sábado, 10 de outubro de 2015

TJ-BA: Desembargadora critica Eserval Rocha por propor cortar salários de servidores

  
                                                                          Foto:reprodução
 
A desembargadora Rosita Falcão criticou, na sessão do Tribunal Pleno desta sexta-feira (9), a proposta do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Eserval Rocha, de cortar o que chamou de “penduricalhos nos subsídios de servidores”.
 
Para a desembargadora, a medida é “um rolo compressor nos direitos adquiridos dos servidores, que causa pânico à categoria”. “Que a situação financeira do Tribunal de Justiça está difícil já é de conhecimento de todos e isso não é de agora, mas isso não autoriza quem quer que seja, assessor ou presidente, a nos pressionar através de reiteradas notícias na mídia e a adotarmos posição precipitada de forma irresponsável. Os problemas financeiros do Judiciário, devem ser discutidos aqui, não em jornais. Isso é um problema de postura e compostura”, criticou Rosita Falcão.
 
A desembargadora questionou ainda a eficácia das medidas de economia do TJ-BA, definidas por ela como “economia de palito”, uma vez que o Tribunal poupa com cortes de materiais e peças de reposição, e, em contrapartida, onera a folha de pagamento da Casa, com o aumento de 50% no valor das diárias de desembargadores, juízes e servidores. 
 
Outra medida questionada pela desembargadora foi a criação de mais duas Câmaras no interior do Estado, que de acordo com ela, terão um alto custo e pouca produtividade. “Cada Câmara terá oito desembargadores para julgar um número reduzido de processos, com uma despesa imensa com estrutura, além das diárias e passagens que cada desembargador terá para se deslocar para essa capital semanalmente em dias de Pleno, de sessões cíveis ou criminais”, disse, informando que o custo de um julgamento de cada processo na Câmara do Oeste chega a quase 9 mil reais. 
 
“São gastos astronômicos, com diária, passagens, alimentação para comitiva e gasolina para sete ou oito carros oficiais” informou, comparando as cifras gastas com as viagens de chefe de Estado.  
 
Eserval X Rosita
 
Esta não a primeira vez que a desembargadora teceu críticas ao presidente Eserval Rocha. Em artigo publicado no jornal A Tarde em julho do ano passado, Rosita acusou Eserval de patrocinar denúncias anônimas contra ela no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No artigo, entretanto, ela não faz referências a ele.
 
“Dentro do contexto da perversidade e da vileza do anonimato, pode-se relembrar os dedos-duros dos anos de chumbo do Brasil”, diz em determinado trecho, lembrando ainda que, na Inquisição, “denúncias anônimas, formuladas de forma covarde e vil, foram responsáveis por milhares de vítimas levadas à fogueira (…)”. 

Fonte:Bocão News/reprodução

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