domingo, 12 de agosto de 2012

Governo Dilma: Superintendente da Fiol indicado por Wagner é demitido sem seu conhecimento

A demissão de Neville Chamberlain, indicado pelo governador Jaques Wagner (PT) para a Superintendência de Construção da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), foi cercada de polêmicas e desagrados.
O afastamento de Neville da função, provocado pelo presidente da Valec, estatal que administra a Fiol, José Eduardo Castello Branco, pegou de surpresa a bancada baiana de deputados federais que saiu em defesa do técnico, ex-funcionário do Derba, autarquia da Secretaria de Infraestrutura (Seinfra).
Nessa sexta-feira (11/8), o deputado federal, João Leão (PP), ex-secretário da Seinfra, criticou a saída de Neville ao classificar o fato como uma “injustiça”. Ele reiterou que seu apadrinhamento pelo governador não teria motivação política, mas técnica por ser um quadro de carreira com ampla experiência no governo.
“Durante a convivência na Secretaria ele foi um técnico que exercia seu trabalho com grande responsabilidade, de forma decente e honesta”, disse Leão. O deputado confirmou a insatisfação, fato publicado em nota na coluna Radar Online, da revista Veja.
“A bancada baiana tomou conhecimento disso durante a reunião da Valec com o Ibama na última quarta-feira e eu me pronunciei veementemente contra, sendo seguido pelos outros”, contou.
Leão disse que escreveu uma correspondência para o governador comunicando o fato, “que passou a ter conhecimento naquele momento. Quer dizer como fazem isso sem comunicar ao governador?”, questionou.
Nos bastidores, as informações são de que um técnico do estado do Ceará substituiria o baiano no cargo. “Esse pode até ser uma sumidade, mas duvido que seja melhor do que Neville. O governador tem que resolver isso com a presidente Dilma, ministra do Planejamento (Miriam Belchior) e o ministro dos Transportes (Paulo Sérgio)”.
O presidente estadual do PT descartou que Neville seja quadro político do PT e não teceu comentários sobre sua saída, mas disse que o PT estadual indicaria cargos para a Valec, sinalizando para a possibilidade que um baiano deve ocupar um grande cargo na empresa. Ele lembrou que ainda existem pequenas pendências a serem resolvidas na distribuição dos cargos federais.
Há cerca de quatro meses, durante repercussão de matéria da revista Veja, que o apontava como um dos políticos que teria intercedido pela não saída de Neville, o governador disse que não trabalhou para isso, no entanto defendeu o ex-servidor da Seinfra.
“Nevile é um técnico que está na área ferroviária há 25 anos”, disse. Na época, uma reportagem apontou o ex-superintendente de ser próximo de empreiteiras e como suspeito de praticar irregularidades.

Fonte:TribunadaBahia/reprodução

0 comentários:

Postar um comentário