O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo longe do poder, segue com suas falas recheadas de discriminação e incivilidade. Ele se referiu, nesta terça (2), ao deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL das Fake News, que é negro, como “caboclo”. O termo, totalmente em desuso, faz referência a indivíduos que são mestiços de branco ou negro com indígenas, além de carregar um forte elitismo, pois pode ser interpretado como relativo a uma pessoa “inculta” ou “selvagem”.
“Quem é o relator? É um caboclo do Partido Comunista do Brasil. Esse cara tá preocupado com liberdade? Não tá preocupado”, disse o líder de extrema direita durante uma participação num programa do YouTube de um canal reacionário.
Pelo fato de Orlando Silva ser negro, nascido na Bahia, a referência usada pelo antigo mandatário repercutiu fortemente como uma declaração racista, embora tal atitude não seja exatamente uma novidade partindo de Bolsonaro.
Antes de ser eleito presidente, em 2018, durante uma palestra no clube Hebraica, no Rio de Janeiro, ele disse que quilombolas são pesados em “arrobas”, uma unidade de medida destinada a pesar animais. Anos antes, em 2011, participando do programa CQC, da Band, respondeu à cantora Preta Gil, ao ser perguntado como reagiria se um de seus filhos se relacionasse com uma mulher negra, afirmando que “isso não ocorreria porque eles têm educação” e que “não discutiria promiscuidade” com a artista.
Fonte:
0 comentários:
Postar um comentário