Cabeçalho do manifesto | Foto: Reprodução
Após recuo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em nota, a a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulga nesta sexta-feira (10) o manifesto em que defende um entendimento entre os Poderes.
Intitulado "A Praça é dos Três Poderes", o texto estava previsto para ser publicado em 31 de agosto. No entanto, foi adiado para depois dos atos do dia 7 de setembro.
Na versão final foi incluído um trecho que fiz "Esta mensagem não se dirige a nenhum dos Poderes especificamente".
Além da Fiesp, outras 247 entidades assinaram o documento. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) não assinou o texto. Após a divulgação de uma versão preliminar, apoiada pela federação, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil ameaçaram deixar a entidade. Em seguida, decidiram permanecer.
A divulgação do documento ocorre após uma escalada de tensão entre os Poderes em uma crise provocada pelo presidente Jair Bolsonaro. Nesta quinta-feira (9), ele recuou e adotou um tom diferente dos últimos meses.
"Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar", afirmou Bolsonaro no texto, escrito com apoio do ex-presidente Michel Temer (MDB).
Leia o manifesto da Fiesp, na íntegra:
Esse princípio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurídico do país. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe.
As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação política, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer de forma sustentada e continue a gerar empregos.
Esta mensagem não se dirige a nenhum dos Poderes especificamente, mas a todos simultaneamente, pois a responsabilidade é conjunta. Mais do que nunca, o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Executivo e Judiciário. É preciso que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Esse é o anseio da Nação brasileira.
Fonte: BN - 10/09/2021 - 11h:07min.
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