sábado, 14 de maio de 2011

Educação na Bahia: Greve continua na UNEB


Com 147 professores presentes na assembleia, não houve nenhuma proposta de saída da greve. A assembleia deliberou ações para o fortalecimento do movimento.
Reunidos na manhã de ontem, 13 de maio, os professores da UNEB mantiveram a greve sem nenhuma intervenção contrária a sua continuidade. O clima da plenária foi de intensificar e radicalizar as ações do movimento grevista, uma vez que o governo continua com a mesma proposta de engessar o movimento, congelar os salários por 4 anos e de contingenciamento nos orçamentos das Universidades Estaduais através do Decreto 12.583/11 (veja aqui).

A assembleia avaliou a última “proposta” de alteração da redação da cláusula da mordaça, segundo artigo no Acordo de Incorporação da CET, encaminhada pelo governo na noite de 06 de maio para o Fórum das ADs (veja aqui). Para a categoria, na prática, o governo não apresentou uma nova proposta, uma vez que manteve o caráter intervencionista da cláusula (veja as três propostas de redação apresentadas pelo governo aqui). Neste sentido, a assembleia rejeitou a mudança do texto e manteve a exigência pela retirada integral da cláusula. “Não há razão para a existência dessa cláusula no Acordo de Incorporação da CET a não ser pelo fato do governo querer comprar o nosso silêncio por 04 anos”, afirmou professora Nora de Cássia do campus V.

A assembleia ratificou também que as motivações da greve não foram apenas salariais, mas também em virtude do contingenciamento imposto pelo novo Decreto 12.583/11. Neste sentido, como o governo ainda não apresentou nenhuma disposição em atender as reivindicações do movimento, a categoria deliberou pela intensificação das atividades da greve.

Os informes dos campi e do comando de greve demonstraram o crescimento do movimento grevista e a disposição da categoria em aumentar as mobilizações. Para os próximos dias, estão previstos ato na SEC, dia de luta contra o decreto, manifestação no Iguatemi, entre outras atividades.

A assembleia deliberou, ainda, a necessidade de pressionar ainda mais os Reitores a se posicionarem publicamente sobre o contingenciamento de verbas imposto pelo governo. Além disso, pressionar o governo a realizar uma reunião entre Reitor, representantes do governo e os três segmentos universitários para discutir e encaminhar soluções sobre o Decreto 12.583/11.

Veja abaixo o calendário de mobilização da próxima semana e ações indicadas pela assembleia. Vale destacar que os departamentos devem continuar realizando suas atividades locais, intensificando assim a greve em todo o Estado. Texto extraído do site da Aduneb.


Fonte Imagem:Aduneb

1 comentários:

  1. O governador Jaques Wagner está muito tranqüilo, afinal de conta o elegemos por mais quatro anos sem contar que não estamos em ano de eleições e justamente por isso não ha interesse do governador em dialogar. Enquanto isso nós alunos e sociedade em geral que necessitamos do funcionamento das faculdades somos obrigados a esperar no mínimo pelo bom senso de uma das partes para darmos continuidade ao que jamais deveria cessar, que é o bom andamento do progresso educacional.

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