Suspeitos por tentar matar Malala foram secretamente libertados (AFP/reprodução)
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Oito
dos dez homens supostamente presos por tentativa de assassinato da
estudante paquistanesa Malala Yousafzai foram soltos secretamente,
informou a rede britânica BBC nesta sexta-feira. Em abril, um tribunal
do Paquistão condenou dez militantes do Talibã a penas de prisão de 25
anos por envolvimento no atentado a tiros contra a ativista, em 2012,
enquanto ela lutava pelo direito de meninas de frequentar escolas.
O
segredo em torno do julgamento, que foi realizado a portas fechadas,
levantou suspeitas sobre a sua validade. Fontes revelaram à BBC que
apenas dois dos homens condenados estão de fato cumprindo a pena de
prisão.
Desde que sobreviveu ao ataque
talibã, Malala virou um símbolo da luta contra o extremismo e a favor
do direito à educação. Ela ganhou o Nobel da Paz em 2014.
Militantes
paquistaneses do Talibã reivindicaram a responsabilidade pelo ataque
enquanto Malala viajava da escola para sua casa em Swat, noroeste da
capital, Islamabad. Malala ficou gravemente ferida e levada de
helicóptero para o Reino Unido para tratamento, onde vive agora. Dois
outros estudantes ficaram feridos.
Várias
pessoas, incluindo o líder do Talibã paquistanês Fazlullah, são
procurados em conexão com o ataque a Malala. Fazlullah, um pregador
ardente de Swat, também é acreditado para ser escondido no leste do
Afeganistão.
A polícia acredita que o
atirador que atirou em Malala escapou através da fronteira para o
Afeganistão. Malala não pode retornar a sua terra natal por causa do
Talibã, que ameaça matá-la e a sua família.
Fonte:O Globo
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