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Nesta quarta-feira (22) teve ampla repercussão uma operação da Polícia Federal (PF) que desbaratou um plano do PCC que tinha por objetivo matar autoridades públicas, entre elas, o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
Um dia depois da operação, o presidente Lula, durante conversa com a imprensa, declarou que o plano do PCC para matar o ex-juiz da Lava Jato era uma "armação" de Sergio Moro.
“Olha, eu não vou falar por que... Eu acho que é mais uma armação do Moro... Mas eu vou ser cauteloso, eu vou descobrir o que aconteceu... É visível que é uma armação do Moro... Mas eu vou pesquisar, eu saber o porquê da sentença, até porque a juíza nem estava em atividade quando deu o parecer pra ele... Mas isso a gente vai esperar, eu não vou ficar atacando ninguém sem ter provas... Eu acho que é mais uma armação e se for uma armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda, sabe? E eu não sei o que ele vai fazer da vida se ele continuar mentindo do jeito que tá mentindo”, declarou Lula.
A declaração de Lula foi o suficiente para reanimar os setores lava jatistas. Atiçada, a imprensa tradicional correu para dar horas e horas de espaço para Sergio Moro para que desferisse uma série de ataques contra o presidente e, dessa maneira, desgastar a imagem do mandatário.
Porém, com o passar das horas, uma série de questões em torno da operação da PF foram surgindo e mostrando que o presidente Lula não estava enganado em desconfiar sobre o suposto "plano do PCC para matar Moro".
Listamos 8 pontos que colocam em dúvida a operação Moro/PCC. Confira:
1 - Juíza saiu de férias no dia que a ação chega e a Gabriela Hardt assume
2 - O despacho é assinado 34 minutos após a fala de Lula
O ministro-chefe da Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta afirmou que decisão da juiza Gabriela Hardt, que substituiu a titular do caso que estava em férias, foi tomada 34 minutos após a declaração do presidente que, em entrevista ao Brasil 247.
3 - Caso não deveria ir para o PR, segundo juristas
O processo que investiga um suposto plano de ação do PCC contra Moro está na 9ª Vara Federal de Curitiba, que alega que o caso é de sua competência - e não da Justiça Estadual - por se tratar de um senador.
No entanto, os juristas apontam que a lei estabelece que "compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes praticados contra funcionário público federal, quando relacionados com o exercício da função".
4 - Documento falso que liga o site Intercept ao PCC
O documento foi analisado pela equipe de Mario Gazziro, professor de computação forense da Universidade Federal do ABC e no MBA na USP, que comprovou que há 95% de chances de que houve adulteração digital.
5 - E-mail falso com @ de Lula Livre, caso que remete ao sequestro de Abilio Diniz, na eleição de 1989, quando um dos envolvidos é fotografado com a camisa do Lula. Posteriormente se descobriu que foi obrigado pelos PMs a vesti-la.
O advogado Juan Felipe Souza, que faz a defesa de dois dos presos da facção, afirmou em nota que o nome de Sergio Moro (União-PR) não aparece em relatórios da Polícia Federal e teria surgido na investigação via delação premiada ilegal.
Logo após a fala de Lula a citando e dizendo que o caso pode ser uma "armação", Gabriela Hardt resolveu, na tarde desta quinta-feira (23), retirar o sigilo da operação e da decisão que levou os membros do PCC à cadeia, divulgando prints de conversas entre os suspeitos e detalhes das investigações. Essa atitude da juíza irritou membros do alto escalão da Polícia Federal.
8 – Moro e Deltan Dallagnol espalham fake news que associa Lula e PT ao PCC.
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