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sábado, 18 de maio de 2019

Caso Flávio Bolsonaro: Defesa de Queiroz pede anulação de quebra de sigilo

Defesa de Queiroz pede à Justiça anulação de quebra de sigilo no caso Flávio
Foto: Reprodução / O Globo
A defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia do Rio, pediu nesta sexta-feira (17) ao Tribunal de Justiça a anulação da decisão que determinou as quebras de sigilos bancário e fiscal dele e sua família.


A quebra dos sigilos, que atinge o filho do presidente Jair Bolsonaro, Queiroz, outras 84 pessoas e nove empresas, é o primeiro passo judicial de investigação após um relatório do governo federal ter apontado há mais de 500 dias movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta bancária de Queiroz.



Além do volume movimentado na conta de quem era apresentado como motorista de Flávio, chamou a atenção a forma com que as operações se davam: depósitos e saques em dinheiro vivo, em data próxima do pagamento de servidores da Assembleia, onde Flávio foi deputado durante 16 anos (2003-2018).



Para os representantes de Queiroz, a decisão do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, não fundamentou a necessidade de afastamento dos sigilos de modo suficiente. A justificativa do magistrado toma um parágrafo do documento, adotando as razões expostas pelo Ministério Público em 87 páginas.



"O juízo decretou a quebra do sigilo bancário e fiscal de quase uma centena de pessoas por ser 'importante para a instrução do procedimento investigatório criminal', sem nada mais a dizer, sem avaliar se as pessoas alcançadas tinham ou tem qualquer mínima relação com a investigação, o que denota ser a decisão ora guerreada não só carente de fundamentação idônea, mas sim, ao revés, carente de qualquer embasamento legal", diz o habeas corpus do advogado Paulo Klein.



Queiroz já admitiu que recebia parte dos valores dos salários dos colegas de gabinete. Ele diz que usava esse dinheiro para remunerar assessores informais de Flávio, sem o conhecimento do então deputado.



Klein afirma ainda que o pedido de quebra de sigilo é produto de uma investigação que não teve outras diligências à exceção de relatórios do Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras). Ele apresenta decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) em que tal procedimento foi considerado ilegal.



O Ministério Público diz no pedido de quebra de sigilo, contudo, que uma das razões para a necessidade da medida é versão apresentada pela própria defesa de Queiroz de que o ex-assessor recebia parte dos salários de colegas do gabinete.



Para a Promotoria, a prática já dá indícios robustos para o crime de peculato, ainda que considerem a versão frágil. Há suspeita de que Queiroz se apropriava do dinheiro para fins ainda incertos.



A defesa nega e afirma que não houve desvio de finalidade, já que o dinheiro continuou a ter como objetivo o auxílio ao mandato do então deputado estadual. E atribui à promotoria a responsabilidade de provar que a versão é falsa.



Os promotores também relatam no pedido outras diligências, como ofícios à Assembleia e pedidos de imagens de câmeras de agências bancárias.



Klein também afirma no habeas corpus que o Ministério Público omitiu que Flávio Bolsonaro era um dos alvos da investigação, o que exigiria na época autorização do Órgão Especial do TJ-RJ, em razão do foro especial de deputados estaduais.



"Atendendo a interesses políticos no mínimo estranhos a uma investigação criminal, o procedimento investigatório de origem, desde os seus atos iniciais, acabou sendo contaminado por diversas e insanáveis ilegalidades", escreve o advogado.



Essa é a primeira medida judicial da defesa de Queiroz contra a investigação.



No caso de Flávio, uma comunicação do Coaf se refere a 48 depósitos sequenciais de R$ 2.000 em espécie em sua conta bancária de 9 de junho a 13 de julho. O senador afirmou que esses valores se referem a uma parcela do pagamento que recebeu em dinheiro pela venda de um imóvel no período e que foram depositados por ele mesmo num caixa eletrônico. 



Antes da quebra de sigilo, Flávio tentou por duas vezes paralisar na Justiça as investigações do caso, sob o argumento de quebra ilegal de sigilo bancário. O filho do presidente perdeu no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Tribunal de Justiça do Rio.


