro Alves, que preferiu ainda manter a cautela sobre a oficialização do negócio.

O dirigente corintiano esteve no Rio de Janeiro na tarde desta quarta-feira para uma reunião com o vice-presidente do Milan Adriano Galliani. O cartola está no país em encontros que também tratam da venda de Robinho - o Santos surge como principal favorito depois do Flamengo desistir da contratação alegando que o clube italiano pediu um valor muito alto.

Agente - Na semana passada, durante o Jogo Contra a Pobreza disputado em Porto Alegre, o empresário de Pato, Gilmar Veloz, se mostrou muito favorável à volta do jogador ao futebol brasileiro, principalmente ao Corinthians. O agente também considera que o atual campeão do mundo pode ajudar o atacante a voltar ao melhor nível e à seleção brasileira.

Fonte:ESPN/Estadão /reprodução

ENEM 2012: Inscrições para o SiSu 2013 de 07 a 11/01


O cronograma de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foi divulgado hoje(26) através do Diário Oficial da União(DOU) .
Os estudantes que fizeram o ENEM de 2012 poderão concorrer a vagas nas várias universidades e institutos federais de ensino superior, e  as inscrições poderão ser feitas do dia 7 a 11/01 e somente pela internet no endereço    www.sisu.mec.gov.br
O estudante poderá se inscrever em até duas opções de vagas, mas deverá especificar a ordem de preferência, o local, o curso e o turno.
As inscrições são gratuitas e as instituições deverão disponibilizar acesso à internet aos estudantes interessados. A primeira chamada será divulgada no dia 14 de janeiro e a segunda será no dia 28 no site do Sisu e das instituições.
Se houver empate de notas, o desempate será feito com base, pela ordem, na nota na redação, nota em Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, nota em Matemática e suas Tecnologias, nota em Ciências da Natureza e suas Tecnologias e nota em Ciências Humanas e suas Tecnologias.
As matrículas serão feitas nas instituições nos dias 18, 21 e 22 de janeiro para a primeira chamada e 1º, 4 e 5 de fevereiro para segunda.

Vale salientar que  o resultado do enem 2012 deverá ser divulgado antes do fim do ano.

Fonte:Agência Brasil c/adaptações
Imagem:google

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Bahia: Morre aos 105 anos D.Canô, em Santo Amaro



                                                     D. Canô ao lado da filha Maria Bethania -Foto:reprodução/google

Atualizada às 11:20h

Morreu nesta terça-feira (25), aos 105 anos, a Dona Canô, figura ilustre da Bahia e mãe dos cantores Caetano Veloso e Maria Bethânia e da poetisa Mabel Veloso. Dona Canô havia sido internada no Hospital São Rafael, em Salvador, após sofrer uma isquemia cerebral transitória. Em novembro, ela já havia sido internada com uma infecção respiratória. Na sexta-feira (21), ela havia voltado para casa.
Nascida em 16 de setembro de 1907, Claudionor Viana Teles Cardoso se tornou a personalidade mais conhecida da cidade de Santo Amaro (antiga Santo Amaro da Purificação), a 72km de Salvador, e é considerada o símbolo da mãe baiana. Sua casa, na avenida Ferreira Bandeira, 179, é um dos pontos turísticos da cidade.
Mesmo sendo de uma família humilde, estudou no Colégio das Sacramentinas onde freqüentou aulas de francês e teatro. Em janeiro de 1931, casou-se com José Telles Veloso, o seu Zeca, telegrafista da Companhia de Correios e Telégrafos.
Dona Canô é mãe de oito filhos, Roberto José, Maria Isabel, Clara Maria, Rodrigo Antonio, Caetano Emanoel e Maria Bethânia, biológicos, além de Nicinha e Irene, adotadas. Na década de 40 começou a investir na carreira artística dos filhos, principalmente Caetano, que gravou o primeiro disco aos 10 anos de idade. Na década de 60 se mudou com o marido para Salvador, a fim de acompanhar a carreira dos filhos.
Quando Caetano foi exilado, no final da década de 60, ficou dois anos de meio sem vê-lo. Em 1984, voltou para a cidade de Santo Amaro, onde vive até hoje.
Benfeitorias

Dona Canô foi responsável por algumas melhorias na cidade de Santo Amaro: conseguiu restaurar a igreja matriz, que ficou fechada por três anos, depois de um pedido ao então governador Antônio Carlos Magalhães.
Já com o governador Paulo Souto, conseguiu que o projeto de limpeza do rio Subaé, que corta a cidade, fosse incluído no Projeto Bahia Azul de saneamento ambiental.
Homenagens
Dona Canô deu nome a um centro oftalmológico para pessoas carentes, além de uma ponte no aeroporto de Salvador, um teatro e uma biblioteca pública.
Também dá nome à canção Dona Canô, de Caetano Veloso, gravada por vários artistas, entre eles Maria Bethânia e Daniela Mercury.

