Marina exaltou a estabilidade econômica e distribuição de renda, marcas,
respectivamente, dos governos FHC e Lula. Mas, de acordo com a ex-senadora,
"infelizmente o atraso na política, o poder pelo poder e a agenda do curto
prazo" ameaçam o que foi conquistado.
"Pensar nas próximas eleições e não nas próximas gerações ameaçam essas
conquistas". Marina cobrou políticas de longo prazo "nos curtos prazos
políticos" com uma agenda estratégica e uma governabilidade baseada em programa
"e não em distribuição de cargos".
Infraestrutura
A ex-ministra do Meio Ambiente classificou
como precária a infraestrutura do Brasil e afirmou que o problema não é apenas
"a (infraestrutura) física com a perda de 30% da produção até chegar aos portos,
mas a humana, com a falta de investimentos em educação".
Segundo ela, o problema para a falta de competitividade no Brasil é a baixa
taxa de investimento. "Não transformamos as vantagens comparativas do Brasil em
competitivas", disse ela.
Para ela, a falta de confiança no País foi gerada pelo governo federal aos
investidores externos. "Quando se diz uma coisa e faz outra, é claro que
investidores ficam com pé atrás", disse, ao citar ainda o desequilíbrio fiscal e
volta da inflação como fatores que contribuíram para a perda de credibilidade.
Ela avaliou, no entanto, que o olhar externo foi otimista para o Brasil no
momento da bonança, durante o governo Lula, mas que também é excessivamente
pessimista agora, no momento de crise.
Fonte:Gustavo Porto e José Roberto Castro - Agência
Estado
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