Conforme as decisões, a mera solicitação de manifestação do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) não constitui quebra de sigilo.

fonte:Folhapress/18/05/19 -17h39min.

Moradores jogam pedras em casa de vizinha que mudou senha do Wi-Fi; assista

Moradores da cidade de Santa Marta, na Colômbia, se enfrentaram com pedras, facões e pedaços de pau após uma moradora trocar a senha do Wi-Fi da própria casa, no início desta semana.
Segundo autoridades locais, a mulher mudou a senha do serviço de internet alegando que nunca havia recebido de uma vizinha o pagamento mensal acordado para que ela utilizasse a rede.
Quando a vizinha, que não fez o pagamento, decidiu tirar satisfação sobre a senha com a proprietária, a confusão foi instalada no bairro El Oasis. O caso, claro, terminou na polícia.
Durante a confusão, uma mulher grávida, que estava na rua no momento da briga, acabou atingida por uma pedra e levada para o hospital. Segundo a TV Caracol, por conta do incidente, o parto teve de ser antecipado. Apesar do susto, o bebê passa bem.
Ao identificar a barraqueira que começou a confusão, a polícia informou ainda que ela já cumpria prisão domiciliar.
Agora, os moradores estão recolhendo assinaturas para solicitar que ela seja expulsa do bairro, pois já era conhecida como uma pessoa "problemática" e que "sempre criava confusões".

fonte:Bnews 18/05/19

Em Salvador: ACM Neto 'corretamente insiste' em manter evento da ONU sobre clima, diz Marina Silva

ACM Neto 'corretamente insiste' em manter evento da ONU sobre clima, diz Marina Silva
Foto: Divulgação
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), defendeu o pedido do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), de manter a Semana do Clima na capital baiana, entre os dias 19 e 23 de agosto, mesmo sem apoio do governo federal. O evento é da Organização Nação das Unidas (ONU).


Para Marina, causa "espanto de todos os lados" o cancelamento do evento assim como a acusação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de que foi encontrado indícios de irregularidades e "inconsistências" no Fundo Amazônia .

"O ministro do Meio Ambiente cancela a reunião preparatória da Convenção do Clima da ONU em Salvador. O prefeito corretamente insiste em mantê-la. Financiadores internacionais se dizem perplexos com as acusações do ministro sobre o Fundo Amazônia. O espanto é de todos os lados!", disse Marina, em uma postagem no Twitter.

CANCELAMENTO



A Semana do Clima seria em Salvador, mas foi cancelada pelo ministro do Meio Ambiente, com o argumento de não tinha motivo para ocorrer no Brasil, já que o COP-25 também não vai acontecer no país. Apesar disto, o prefeito ACM Neto pediu aos organizadores da ONU para manter o evento, mesmo sem apoio federal (veja aqui).


O Ministro do Meio Ambiente cancela a reunião preparatória da Convenção do Clima da ONU em Salvador. O prefeito corretamente insiste em mantê-la. Financiadores internacionais se dizem perplexos com as acusações do ministro sobre o Fundo Amazônia. O espanto é de todos os lados!
fonte:Bnotícias 18/05/19 -12h:43min.

Docentes da UEBAs: Vice-presidente da ANDES critica alteração no regime de DE e diz que Rui engessa carreira

[Categoria de professores universitários critica alteração no regime de dedicação exclusiva e diz que Rui engessa carreira]
Blume  diz que Rui está atacando o plano de carreira foto:Wagner Souza/BNews

