Especialistas entrevistados pelo jornal afirmam que as evidências que surgiram até agora no caso do ex-assessor Fabrício Queiroz sugerem que a família Bolsonaro participava de um esquema conhecido como “rachadinha”, comum nos escalões inferiores da política brasileira. O esquema, explica o NYT, envolve desviar o dinheiro do contribuinte mantendo empregados fantasmas na folha de pagamento ou contratando pessoas que concordam em devolver uma parte de seu salário ao patrão.
“A suspeita é que se tratava de um negócio familiar que durou muitos anos e movimentou muito dinheiro”, disse Bruno Brandão, diretor-executivo da Transparência Internacional no Brasil, sobre o esquema de suborno envolvendo o ex-assessor. “Essas suposições são muito sérias, corroboradas por evidências sólidas, em uma investigação que se baseia em transações financeiras altamente irregulares”, conclui.
O texto diz ainda que, em ações judiciais e vazamentos para a imprensa, as autoridades exprimiram a suspeita de que, a partir de 2007, Queiroz ajudou o filho mais velho do presidente, Flávio Bolsonaro, a roubar fundos públicos embolsando parte dos salários de pessoas de sua folha de pagamento quando ele era um representante do estado. Flávio Bolsonaro foi eleito senador em 2018.
O jornal lembra também que entre 2011 e 2016, Queiroz canalizou milhares de dólares para a esposa do presidente, Michelle Bolsonaro, em transações que nenhum deles consegue explicar. Os promotores também acreditam que os depósitos feitos ao filho do presidente podem estar ligados ao esquema.
O jornal fala ainda sobre o caso de suspeita de lavagem de dinheiro de Flávio com a franquia de uma loja de chocolates, além do esquema de propagação de fake news envolvendo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), os outros filhos de Bolsonaro.
Leia reportagem completa no New York Times
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