Batalhão Especial Prisional (BEP) no Rio de Janeiro(Vitor Silva/Futura Press/reprodução
O juiz Eduardo Oberg, titular da Vara de Execuções Penais (VEP),
determinou que todos os 221 policiais militares presos no Batalhão
Especial Prisional (BEP), em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro,
sejam transferidos para o Complexo de Gericinó (cadeia comum) em até 72
horas. A ordem para fechar a unidade foi dada horas depois de outra
juíza da VEP, Daniela Assumpção, ser agredida por um detento enquanto
tentava vistoriar uma das galerias. Em sua decisão, o magistrado foi
direto: "O que ocorreu hoje demonstra que o BEP não tem condições de
garantir a segurança de funcionários e juízes", escreveu Oberg.
Ao site de VEJA, um dos presos do BEP contou que a juíza chegou com
alguns seguranças e tentou entrar na galeria E da unidade, mas foi
impedida por alguns detentos. O local é famoso pelas regalias e,
justamente por conta disso, a mesma magistrada suspendeu, em agosto,
visitas de parentes de presos até que a direção da unidade oferecesse
condições para que os encontros acontecessem fora das celas - que na
verdade são pequenos quartos.
A juíza perdeu um sapato, os óculos e teve a blusa rasgada durante a
confusão com seus seguranças. Ela imediatamente acionou o Batalhão de
Choque e o Bope, que foram para o local. Os 221 policiais militares
presos no BEP formam um efetivo que, se comparado aos que patrulham as
ruas do Rio de Janeiro, é do tamanho do 41º batalhão (Irajá),
responsável pela região mais perigosa da estado. Lá estão presos, por
exemplo, vários integrantes de milícia, os acusados pela morte e
desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, em 2013, na Rocinha, e os
cinco policiais da UPP da Providência que mataram o jovem Eduardo
Felipe e forjaram o confronto, na manhã de quarta-feira. Informações de Veja.
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