O vice-presidente da ANDES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil), professor Luiz Blume criticou a alteração do Estatuto do magistério e condução de diálogo governo estadual com os professores grevistas. A greve das universidades estaduais da Bahia já dura 38 dias e os professores permanecem sem acordo. Em conversa com o BNews, Blume, que integra o sindicato nacional dos professores universitários, citou alguns pontos polêmicos, um deles é a dedicação exclusiva. 
Os professores universitários têm três regimes de trabalho na universidade, 20 horas, 40 horas e dedicação exclusiva. O regime de dedicação exclusiva determina que o professor vai se dedicar integralmente a universidade, sem ter outro vínculo empregatício. “O professor apresenta um projeto de extensão de pesquisa ou entra num concurso já previsto a dedicação exclusiva, ai o departamento aprova o plano de trabalho. A nossa função é dar aula, fazer pesquisa e fazer extensão”, explicou Luiz Blume.  
O artigo 22 do Estatuto do Magistério Superior da lei nº 8.352, de 2002, prevê a redução de carga horária em sala de aula, para que docentes em regime de trabalho de dedicação exclusiva possam atuar mais tempo em pesquisa, extensão e pós-graduação, orientação de mestrado, doutorado, etc.  Conforme o estatuto a carga horária seria de 8 horas de aula. 
Em dezembro de 2018, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) aprovou a lei 14.039/2018 que revoga o art. 22 da lei nº 8.352, ou seja, o professor pesquisador não poderá ter uma redução para 8 horas, e sim, no mínimo 12 horas de aula. O ato foi criticado pelo vice-presidente. A lei também extinguiu e alterou critérios de algumas gratificações.  
No dia 8 de maio, o Tribunal de Justiça da Bahia determinou que o Artigo 22 do Estatuto do Magistério Superior, revogado pelo governo estadual (Lei 14.039/2018), passasse a ter efeito. A decisão do Pleno foi por unanimidade. A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi solicitada pelo Fórum das ADs e encaminhada pelo PSOL. 
Em abril deste ano, a AL-BA aprovou o projeto de Lei 23.096/19, alterando o Estatuto do Magistério Público das Universidades do Estado da Bahia (Lei 8.352/02). A modificação no Estatuto permite ao professor de dedicação exclusiva o afastamento total ou parcial para exercer as funções de secretário ou ministro de Estado. O PL ainda não foi sancionado. 
“A gente entende que ele [Rui Costa] fez isso para reduzir os custos da universidade. Por outro lado, ele está colocando uma cláusula de Barreiras para impedir que os professores que tenham menos de 10 anos para se aposentar solicitem o trabalho para dedicação exclusiva. Isso é um ataque direto ao estatuto, porque quem tem que decidir se é importante ou não o professor ter dedicação exclusiva para fazer o projeto é o departamento. Todas as universidades com maior número de dedicação exclusiva, melhor para elas, porque terá o corpo docente que vai se dedicar exclusivamente. Ele está atacando o nosso plano de carreira”, questionou Blume.  
Ainda conforme o vice-presidente da ANDES, Rui Costa mexeu no estatuto para beneficiar reitores que tem se tornado secretários, que é conhecido como lei Adélia (ex-reitora da Uesc, Adelia Pinheiro). Então, os reitores que se tornem secretários de Estado podem ser liberados da função de professor mantendo o regime de dedicação exclusiva. “O professor vai sair da universidade a serviço do governo, não do Estado, e vai manter a ADE. Então ele faz dois pesos e duas medidas. Um peso que ataca a ADE com regime de trabalho e outro que beneficia dois reitores”, pontuou. 
Pauta de reivindicações


Ainda conforme Luiz Blume, a reivindicação tem dois pilares essenciais, reajuste salarial e direitos trabalhistas. 
“Estamos sem reajuste salarial há quatro anos, maior arrocho em 20 anos. O governo não apresenta nenhuma contra-proposta de política salarial do servidor público. Ele está indicando que não vai ter por mais quatro anos, então vamos ficar mais 8 anos. Essa é a política do Partido dos Trabalhadores da Bahia?  Segunda questão é o direito, nossos direitos estão sendo rasgados, planos de carreiras destruídos, promoções e progressões barrados. O governo está tratando como se a progressão na carreira fosse um reajuste salarial e não é”. 

