Em ato com cerca de 40 pessoas na Praça dos Três Poderes, a ex-senadora Marina Silva rebateu no início da noite desta terça-feira (1º) o parecer do Ministério Público contrário à criação do seu partido usando uma expressão usada no texto da Procuradoria, o "amesquinhamento".
Diante da argumentação do vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, de que vincular a criação de um partido a eleições é "amesquinhá-lo", Marina afirmou que a democracia é que corre o risco de se apequenar.
"Eu estou mais preocupada em não amesquinharmos a democracia. Porque
a democracia plena é a que assegura o pluralismo político", afirmou,
dizendo manter a convicção de que os ministros do Tribunal Superior
Eleitoral irão aprovar na sessão de quinta-feira (3) o pedido de
registro do partido.
O Ministério Público se manifestou contrário à aprovação da legenda
sobre o argumento de que a Rede não conseguiu reunir as 492 mil
assinaturas de apoio à criação da sigla.
Marina reuniu apoiadores na praça --onde estão localizados o Palácio
do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal-- como forma de
simbolizar as dificuldades que teria encontrado para validar nos
cartórios eleitorais do país as assinaturas de apoio ao partido.
A Rede diz ter entregue mais de 600 mil assinaturas de apoio, sendo
que quase 100 mil teriam sido recusadas sem apresentação de
justificativa.
No ato desta terça, foi montada uma "parede" com caixas de papelão
com cópias das assinaturas rejeitadas, segundo o partido, sem
motivação.
Nessa "parede", foram projetados depoimentos de apoio de eleitores e celebridades --entre elas o ator Marcos Palmeira.
Estiveram no ato cinco senadores --Eduardo Suplicy (PT-SP), Rodrigo
Rollemberg (PSB-DF), Lindbergh Farias (PT-RJ), Pedro Taques (PDT-MT) e
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)-- e três deputados federais --Alfredo
Sirkis (PV-RJ), Walter Feldman (PSDB-SP) e Reguffe (PDT-DF).
Alguns, como Feldman e Sirkis, planejam entrar na Rede. Outros, como Suplicy e Lindbergh são apenas apoiadores.
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