Velório e Sepultamento

O velório de Dona Canô será realizado nesta terça-feira (25), a partir das 18h (hora local), no Memorial Caetano Veloso, em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo baiano. Na manhã desta quarta (26), acontecerá uma missa na Purificação, às 9h, e o sepultamento às 10h. Uma amiga da família de prenome Rose – que atende às chamadas do telefone celular de Mabel Velloso, uma das filhas de Dona Canô – afirmou à Folha de S. Paulo que o clima na casa da família é “tenso e de muita comoção”. Ainda segundo ela, a matriarca morreu por volta das 8h. Mesmo com uma "leve piora", Dona Canô deixou o Hospital São Rafael, em Salvador, na sexta (21). Segundo o boletim médico, o maior desejo da paciente era passar aquele momento da sua vida no seu ambiente familiar. Como havia atingido um estágio de estabilidade hemodinâmica e respiratória "minimamente satisfatório", recebeu alta hospitalar com assistência domiciliar de "cuidados avançados". Na noite desta segunda (24), a família, que já esperava pelo pior, não fez a tradicional ceia, apesar de estarem todos reunidos, inclusive Caetano e Bethânia.



Fonte:portal Terra e  Bahianotícias

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Economia: Novo salário mínimo será de R$ 678 a partir de Janeiro/13




A partir de janeiro de 2013, o salário mínimo será de R$ 678. O valor foi anunciado nesta segunda-feira (24) pela ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
"Ela [presidente Dilma] fez questão que isso acontece hoje, na véspera do Natal", afirmou a ministra, ao lado de Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda e de Helena Chagas (Comunicação Social).
O valor será publicado em decreto na próxima quarta-feira. Gleisi explicou que o reajuste será de cerca de 9% sobre o valor atual, de R$ 622, considerando uma variação real de 2,73% mais a reposição da inflação pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de 6,1%.
Na semana passada, uma nova versão do projeto de Orçamento da União para o próximo ano estimou um aumento do mínimo dos atuais R$ 622 para R$ 674,96. O texto original do Executivo trabalhava com R$ 670,95.
Pela legislação, o piso salarial deve ser elevado no primeiro dia do ano conforme a variação do INPC no ano anterior e a expansão da economia no ano retrasado --em 2011, o PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 2,7%. 

Fonte:Folhaonline
Charge: Blog do Cerino/reprodução /google

Bahia: Governador diz que o PT vai conduzir sua sucessão em 2014


O Senador Walter Pinheiro -Foto:reprodução
                                              Rui Costa(Casa Civil) e Gabrielli (planejamento) são secretarios de Wagner -Foto:reprodução
                                                   
Em entrevista ao jornal Tribuna da Bahia, o governador da Bahia Jaques Wagner disse que o  PT irá comandar a sua sucessão em 2014.  O governador coloca o senador Walter Pinheiro, o secretário da Casa Civil, Rui Costa, e o secretário de Planejamento, José Sérgio Gabrielli, como os nomes mais possíveis de viabilizarem a candidatura à sucessão e isola o prefeito de Camaçari, Luiz Caetano.  Confira a entrevista na íntegra.

Tribuna - Qual a avaliação do senhor para 2012. Foi um ano difícil?

Jaques Wagner
- 2012 para a Bahia e para o Brasil inteiro foi um ano muito duro, pois foi um ano em que a crise internacional repercutiu aqui, isso em termos genéricos para todos os Estados. Houve perdas de arrecadação e a crise internacional obrigou o governo federal a monitorar de perto toda essa questão das disputas de mercados e, em função disso, ela impôs uma série de reduções que impactam na receita dos estados e municípios. As medidas são corretas?, são. São necessárias?, são, pois com isso mantêm a competitividade de alguns setores que estavam mais ameaçados, mantêm o nível de emprego, e estamos com a menor taxa de emprego da história brasileira, frente a uma Europa cheia de problemas. Agora tem como consequência uma queda da arrecadação, uma arrecadação dividida. Portanto, nós tivemos uma frustração de receita no Estado da ordem de R$900 milhões daquilo que era o projetado, então você imagina que R$900 milhões são 3,5% e 4% do meu orçamento bruto. É muito dinheiro, e com isso fomos obrigados a fazer os apertos necessários para poder manter o controle macroeconômico que é fundamental e cumprir as nossas obrigações. Portanto, foi um ano duro sob o aspecto da economia, por isso o impacto disso é esse crescimento que ainda não se sabe, pois existe muita especulação e projeção. Nós vamos saber mesmo é em fevereiro quando sai o número revisado do IBGE, pois eles publicam um primeiro número e depois chegam novas informações, paulatinamente eles reconsideram. Só para registrar todos os países do mundo, seus bancos centrais, seus ministros tiveram que fazer correção de rumos nas expectativas, pois ninguém esperava que a crise da Europa tivesse a cronicidade que teve. A de 2008 e de 2009 foi aguda e essa permanece.

Tribuna - Há alguma ação específica que seja colocada como pauta prioritária para mudar esse cenário em 2013?