Ele explicou ainda que o professor universitário tem categorias diferente dos outros. Inicia como professor auxiliar, com graduação ou especialização; professor assistente, com mestrado; professor adjunto, com título de doutor; professor titular que necessita ter um projeto de pesquisa e professor pleno que consolida a carreira acadêmica com a linha de pesquisa. “A cada dois anos podemos subir de nível e o governo vem retendo, segurando a carreira. Nós temos que valorizar a carreira do professor porque valoriza a própria universidade. 
Bnews tentou contato com o secretário de Educação do Estado, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento dessa matéria. 

fonte:BNews 18/05/19 -10h

Bolsonaro sanciona projeto que isenta partidos de multas por infrações


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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) sancionou nesta sexta-feira (17) projeto aprovado pelo Congresso que anistia multas aplicadas a partidos, entre elas as decorrentes da não aplicação de ao menos 5% das verbas públicas para a promoção e difusão da participação política das mulheres. O texto aprovado diz que não sofrerá punição, como ter as contas rejeitadas, o partido que tiver usado estes recursos para financiar campanha de candidatas mulheres até as eleições de 2018.
Este uso alternativo foi proibido pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2018. No entendimento da Corte, recursos de incentivo à participação das mulheres na política são diferentes do dinheiro que financia campanha de candidatas específicas. O projeto também diz que os partidos que ainda tenham saldo desses recursos de anos anteriores poderão utilizá-los para a finalidade original, ou seja, para os programas de incentivo à participação feminina. 
Bolsonaro é do PSL, partido que é investigado em Minas Gerais e Pernambuco sob suspeita de desvio de recursos públicos por meio de candidaturas femininas de fachada. Os casos foram revelados pela Folha de S.Paulo.

fonte:BNews

Saúde: Cientista brasileira cria caneta que detecta câncer durante cirurgia

Cientista brasileira cria caneta que detecta câncer durante cirurgia
Foto: Reprodução / Youtube
Um instrumento parecido com uma caneta e que tem a capacidade de detectar células tumorais foi criado pela cientista brasileira Livia Schiavinato Eberlin, de 33 anos. Com formação em Química pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), e chefe do laboratório de pesquisa da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, Lívia iniciou o estudo que culminou na elaboração do equipamento há quatro anos.

Segundo o portal Uol, o dispositivo é capaz de extrair moléculas de tecido humano e apontar, no material analisado, a presença de células cancerosas. A tecnologia está em estudo, mas já teve resultados promissores ao ser usada na análise de 800 amostras de tecido humano. 

Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo, a pesquisadora explicou que o objetivo da caneta, chamada de MacSpec Pen, certificar, durante uma cirurgia oncológica, que todo o tecido tumoral foi removido do corpo do paciente.

"A caneta tem um reservatório preenchido com água. Quando a ponta dela toca o tecido, capta moléculas que se dissolvem em água e são transportadas para um espectrômetro de massa, equipamento que caracteriza a amostra como cancerosa ou não", explicou a cientista.

fonte:BN

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Concurso Auditor Fiscal: Estado convoca candidatos para provas no dia 26/05


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imagem:reprodução/google
O Governo do Estado publicou nesta sexta-feira, 17, a lista dos convocados para as provas objetivas e discursiva do concurso público de auditor fiscal, que serão realizadas no dia 26 deste mês, em Salvador. A relação foi divulgada no Diário Oficial do Estado (DOE). 
Os locais das provas serão informados aos candidatos por meio de cartão, por e-mail, além de pode ser consultado no site Fundação Carlos Chagas (FCC), organizadora do certame.
Caso o cartão não chegue até três dias antes da prova, deverá entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Candidato (SAC). São oferecidas 60 vagas, sendo, sendo 24 são para a área de Administração, Finanças e Controle Interno; 17 para Tecnologia da Informação; e 19 para Administração Tributária. Informações de atardeonline.

Economia: Dólar sobe e fecha aos R$ 4,10

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Investidores cautelosos com a cena política interna e novos capítulos na disputa comercial entre EUA e China pressionam a moeda

