segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Salvador: Justiça determina prisão de dono de ferro-velho após sumiço de trabalhadores em Pirajá; diz site

Bnews - Divulgação Reprodução Nas imagens, aparecem supostos milicianos que, segundo a polícia, estariam ajudando Marcelo Batista da Silva em possível fuga.

A Justiça decretou a prisão preventiva de Marcelo Batista da Silva, dono de um ferro-velho, no bairro de Pirajá, em Salvador. Ele é suspeito de ser o responsável pelo desaparecimento dos jovens Paulo Daniel Pereira Gentil do Nascimento, de 24 anos, e Matusalém Silva Muniz, de 25 anos.

A Polícia Civil, responsável pela investigação, solicitou a prisão preventiva de Marcelo, e o 1º Juízo da 2ª Vara do Tribunal do Júri aceitou o pedido. O mandado de prisão foi assinado pela juíza Alcina Mariana da Silva Goes Martins, no último dia 9.


Conforme relato das famílias das vítimas, o empresário teria sequestrado os jovens. A mãe de Paulo Daniel, Marineide Pereira, afirmou que dias antes do desaparecimento, as vítimas teriam sido acusadas de roubar um gerador pertencente ao ferro velho de Marcelo. A suspeita gerou a crença de que o empresário seria o responsável pelo sumiço dos jovens. Marcelo nega as acusações.

Na representação, obtida pelo BNEWS, a Polícia Civil argumentou que a prisão preventiva é necessária para garantir a instrução do procedimento criminal, diante do risco concreto de fuga do suspeito. 

Ainda segundo o documento, são investigados crimes graves, incluindo homicídio qualificado consumado, ocultação de cadáver, formação de grupo de extermínio, milícia armada e tortura.

À Justiça, a polícia apontou que, durante buscas feitas pela polícia, na empresa de Marcelo, mais precisamente na sala dele, a polícia encontrou materiais em um lixo que aparentam ser vestígios de sangue. Os materiais foram encaminhados para análise pericial. 

Além disso, informações obtidas pela polícia indicam que Marcelo teria mandado queimar o próprio veículo, possivelmente usado para ocultar vestígios do crime, no interior do carro.

Além disso, a polícia também anexou imagens das câmeras de segurança do prédio onde Marcelo mora. Constam nos autos elementos que indicam que o investigado, que seria ex-policial militar, ordenou que membros uma suposta milícia adentrassem o prédio em que reside e retirassem suas malas com roupas [foto em destaque]. Para a polícia, esse fato gera receio de que, caso esteja em liberdade, Marcelo possa fugir da polícia.


Fonte: BNews - 11/11/2024

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