Jaques Wagne r-
Não, porque algumas coisas dependem do cenário internacional. Se o cenário internacional permanecer deprimido, mesmo a China com crescimento abaixo, então a demanda por produtos por commodities cai, portanto não tem jeito. Como há uma depressão de mercado, todo mundo quer disputar o mercado. O mercado consumidor brasileiro é apetitoso porque é um mercado em crescimento que é o que tem sustentado a nossa economia, mesmo que o crescimento dê 1,5%. Ela fez o quê? Queda de juros. porque o curto dinheiro sendo menor é melhor. Para o Estado, a Federação é melhor porque ela arrola a dívida dela a um preço mais barato. Você tem um estoque de dívida que não sei nesse momento o quanto é e você arrolar a 12% é uma coisa e a 7,5% são 5% a menos. Então as medidas foram corretas, mas eu acho que era o caso de estudar, o governo federal, de que forma ela poderia compensar. Ela abriu um espaço fiscal, no caso da Bahia, de R$ 5 bilhões que supriu uma das minhas necessidades que é investimento. Por exemplo: eu terei e estamos buscando e já pegamos a primeira parte do empréstimo de R$1,4 bilhão e temos capacidade de tomar até R$5,3 bilhões. Só que esse dinheiro é carimbado para investimento. Portanto, é ótimo porque eu posso fazer estradas, vou investir R$600 milhões em segurança, melhorar delegacias, investir em presídios, fazer obras de infraestrutura, na área de água para o combate à seca, agora esse dinheiro não paga custeio. O custeio que eu falo é o dia a dia, é o pagamento de remédio, é gasolina, é telefone, é funcionalismo público.


Tribuna - O estado conseguiu diminuir os custeios?

Jaques Wagner -
Nós temos um programa contra o desperdício ao longo desses anos e tivemos uma melhoria substantiva no custeio. Não estou dizendo que o custeio está no ideal, mas houve uma melhora significativa, até porque as pessoas erram porque falam genericamente: - Ah, tem que ter um custeio menor e um investimento maior, isso só para entender. Na verdade tem que ter é um custeio bom. Por exemplo: você não quer que eu contrate mais policial? Todo mundo quer, então isso é custeio. Não quer mais veículos? Isso é custeio, pois eu alugo o carro. Eu construo um hospital e custa “x” e para eu mantê-lo anualmente ele custa 70% de “x”. Eu acho que a gente tem que combater o desperdício e o mau custeio, mas não tem jeito. A missão do Estado qual é? É prover serviços, segurança, saúde, educação, estradas. Tudo isso é serviço, pois eu tenho que manter médicos, também tenho que ter enfermeiros. O que eu quero dizer é que vamos ter um espaço para investimentos, mas estamos apertados ainda em custeios. Nesse aspecto, o ano de 2012, pelo menos no meu governo, foi o ano mais duro. É claro que se soma a isso a seca, que é o imponderável e que prejudicou muito a vida de muitos baianos que perderam seus animais, suas plantações e tiveram que se deslocar porque em alguns lugares a estiagem foi violenta. Tivemos que responder a isso tudo com medidas emergenciais, com carro-pipa, bolsa estiagem, dilatação no prazo do pagamento de dívidas para quem vive em área de emergência, cesta básica, tudo isso para amenizar, pois a seca foi dura e vai ter consequência ainda na economia mais para frente, pois quem perdeu seu gado, sua cabra, seu bode vai ter que recomeçar ano que vem. Portanto, a seca foi mais um elemento que eu diria que pesou para este ano de 2012. Mas, além do emergencial que eu falei, nós estamos com muita obra estruturante. Tem a Adutora de Algodão, eu já vou entregar agora a de Irecê, a Pedras Altas já está pronta para ser inaugurada, Serrinha, ou seja, estamos aumentando o volume de adutores para dar mais segurança hídrica, principalmente na região do semiárido, mas é um prejuízo. Depois, até em conse-quência da restrição econômica, nós tivemos particularmente na greve dos professores um momento, é claro, duro.


Tribuna - Faltaram habilidade e diálogo na condução das greves da PM e dos professores?

Jaques Wagner -
Pode ter faltado uma melhor condução do diálogo. Eu até me penitencio porque eu poderia ter ido mais pra frente diretamente desse diálogo, mas sempre tem aquilo, deixa a mesa acontecer com o secretário. E houve erros de parte a parte na condução desse diálogo. Política é diálogo, principalmente quando você está em tempo de cobertor curto, você tem que gastar mais tempo no atendimento do diálogo e da ponderação. Todo mundo merece ganhar mais. Eu tenho meu limite e realmente eu não posso ultrapassar uma série de coisas, porque se não posso acabar desarrumando totalmente as finanças do Estado, mas eu posso dizer que faltou ser melhor trabalhado esse diálogo e até a explicação da dificuldade que tínhamos. Então eu diria que foi um ano em que a crise da economia mundial bateu à nossa porta, tivemos uma seca dura que já é a mais dura dos últimos 50 anos aprofunda o problema. Em casa que falta pão, como se diz, todo mundo grita e ninguém tem razão ou todo mundo tem razão. Portanto, é um pouco do que acontece e temos que administrar. Eu quero registrar que, apesar da greve da Polícia Militar e dos professores, não dá para tirar como exemplo, óbvio que marcou, pois foi longa, etc., e a da Polícia Militar teve aquela característica toda que assustou a população, mas lembrar que em diversas outras categorias o diálogo conseguiu suplantar a restrição orçamentária e a nossa dificuldade. Eu posso garantir e é só pegar qual ou qualquer período de outro governo semelhante ao nosso, ou quatro anos ou seis anos, e eu posso garantir que todos os segmentos do serviço público tiveram reajuste de ganho real acima da inflação, maior do que qualquer período. Isso nós temos para mostrar. Mas, repare que, quando você é trabalhador, você está sempre lutando para melhorar. Isso não está errado. Portanto, nós fizemos muita negociação boa, está aí o plano de carreira, mas tivemos essa questão com os professores que eu acho que teve dificuldade de restrição, dificuldade de compreensão em relação ao piso porque muita gente queria que aquele percentual fosse repassado para todos os segmentos, e a ideia não é essa, além de ser difícil fazer isso por conta do custo. Em minha opinião, teve esse impasse que, graças a Deus, foi superado, aquilo que eu ofereci publicamente, até mesmo sem assinatura nós estamos honrando. Temos uma expectativa de melhorar em 2013. Eu acho que foi um ano muito duro, inclusive para o governo federal com a frustação de receita de R$30 bilhões a R$ 40 bilhões, mas creio que ultrapassamos. Eu queria registrar como ponto positivo a manutenção dos empregos, mesmo tendo esse caso da Azaléia, nós ultrapassamos 500 mil novos empregos de carteira assinada nos últimos seis anos. É uma marca que nunca foi atingida aqui no Estado. Esse é um elemento muito positivo e que ajuda, inclusive, na popularidade da presidente Dilma porque, mesmo com a crise, nós conseguimos manter uma satisfação da população brasileira. Todo mundo melhorou de vida no Brasil, desde o mais humilde até o mais rico. Há uma sensação de bem-estar importante, mesmo quando o mundo vive esse momento de dificuldade na economia. Essa foi uma conquista importante.

