terça-feira, 12 de novembro de 2024

A reação de Bolsonaro após ser “alvejado” em depoimento do Gen. Santos Cruz na PF

 




                                           O general Santos Cruz - foto:reprodução


O núcleo do ex-presidente Jair Bolsonaro aponta suposta mágoa como principal motivo para o general Santos Cruz depor contra o ex-chefe no caso da Abin Paralela. O ex-ministro da Secretaria de Governo afirmou à Polícia Federal que o clã Bolsonaro teria se encontrado com representantes da empresa israelense Cognyte, desenvolvedora do software First Mile, usado indevidamente para monitorar autoridades e jornalistas.

Segundo pessoas próximas a Bolsonaro, a rusga teria começado porque Caio Santos Cruz, filho do general, teria tentado fazer lobby para ampliar o espaço de empresas israelenses dentro da administração federal, o que teria sido vetado pelo então presidente.

De acordo com ministros que atuaram no governo Bolsonaro, a relação com o militar sempre foi tensa. Eles relatam postura inusitada do general durante as discussões: quando a divergência de ideias levava a um debate inflamado, Santos Cruz teria o costume de ajeitar o paletó de modo a mostrar a arma exposta.

A Polícia Federal investiga o uso do FirstMile pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contra políticos, juízes e jornalistas durante o governo Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente, chegou a ser alvo de uma operação de busca e apreensão, assim como o deputado Alexandre Ramagem (PL), ex-chefe da Abin.

Santos Cruz no governo Bolsonaro

O general Santos Cruz fez parte da primeira equipe de ministros do governo anterior. Passou pouco mais de seis meses no cargo. Ele foi demitido em junho de 2019, após se tornar alvo de ataques do guru da direita Olavo de Carvalho e do vereador Carlos Bolsonaro.

Sua principal função quando ministro foi a articulação com o Congresso Nacional e com partidos políticos, além de manter um canal de diálogo com estados e municípios. As brigas com Olavo e Carlos aconteceram após Santos Cruz defender a regulamentação das redes sociais.

Fonte: COLUNISTA PAULO CAPPELLI/METROPOLES - 12/11/2024

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