sábado, 29 de novembro de 2014

2º mandato Dilma: Novos ministros contradizem o que foi dito na campanha

Há praticamente 30 dias para tomar posse num segundo mandato a frente dos destinos do Brasil, e após a confirmação dos nomes da equipe econômica, a Presidente Dilma mais uma vez confirma que no país, o que se diz em uma campanha eleitoral é uma coisa, e após a vitória nas urnas, a história é completamente diferente.

A nomeação de Joaquim Levy para comandar a economia brasileira, técnico altamente qualificado, diga-se de passagem, mas que historicamente vai bater de frente com o que o PT, partido da presidente discorda para a  politica econômica e social no país. Levy, que participou do segundo mandato de FHC como secretario-adjunto de politica econômica da Fazenda, voltou a cena quando contribuiu na proposta econômica do  candidato derrotado, o Senador  Aécio Neves(PSDB) na última campanha eleitoral, mas agora e com o aval do ex- Presidente Lula vai assumir o Ministério da Fazenda no segundo mandato de Dilma, substituindo Guido Mantega. Completa o tripé principal da equipe econômica, Nelson Barbosa para o Planejamento e Antonio Trombini que continuará no comando do Banco Central. 

" O problema é que o projeto que ganhou não vingou, então o governo Dilma terminou comprando a versão da política e da economia que os adversários diziam que era a correta", afirmou o economista Luiz Gonzada Belluzo, professor da Unicamp.

Outra contradição é a intenção da presidente de nomear a Senadora Kátia Abreu(PMDB) para o ministério da  Agricultura, ferrenha defensora do agronegócio,  ao ponto da mobilização desse segmento para Dilma confirmá-la no 1º escalão do governo. Kátia é um símbolo do ruralismo e dos grandes latifúndios desse país, Dilma ignora os apelos do PT e vai de encontro aos movimentos sociais que tanto se empenharam na reeleição da presidente, como o MST.

A presidente Dilma terá  grandes desafios no novo mandato, fazer com que o país volte a crescer, controlar a inflação, consolidar os avanços sociais, enxugar e controlar a máquina pública,combater veemente a corrupção, e talvez o mais difícil, não ficar mais vez refém do PMDB e controlar as vaidades dentro do PT, pois até a presente data, as medidas anunciadas consolidam o que todos já sabem, o que se fala em campanha eleitoral é uma coisa, e para governar é outra coisa.

Veja o quadro abaixo, e compare  as divergências:



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Fonte:Arte Istoé/reprodução/28/11/14



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