Tribuna - Há alguma frustração em relação ao que não teria avançado conforme o planejado?

Jaques Wagner -
Tem muita coisa que atrasou não por conta do dinheiro, mas porque vivemos em uma democracia jovem, as estruturas, em minha opinião, e a teia jurídica ainda não são as mais eficientes possíveis. Por exemplo: Porto Sul foram dois anos para uma licença prévia. Não estou acusando ninguém, mas estou dizendo que não sai do papel porque você está cumprindo uma determinação. Graças a Deus que a gente vive numa democracia, agora ela tem que combinar com agilidade necessária para aproveitarmos esse momento. Eu gostaria de ter andado mais com a ponte Salvador–Itaparica. Nós estamos encomendando uma consultoria para fazer a modelagem final. O metrô na interface com a prefeitura acabou não andando. Vamos ter que assinar com a próxima equipe do próximo prefeito. Agora é claro que eu também comemoro o Saúde em Movimento, o Minha Casa Minha Vida, o Água para Todos, que ultrapassa os 3 milhões de pessoas, o próprio relacionamento com a política, o volume de empresas chegando, como a JAC Motors, o Boticário, a Magazine Luiza, a energia eólica, o volume de empregos. Uma coisa que, óbvio, vai chegando o final do ano e não conseguimos os números que queríamos está ligada à segurança. A segurança ainda é um desafio para aqui, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e para o Brasil inteiro. É uma batalha de longo curso. Temos um planejamento muito bem feito. Vale lembrar que há um ano e meio estamos aplicando o Pacto pela Vida. Estamos nos reunindo pelo menos uma vez com a cúpula da segurança, cobrando, estabelecendo metas, premiações para a redução de homicídios, mas não alcançamos ainda o que queríamos. Tivemos a greve da polícia, que também foi um ponto fora da curva. Naquela quinzena, tivemos o dobro de homicídios. É óbvio que com mais dinheiro poderíamos fazer melhor, solucionando melhor essas questões. Tivemos uma eleição que eu considero boa, fizemos 350 prefeitos dentro da base. Perdemos em Salvador e Feira já não tínhamos, ganhando a oposição. Isso faz parte do jogo democrático. Eu tenho falado para todo mundo, nas reuniões com os prefeitos e os partidos, que quem não sabe encaixar uma derrota não será merecedor de uma vitória. Em minha opinião, é claro que eu queria ganhar. Não existe uma só razão, uma única causa para derrota. Acho que são muitas. O adversário conseguiu se apresentar como uma renovação e, apesar do PT particularmente não ter participado da segunda gestão de João, partidos da base participaram, o prefeito é do PP. Ele foi do PMDB, do PDT. Ficou uma confusão na cabeça das pessoas que nós éramos parte do fracasso da gestão e dessa insatisfação da população com o atual prefeito. É claro que nós também crescemos. Em 2004 tivemos 20% no primeiro turno, 30% em 2008, e 40% teve Nelson Pelegrino em 2012. Em 2008, nós perdemos para João Henrique por 18%, nessa perdemos por 7%. O que eu quero dizer é que houve um acúmulo. Lógico que o certo era ganhar, mas não houve decréscimo.


Tribuna - Mas as greves tiveram alguma conotação política?