A cotação do dólar continuou a sua escalada nesta sexta-feira, 17. A moeda norte-americana subiu 1,6% e  fechou negociada aos 4,10 reais para a venda. É a maior cotação desde 19 de setembro de 2018, quando atingiu 4,12 reais. Naquela época, tensões causadas pela corrida eleitoral ditavam o rumo da moeda americana. Na semana, o dólar acumulou ganho de 4%.
Novos capítulos na disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, além de investidores cautelosos com a cena política interna, foram responsáveis pelo aumento. “Houve uma escalada de aversão a risco que pegou o brasil em cheio essa semana”, resumiu Pablo Syer, diretor da corretora MiraeAsset. 
Segundo ele, somou-se a esse cenário a posição da agência de classificação Fitch Ratings. Na véspera, o diretor da agência no Brasil, Rafael Guedes, disse que apenas a aprovação da reforma da Previdência não é suficiente para elevar a nota de investimento do país – que hoje está em BB-, três degraus abaixo do grau considerado de baixo risco. “
Para Thiago Salomão, analista da Rico Investimentos, além da aversão do mercado quanto a falta de articulação política do governo para a aprovação de reformas, é possível que o mercado esteja “testando” o Banco Central quanto uma intervenção no cenário.

fonte:Veja c/adaptações

Após ações afirmativas: Negros e pardos são 51% nas universidades federais, diz pesquisa

foto:reprodução Ag. Brasil/Valter Campanato


Passados 14 anos desde o início incipiente das ações afirmativas em universidades, os estudantes negros e pardos são maioria entre os estudantes das universidades federais do País. É o que aponta a Pesquisa Nacional de Perfil Socioeconômico e Cultural dos(as) Graduando(as) das Instituições Federais do Ensino Superior, que apresentou resultados de sua quinta edição na quinta-feira 16.
A partir de 2003, ano em que a pesquisa incorporou o critério de raça, nota-se um crescimento da participação de pardos e pretos. Os alunos identificados como brancos, que eram 59,4% dos estudantes, passaram a ser 43,3% em 2018. No últimos quatro anos, esse aumento foi de 3,6 pontos percentuais — em números absolutos, os pretos e pardos somam hoje 613.826 estudantes; os brancos, 520.008.
O estudo, conduzido Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace), vinculado à Andifes, tem o objetivo de traçar um perfil médio socioeconômico e cultural dos estudantes e, a partir do diagnóstico, instrumentalizar os responsáveis pelas políticas públicas no campo da assistência estudantil. 
A análise de 2018 considerou estudantes de todas as 63 universidades federais presentes no país, além do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais e o Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca, do Rio de Janeiro, totalizando 65 instituições. O trabalho soma a uma série histórica da pesquisa, já aplicada nos anos de 1996, 2003, 2010, 2014, e 2018. O universo de estudantes é de 1.200.300 milhão.
A pesquisa considerou os seguintes parâmetros para avaliar o perfil dos discentes: moradia, origem familiar, trabalho, histórico escolar, vida acadêmica, atividades culturais, saúde e qualidade de vida e, finalmente, dificuldades estudantis e emocionais. Confira um resumo dos dados.
1. Sexo

A pesquisa confirma uma tendência de crescimento do sexo feminino entre o público discente das universidades federais. A análise de 2018 manteve a média de crescimento verificada desde 1996. Segundo o estudo, a superioridade de estudantes do sexo feminino nas IFES (3,5 p.p. acima da composição nacional) pode ser compreendida pois elas já são maioria absoluta também no Ensino Médio e, por sua vez, estudantes do sexo masculino, egressos ou evadidos do ensino médio, têm entrada “precoce” no mercado de trabalho.

2. Faixa etária

A faixa etária de maior predominância entre os estudantes é a de 20 a 24 anos. No entanto, estudantes com menos de 20 anos, que vinham decaindo de 1996 a 2014, apresentou crescimento de 3,7% na medição de 2018.

3. Cor e raça

A pesquisa aponta mudanças significativas na composição de cor e raça dos estudantes das IFES nos últimos 15 anos. A partir de 2003, ano em que a pesquisa incorporou a medição, nota-se um crescimento da participação de pardos e pretos e uma diminuição dos brancos, que eram 59,4% dos estudantes e passaram a ser 43,3% em 2018. Em 2018, pretos e pardos somam 613.826 estudantes; os brancos, 520.008.

