Liderados pelo Instituto de Saúde Global da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, pesquisadores ligados aos setores de clima e saúde lançaram um parecer com recomendações para o mundo encarar e se prevenir de uma nova pandemia. O relatório elaborado por cientistas de diversos países diz que para se precaver e evitar novos surtos de doenças com perdas globais tais como as provocadas pelo novo coronavírus, é fundamental que se façam investimentos na conservação de florestas e na mudança das práticas agrícolas e econômicas. O parecer ainda recomenda uma integração de ações de conservação ambiental e o fortalecimento dos sistemas de saúde em todo o mundo.
De acordo com os pesquisadores, a melhor maneira de prevenir e reagir às novas pandemias e doenças zoonóticas depende diretamente da preservação florestal, principalmente nos trópicos, maior biossegurança para animais silvestres e de pecuária nas fazendas, além de ações em plataformas de One Health - saúde coletiva - que relacionam informações e conhecimentos em saúde pública, problemas ambientais e veterinária. Além disso, o relatório aconselha que se reduza o contato de seres humanos com animais hospedeiros de vírus.
O parecer explica ainda que o custo econômico desses investimentos é bem menor do que o dispendido para tentar conter uma pandemia. Ações de conservação ambiental como o fim do desmatamento e o tráfico de animais silvestres geram despesas inferiores as que são gastas durante imposições de lockdowns, por exemplo. Segundo o relatório, o gasto para a prevenção - cerca de US$ 22 bilhões por ano - equivale a 2% das perdas econômicas globais provocada pela pandemia da Covid-19. Isso sem levar em conta os gastos com tratamentos, internações e campanhas de vacinação.
Fonte: VEJA.COM 20/08/2021 08h:27min.
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