Jaques Wagner -
Sempre tem. Eu tenho dificuldade de falar sobre esse tema porque quando eu fazia greve quando era do movimento sindical, apesar de ser do privado, pois a greve não questiona o governo quando ela vem de um segmento que está no privado, mas sim quando é da área pública. Mas sempre tinha aquela história:- Ah, essa greve é do PT porque está vindo a eleição. Eu não gosto de fazer esse reducionismo, mas também seria ingenuidade de minha parte achar que não tem esse problema. Tem inclusive a disputa sindical, que está presente, e quando você tem isso, em geral a liderança fica refém de uma lógica mais dura, radical. E óbvio que tem partidos de oposição. Que as oposições se aproveitaram da greve como elemento da greve não tenha dúvidas. Inclusive eu nunca vi uma cobertura tão intensa e generosa de uma greve, com links ao vivo. Não está aqui nenhum ingênuo e também porque não está nenhum ingênuo não adianta ficar aqui reclamando. Mas política tem, e ainda tem a partidária, como a daqueles partidos, como o PSTU, que acham que o PT virou partido de direita e, portanto, fazem o combate como eu já fiz ao governo e que não é do ramo. Nesse caso, os partidos conservadores ficam na arquibancada torcendo porque quando você não tem uma coisa melhor para apresentar, você conta para prosperar na política com os desgastes e deslizes dos outros. Por isso que o mensalão ganhou essa conotação toda, não estou dizendo que quem fez coisas erradas não deva pagar, tem que passar a mão pela cabeça, mas estou dizendo que na ausência de argumentos, de projetos, restou a oposição ao governo federal à busca da ética, como se eles fossem os detentores da prática da ética, e aí supervalorizaram o problema que é realmente um problema, mas que ganha um contorno porque tem quem queira se aproveitar. A mesma coisa é a greve. Não me consta que nenhum desses partidos políticos conservadores tenham sido defensores da melhoria do funcionalismo público estadual. Mas quando há uma greve, onde se reflete o prejuízo, as crianças ficam sem ir para as escolas e as famílias sofrem e há esse desgaste e acaba que apontam para a figura do governador. Com isso, a moçada do outro lado que nunca foi em uma assembleia de professores diz:- É isso mesmo. Há ainda um espaço para brotar alguns ransos ideológicos, de quem não gosta do PT e o preconceito.


Tribuna - Como avalia a infraestrutura do Estado?

Jaques Wagner -
Tem muito projeto pronto e que vai começar a rodar agora. Tem que conseguir a licença e tem que ultrapassar dificuldades que são colocadas pelo Tribunal (TCE) que acha que isso ou aquilo não está certo. Mas eu cito a Fiol, que é a obra do século, junto ao Porto Sul. Vamos fazer o novo porto de Ilhéus, há um compromisso da presidenta Dilma de duplicar a 101, desde Mucuri a Feira de Santana. Nós já estamos construindo a nova torre do Aeroporto de Salvador, temos compromisso de construir a segunda pista, vamos melhorar o receptivo. A presidenta lançou hoje a previsão de investimentos para vários aeroportos da Bahia. Nós temos que fazer nessa modelagem o Porto Sul e a melhoria do Porto de Salvador. Melhoramos seis mil quilômetros de estradas. Agora nós não tínhamos projetos robustos, mas com a Ferrovia Oeste Leste entramos na malha ferroviária, a presidenta já se comprometeu a fazer a ferrovia Belo Horizonte–Salvador, ou seja, que é um pedaço da antiga FCA. Na área eólica e de energia, estamos crescendo bastante. Temos o gasoduto desde o Espirito Santo até Catu, portanto temos potencial para oferta de gás. Estamos com um grande estaleiro que será um grande empregador de mão de obra e construtor de plataformas para a Petrobras. Hoje temos uma visão muito clara de que é preciso melhorar a logística, agora isso é projetando para 2014 e 2015.


Tribuna - A pasta de meio ambiente poderia ter ajudado mais no processo de desenvolvimento do estado, dando mais celeridade à emissão de licenças?

Jaques Wagner -
Eu acho até que já fizemos uma caminhada que é até mal compreendida por alguns. Eu acho que nós conseguimos evoluir muito na área de meio ambiente, simplificando alguns processos. Eu sou contra qualquer tentativa de demonizar a área de Meio Ambiente, a luta pelo meio ambiente, que eu acho que é pauta, é obrigatória. Eu sou contra aqueles que querem criar obstáculos pra tudo e não deixar fazer nada, que aí nem ajuda o meio ambiente nem ajuda o desenvolvimento. Tanto lá no Oeste, para atividade agrícola, como na questão de licenciamento, nós somos referência para muitos estados. O licenciamento do Porto Sul, nós fizemos um trabalho excepcional, com sete audiências públicas. É óbvio que todo empresário reclama que os licenciamentos demoram muito, mas eu acho que já demorou muito mais.

Tribuna - Como avalia a insegurança jurídica existente hoje e se isso afasta investidores da Bahia?

Jaques Wagner -
Ela pode vir a afastar, por enquanto não afastou. A questão da reforma tributária precisa ser feita porque ela, sim, é uma insegurança jurídica muito grande, pois os estados, para atrair investimentos, oferecem vantagens fiscais, inclusive à Bahia. Essas vantagens são questionadas pelos estados mais ricos no Supremo Tribunal Federal, que recepciona algumas dessas demandas, pois considera que, ao não ter sido aprovado no Confaz Nacional, qualquer estímulo fiscal, ele é ilegal. Toda empresa gasta muito com o chamado tributário, então eu acho que no ponto de vista do arcoboço legal brasileiro, nós ainda temos processos muito lentos e que perduram 10, 15 anos na Justiça, é isso que o empresário não entende. Ele quer saber o que ele tem que pagar e vai pagar e acabou. Eu não quero pagar para manhã ou depois alguém dizer que pagou, mas não foi corretamente. Por isso que sou defensor da reforma tributária, porque ela tiraria do caminho metade dessa insegurança jurídica.

