segunda-feira, 27 de março de 2023

Advogado Tacla Duran será protegido pelo Estado brasileiro após denunciar Moro e Dallagnol

                                              foto:reprodução

O advogado Rodrigo Tacla Duran foi incluído nesta segunda (27) pelo juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no Programa Federal de Testemunhas Protegidas e agora é oficialmente protegido pelo Estado brasileiro. A decisão foi assinada logo após o advogado prestar depoimento em que denunciou o ex-juiz da operação Lava Jato e atual senador, Sergio Moro, e o ex-procurador e atual deputado federal, Deltan Dallagnol, de terem manipulado um esquema para extorqui-lo em troca de benefícios em uma delação.

Tacla Duran também relatou que após negar o envio de 5 milhões de dólares a um advogado que faria parte do esquema, passou a sofrer ameaças de um delator e uma série de processos em diversos países.

O juiz Eduardo Appio avalia que o depoimento de Duran pode ser crucial para que o Supremo Tribunal Federal possa julgar tanto o caso envolvendo a presente denúncia como o processo anterior, movido também contra Duran, em que é apurada possível corrupção na Petrobras. “Entendo que a presente habilitação deverá ser feita perante o gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, na medida em que não traduz medida de cunho urgente e os processos se encontram suspensos por decisão soberana do STF”, escreveu Appio.

Em seguida, reconhece que para habilitar a ida de Duran ao STF, é preciso garantir sua segurança. O juiz entendeu que Moro e Dallagnol podem ser pessoas perigosas para a testemunha, e sublinhou que gozam de amplo poder político e econômico antes de determinar que Tacla Duran ingresse no programa proteção a testemunhas.

“O acusado está sendo encaminhado ao programa federal de Testemunhas Protegidas por conta do grande poderio político e econômico dos envolvidos, sendo certo que toda e qualquer medida somente será apreciada por este Juízo Federal em caso de risco concreto à vida e/ou segurança das testemunhas e autoridades envolvidas”, escreveu.

Fonte: Revista Fórum - 27/03/2023

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