O estudo explica que, em parte, a mudança deve-se à adoção de políticas de ação afirmativa nas universidades federais, que começaram a ser implantadas de modo pontual e autônomo a partir de 2005 e foram se espalhando ao longo dos anos por todo o sistema de educação superior federal, particularmente a partir da criação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), de 2007, e da criação de um programa federal de ação afirmativa obrigatório por meio da Lei no 12.711 de 2012. De 2003 a 2018 os pardos aumentaram sua participação entre estudantes em 11 pontos percentuais e os pretos mais que dobraram.
4. Renda mensal

A pesquisa identificou que a maioria relativa dos (as) discentes concentra-se em 2010, 2014 e 2018 na faixa
de mais de um a dois salários mínimos, respectivamente 18,1%, 23,4% e 23,5%. O porcentual de estudantes sem renda que tinha registrado aumento de 2010 para 2014 – de 0,5% para 1,1% -, registrou queda para 1,7% em 2018. De quase 10 mil graduandos (as) sem renda em 2014, passou a 8.570 em 2018.

O estudo aponta também que, embora nacionalmente 23,5% dos (as) estudantes estejam concentrados (as) na faixa de renda mensal bruta do grupo familiar “Mais de 1 a 2 SM”, o percentual varia segundo as regiões do paísTrês a cada 10 estudantes das regiões Norte e Nordeste, 31,7% e 28,2% respectivamente, têm renda mensal bruta do grupo familiar na faixa de “Mais de 1 a 2 salários mínimos”, enquanto nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a relação é de aproximadamente dois a cada 10 estudantes, 18,3%, 19,5% e 20,4% respectivamente.
Quando se considera a renda per capital familiar – se divide a renda mensal bruta do grupo familiar pelo número de membros da família – a pesquisa aponta que 70,2% do universo pesquisado se concentra na faixa de renda mensal de “até um salário e meio”. Do total dos estudantes, 26,6% vivem em famílias com renda per capita de “até meio salário mínimo” e 26,9% com renda per capita “mais de meio a 1 salário mínimo”. Neste sentido, mais da metade (53,5%) dos (as) graduandos (as) pertence a famílias com renda mensal per capita “até 1 salário mínimo”. Na faixa de renda per capita “mais de 1 a 1 e meio SM” estão 16,6%. Inseridos na faixa “Mais de 1 e meio SM” encontram-se 26,9% deste público e 3,0% não responderam. Em números absolutos 319.342 estudantes estão na faixa de renda per capita “até meio salário mínimo”.
Segundo a pesquisa, nacionalmente, 70% dos estudantes tem renda per capita de até 1,5 salário mínimo. O Nordeste tem a maior concentração de estudantes na faixa (81,9%) com renda média de R$ 884,28; Nordeste (78,3%), Sudeste (64,8%), Centro-Oeste (63,7%) e Sul (60,9%).
5. Estudantes ocupados

Em 2014 o percentual de estudantes trabalhadores (as) era de 35,3%, 5,4 p.p a mais do que em 2018. Em 2018, do total de discentes, 29,9% são trabalhadores (as). Por sua vez 40,6% não trabalham mas estão à procura de trabalho, ou seja estão desempregados, e 29,5% não trabalham (inativos).


Entre os estudantes ocupados, os do sexo masculino são majoritários (50,1%), pretos e pardos perfazem 50,4%. A maioria está na faixa etária  “25 anos e mais”. Em relação ao vínculo com o trabalho, 24,4% são estagiários (as), sendo os (as) demais trabalhadores (as) formais e informais. Do total de estudantes ocupados (as), 31,7% tem carteira assinada e 17,0% são funcionários (as) públicos (as).
Têm vínculos precários (sem carteira assinada, sem carteira assinada ou com contrato ajudando familiares, com contrato temporário em uma empresa, organização social ou órgão estatal) 20,0% dos estudantes ocupados (as) e outro tipo de contrato 7,0%. Trabalham mais de 30 horas semanais 45,9% dos (as) estudantes ocupados (as), o que certamente afeta o tempo e as condições de estudo. A maioria dos estudantes ocupados (62,2%) está na faixa salarial de até 1,5 salário mínimo.
6. Origem da escola

Os estudantes das universidades federais vem em maioria absoluta de escolas públicas. Em 2018, 64,7% dos estudantes vieram da rede pública; em 2014, o porcentual era de 64%. Estudaram em escolas particulares 35,3%.

fonte:Carta Capital online 17/05/19 -13h:19min.