Tribuna - A Casa Civil tem correspondido ao perfil de eficiência e acompanhamento da gestão aguardado pelo senhor?

Jaques Wagner -
Olha eu acho que tanto a secretária Eva (Chiavon), que fez um trabalho muito positivo de coordenação, como o secretário Rui (Costa) e o Carlos de Melo cumpriram bem. Ele cumpre esse papel de supervisionar não tudo, mas os projetos prioritários, e de cobrar, fazer uma cobrança antes do governador e preparar a cobrança do próprio governador. Sempre é duro porque você tem que cobrar dos colegas secretários. Mas todos corresponderam ao perfil que eu esperava. Nós às vezes temos uma corrida de obstáculos para alcançarmos o objetivo. A gente vive um pouco a república da desconfiança, então tudo é muito engessado. Por exemplo: Eu vou tomar um empréstimo e quando está tudo pronto alguém diz que teve tal convênio que a prestação de contas não foi aceita. Essa reclamação é geral. Fazer rodar a máquina do Estado ainda é muito pesado.


Tribuna - O que falta ao Planejamento para ele deslanchar na interlocução e na busca por mais pujança nas ações do governo?

Jaques Wagner -
Olha é ruim até nós falarmos isso após seis anos, mas a máquina é muito arcaica no ponto de vista de utilização de infraestrutura tecnológica. Agora estamos com uma embocadura de planejamento muito maior do que o que era. Não dá para dizer que nós não temos essa pujança, pois veja que eu falei que temos a JAC Motors, Magazine Luiza, Boticário, Casas Bahia, eólica, nós temos alguns bilhões em carteira para investir. Eu devo estar indo para a China agora já com 4 coisas que podem vir na área de petróleo e automóveis.


Tribuna - A pasta de administração penitenciária tem atendido às suas expectativas, sobretudo, na política de ressocialização dos presos?

Jaques Wagner -
Esse desafio é muito grande. Nós temos deficiência no sistema prisional como o Brasil todo tem. Entregamos o presídio de Eunapólis, temos garantido o de Barreiras, o de Vitória da Conquista. Estamos preparando uma PPP para a região de Feira de Santana e queremos fazer mais um presídio aqui. Mas nós temos várias iniciativas e eu destacaria as Centrais de Acompanhamento de Penas Alternativas, onde já instalamos 10 no interior, sendo uma opção ao presídio. Crimes de baixo impacto eu não vejo porque jogar todo mundo em delegacia e presídio. O secretário Nestor tem feito um esforço para a questão da ressocialização, implantando uma série de programas, inclusive uma parcela de trabalhadores da Arena Fonte Nova foi egressa dos presídios. Agora, como o volume é grande demais, a questão do crime - o crack virou uma endemia - fica difícil.

Tribuna - Como avalia a área de segurança pública?

Jaques Wagner -
A área de segurança é um desafio. Acredito muito no planejamento, acredito muito no secretário (Maurício Barbosa). Ele é uma pessoa que é totalmente do ramo, sendo respeitada, inclusive, fora daqui. Temos conseguido sucesso no combate aos grandes chefes do tráfico, a maioria deles está presa ou tombou no confronto com a polícia, há inclusive um processo de guerra na sucessão do tráfico. Eu creio que o planejamento que temos para segurança é o melhor, agora os resultados se colhem em dois anos. Ele está com um ano e meio, em geral todo mundo colhe os frutos com dois anos. Renovamos mais de três mil veículos da frota, contratamos 12 mil policiais, vamos fazer mais concursos públicos. Agora como eu te disse o problema da segurança pública tem se amplificado de uma forma muito grande, o governo federal está preocupado e se cobra um controle de fronteiras maior, pois entra drogas e armas, e a gente fica aqui quase que enxugando gelo porque ficamos na ponta.

Tribuna - Após o desgaste com a greve dos professores, o que deve ser mudado na pasta da Educação?

Jaques Wagner -
Na verdade, quem conduziu a negociação foi a Secretaria de Educação e Administração. Ambas tiveram erros. Eu acho que a mesa não foi bem conduzida, com assinaturas de questões que depois ficaram dúbias, porque foi falado de um jeito e depois virado projeto de lei de outro. Foi mal conduzida. Nós estamos reforçando essas equipes para obtermos resultados melhores. Mas eu insisto que nós não podemos desqualificar por conta desse acidente, pois em seis anos fechamos um grande número de acórdãos. Vale especificar que a greve, principalmente a dos policiais, não foi conduzida por uma questão interna, mas foi muito mais produzida por uma questão do movimento nacional da PEC 300.


Tribuna - Já tem definição sobre os substitutos da Sedes, Sedur e de Relações Institucionais? Quem ocupará esses postos?

Jaques Wagner -
Não tem nenhuma reforma administrativa, mas ajustes. Eu creio que isso deve acontecer em janeiro, o que tiver de acontecer, mas esse é um processo muito solitário que você tem que amadurecer na cabeça. Nem confirmo que todas essas áreas que você citou necessariamente passarão por mudanças. Repare que estou na segunda metade do segundo governo, faltando dois anos, de tempo útil mesmo de governo é menos, porque em julho (2014), os partidos todos já fizeram convenção. Portanto, ninguém vai poder chegar e inventar a roda. Quem chegar chega para tocar o que já foi planejado.

