sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Bahia: Comandante-geral fala sobre a prisão de PM influencer: "Orientamos desavisados e punimos incorrigíveis"


                                                 Coronel Paulo Coutinho -  foto: Hugo Leite/BN

Diante do aumento no número de Processos Administrativos Disciplinares (PAD) no âmbito da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), o comandante-geral da corporação, coronel Paulo Coutinho, foi questionado diretamente sobre a prisão do “Soldado Corrêa”, militar influencer com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais.

 

Em entrevista nesta semana, o militar chegou a alegar que a motivação seria uma declaração dada durante um podcast. Ele teria afirmado que “se mexer com a minha família, que se f*da a lei”.

 

O PM agora vai ficar 30 dias detido no Batalhão de Choque, localizado em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

 

 

“Uma apuração normal, ele teve direito de defesa e houve uma decisão do comando da corporação, com base nos elementos que estavam no processo administrativo disciplinar. Eu acho que não cabe nada de falar, nem justificar ou disciplinar onde legislação prevê algumas normas que foram desobedecidas”, disse Paulo Coutinho na manhã desta sexta-feira (18).

 

“Nós não queremos simplesmente punir. Muito pelo contrário, a minha determinação desde o início foi orientada, no sentido que fiquem como incompatíveis os exercícios da função pública com determinados comportamentos da rede. E é isso que nós estamos fazendo. Na verdade, primeiro, conscientizando que os que não atenderem a orientação, acho que temos que adotar a medida disciplinar”, acrescentou.

 

O comandante-geral também comentou sobre as ações recentes organizadas pelo Ministério Público que tem militares como alvos.

 

“Não é determinação nossa. Agora também esqueceram de dizer que eu sou o que mais elogiei na história da Polícia Militar. Então eu gostaria de deixar bem claro que nós orientamos os desavisados e punimos os incorrigíveis. E, às vezes, ou na maioria das vezes, essas operações não passam nem pela gestão da Polícia Militar. São órgãos externos que estão feitos no Ministério Público, e que, infelizmente, encontram agentes de Estado, em desvio de conduta”, finalizou.


Fonte: BN -18/10/2024

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