Uma rede de agiotagem tem crescido no Brasil nos últimos anos: a de agiotas colombianos. A prática de empréstimo a juros existe em toda a América Latina, impulsionada pelos índices de pobreza e endividamento da população, mas, em cidades colombianas, ela foi um esquema arquitetado em décadas por uma receita que combina cartéis de tráfico e domínio de territórios.
Fomos até São Cristóvão, um dos bairros na periferia de Salvador, capital baiana, mostrar como esse sistema funciona. Por lá, as dívidas de comerciantes e a falta de acesso a crédito oficial alavancam o sistema paralelo de empréstimo.
As pessoas que agora circulam pelo bairro oferecendo cartõezinhos com as condições de empréstimo e cobrando os devedores foram recrutadas por uma rede criminosa interessada em cooptar jovens desempregados e sem oportunidade na Colômbia, país onde são registrados sucessivos conflitos armados desde o fim dos anos 40.
Na Bahia, já há registro de mortes e envolvimento de policiais na dinâmica da agiotagem colombiana. Confira.
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