Tribuna - Mas existe alguma tendência de abrigar aqueles que não conseguiram êxito?

Jaques Wagner -
Não é impossível, mas também não tenho nenhuma obrigação com isso. Posso chamar algum quadro que eu possa considerar bem, mas tem vários parceiros do projeto que ou terminaram o mandato e ou não conseguiram. Por exemplo, Moema e Caetano terminaram o mandato. Valmir de Amargosa, Orlandinho de Cruz das Almas e por aí vai. Alguns não conseguiram fazer sucessor, outros conseguiram e outros não conseguiram se reeleger.

Tribuna - Em Salvador, as obras do governo vão tomar um novo ritmo?

Jaques Wagner -
Repare, eu sempre acho injusto que se falem que nós não fizemos nada em Salvador. Mas, nós fizemos o Hospital do Subúrbio, a reforma do Tissila Balbino, a reforma do Batista Caribé, a duplicação dos leitos no Hospital de Cajazeiras, o Roberto Santos acabou de inaugurar a emergência e outro ambulatório, fizemos a Via Expressa que é uma bela obra viária com 650 desapropriações, o Complexo Dois de Julho, a Fonte Nova, a UPA de Escada, fizemos 13 postos de Saúde da Família, as oito bases de segurança, então tem muita coisa. Agora, repare: asfalto não é comigo, iluminação pública não é comigo, posto de saúde funcionando não é comigo, quando eu digo isso não é que eu não tenha responsabilidade, mas existe uma divisão de tarefas e isso é lá. A orla tombou não foi por causa de mim, tombou por causa de um jogo, bravata, tomou o caminho do enfrentamento ao invés do diálogo com o Judiciário, frustrando o povo de Salvador que adora ir pra praia. Eu tenho projeto para essa orla e já conversei isso com o prefeito eleito que esteve comigo. Tinha o metrô que já era pra ter assinado e não assinaram. Eu tenho projeto, como a 29 de Março, a Gal Costa, a Pinto de Aguiar, eventualmente vamos fazer o contorno de São Cristóvão para melhorar o tráfego ali, tem o próprio metrô. Muitas dessas coisas poderiam ter agilizado, agora eu só quero ressaltar que nós não estamos em outros tempos onde a prefeitura era uma mera secretaria do governo.

Tribuna - Então o senhor quer dizer que poderia ter feito muito mais se houvesse uma maior sintonia com a gestão do prefeito João Henrique?

Jaques Wagner -
Não é nem sintonia, pois sintonia de conversa não faltou. Eu não quero ficar falando do passado.

Tribuna - Como avalia as críticas de João Henrique, de que seus adversários políticos influenciam e pressionam a imprensa e órgãos de controle contra ele, por medo da disputa de 2014?

Jaques Wagner -
Sem comentários. Não tem sentido.

Tribuna - Existe uma expectativa de o governo assumir as obras e a entrega do metrô para a população. Como está esse processo?

Jaques Wagner -
Vai depender da assinatura da prefeitura que ainda não assinou. A hora que eu botar a licitação na rua e der ordem de serviços, 18 meses é o prazo que nós temos para entregar o trecho até Pirajá.

Tribuna – Pode estar pronto na Copa?
Jaques Wagner - Não. Não tem nenhuma promessa de ir para Copa isso e nem interfere na Copa. Na verdade, uma Copa tem essa capacidade, como você vai se preparar para uma grande festa então você prepara uma série de outros projetos que vão ficar. A própria Fonte Nova será o grande legado da Copa do Mundo, pois é uma grande Casa de Espetáculos e um Centro Esportivo. Vai ter um centro de Convenções ali dentro, com grande estrutura para 10 mil pessoas, com restaurantes e boa capacidade de atendimento. Agora o metrô? O turista que vem não vai andar de metrô. Vai andar de van, de ônibus fretado, turístico, de táxi. Serão 18 meses após a ordem de serviço para entregar Pirajá, e depois 36 para a obra completa até Lauro de Freitas.

Tribuna - Qual a explicação para os desgastes como a demora em resolver a obra da passarela de Pituaçu e viabilizar as ciclovias?

Jaques Wagner -
É assim mesmo. Nós entregamos Pituaçu em tempo recorde e óbvio que o pessoal agradece. E aí vem uma bobagem, logicamente uma bobagem frente à obra de Pituaçu, em um desentendimento com empreiteiros realmente atrasou, e ficamos com aquela passarela que virou um ícone. E esse foi o jogo da oposição. Mas, agora já foi entregue e está bem bonita. Estamos entregando a Fonte Nova dentro do prazo, entregamos Pituaçu rápido e a obra da Via Expressa que é uma obra monumental, e aí vem um negocio que para, mas parou por isso, porque tivemos que, por um desentendimento, rompermos com o empreiteiro.

Tribuna - No processo de sucessão do seu governo para 2014 aparecem três nomes que compõem a sua equipe e que são do PT. Qual tem mais chance de se viabilizar? O secretário Rui Costa é o seu favorito?

Jaques Wagner -
Olha, todos os três têm possibilidades de se viabilizar. Obviamente não posso colocar aqui minhas preferências, se- não vai ficar sem graça o jogo, até porque eu posso ter seguramente as minhas preferências no ponto de vista de relacionamento e de história, mas a minha preferência não é que preside a escolha. Pelo menos não é só isso que preside a escolha, pois tem a conjuntura, você tem que avaliar, medir quem pode se viabilizar mais ou menos. Nós vamos fazer agora, espero que ao final do primeiro semestre de 2013 nós já possamos ter tido as conversas necessárias para alinhavar isso, até porque o PT pretende e eu considero que tenha legitimidade para comandar esse processo de sucessão, então para isso ele precisa se preparar rápido.

Tribuna - Caso um nome do PT se viabilize, numa dividida entre Otto Alencar e Marcelo Nilo quem pode ser alçado ao posto na sucessão do senhor?

Jaques Wagner -
Não adianta que eu não vou fazer especulação (risos).

Tribuna - Mas o senhor já disse que caso o PT não viabilize um nome existe a possibilidade de abrir espaço para um aliado.

Jaques Wagner - O que eu disse foi o seguinte: - Não há obstrução e interdição a ninguém ser candidato. Quem trabalha em coletivo de aliados não pode dizer: - Ah, eu só aceito fulano. Mas eu quero deixar bem claro que há a legitimidade do PT de pleitear. E no caso, o PT tem nomes. Tem o senador (Walter Pinheiro), tem o ex-presidente da Petrobras (José Sérgio Gabrielli), tem o deputado federal que foi o mais votado que é o secretário da Casa Civil (Rui Costa). O senador teve mais 3 milhões de votos, tem o presidente da Petrobras que por si só já carrega um potencial e tem o deputado que é o mais votado.
Tribuna - O prefeito de Camaçari Luiz Caetano ficaria de fora? Jaques Wagner - Não diria que ficaria de fora, mas eu acho que hoje os nomes que mais pesam são esses três.

Tribuna - Pra finalizar, o ex-presidente Lula tem sido vítima de um desgaste muito grande. Como o senhor avalia essa questão?

Jaques Wagner -
Em minha opinião está havendo um certo vazio de projetos na oposição brasileira. Você não vê um grande debate, você não vê uma grande proposta político-administrativa para o país. O PSDB, de uma certa forma, foi abalroado em sua grande sede que é São Paulo, um de seus líderes, quadros idem, saiu bastante desgastado do processo eleitoral, o que esta levando seus aliados a se incomodaram. O DEM, por exemplo, não deve ser confortável ser coadjuvante de um partido na oposição que não consegue capitanear a oposição. O DEM em São Paulo, que é aliado do PSDB, diminuiu o número de prefeituras, assim também aconteceu em Minas. Eu não acho que esteja confortável a posição daqueles que não são protagonistas principais e que têm um perfil para o poder, como é o caso do DEM que sempre foi PFL grande. Eu acho que esse vazio de poder acaba remetendo – aí eu não estou reclamando ou criticando, pra mim alguns exageros há – via a imprensa ou mesmo a política reduzindo a oposição à construção da oposição no desgaste da situação e não na oferta de um projeto novo. Aí vem a CPI do Mensalão, não funcionou, pois Lula e Dilma foram eleitos. Veio o julgamento do Mensalão e Fernando Hadad foi eleito, claro que teve uns desgastes, mas foi eleito. Deve ter alguns gaiatos doidos para dizer que o brasileiro não sabe votar. Porque tem aqueles caras que se consideram os donos do pensamento do brasileiro que quando a sociedade, o povo não os acompanha surge aquela célebre frase de que o povo votou contra a opinião publica, como se esse fosse um patrimônio de alguns iluminados. Quem é a figura que realmente carrega o emblema do combate ao governo? É Aécio (Neves)? É Eduardo (Campos) ? Na verdade o que querem é rachar o bloco da situação. Então quando faltam temas nobres aí a política acaba se reduzindo à mesquinharia. Eu não estou dizendo que não deve se combater, nunca se combateu tanto a corrupção como nos governos Lula e Dilma. O PT, não ele sozinho, mas a sociedade brasileira, mas o PT conduzindo esse processo há dez anos, criou um ambiente de tal consolidação da democracia que permite que o país não seja abalado, quando se tem um julgamento de seis meses, envolvendo figuras emblemáticas do PT. Não ruiu a república. Isso para mim é um dado positivo.

Tribuna - Qual a expectativa para 2013 e sua mensagem para os baianos?

Jaques Wagner
- Para 2013 minha expectativa é positiva. O custeio vai continuar apertado, mas eu vou poder continuar o meu programa de estradas. Vou fazer um programa de investimentos em escolas, presídios, delegacias, em Água Para Todos, etc. Espero que a crise internacional cesse e a Europa comece a reagir e que possamos crescer 3,5%, 4% e que consigamos manter o nível de emprego e melhorar os números da segurança. A minha mensagem é de otimismo porque não tem como não reconhecer que 2012 é muito melhor do que o de 2002. O nível de satisfação do cidadão brasileiro melhorou. Por isso a oposição começa a ficar nervosa, pois se o povo está satisfeito tende a continuar confiando no projeto.


Fonte: Entrevista concedida aos jornalistas a Fernanda Chagas e Osvaldo Lyta/colaborou Lílian Machado/reprodução Tribuna da Bahia