sábado, 12 de novembro de 2011

Educação: Pós-Graduação amplia oportunidades profissionais



Houve um tempo em que a conclusão de um bom curso de graduação era suficiente para responder as principais demandas do mercado de trabalho. Entretanto, o desenvolvimento de novas tecnologias e o surgimento de novas atividades tornaram fundamental o investimento numa formação complementar, através de uma pós-graduação. Atualmente, existem 75 instituições em Salvador que podem oferecer cursos de especializações conhecidos como lato sensu, de acordo com o Ministério da Educação (MEC).

Em dez anos, entre 1999 e 2009, o número de instituições aptas a oferecer cursos de especializações mais do que triplicou no Brasil, passando de 8,8 mil para a 27,8 mil, de acordo com os indicadores educacionais do Instituto Nacional de Estudos Educacionais Anísio Teixeira. Apesar da ausência de dados específicos sobre as vagas para especializações, um olhar mais atento é suficiente para comprovar que a oferta vem crescendo há algum tempo.

Wilna Santiago, 68 anos, trabalha com estética há 29 anos e lembra que a formação acadêmica na área nem existia, alguns anos atrás. Hoje, não só existe formação em nível de graduação, como o investimento em especialização é uma exigência forte no mercado. Ela, que concluiu há 3 anos a especialização em dermatofuncional, já se prepara um novo curso, desta vez em acupuntura. “Atualmente, existe a percepção de que o tratamento estético faz parte da área de saúde. Já foi visto como imagem pessoal. Para nós, os profissionais da área, nos aprofundarmos”, acredita.

Além do conhecimento necessário para o exercício profissional, Wilna encontrou no ambiente da pós-graduação um importante espaço de convivência profissional e pessoal. “Eu conheci outros profissionais da área e posso dizer que fiz amigos”, acredita.

Ao contrário do que acontece em relação aos cursos de graduação, ou mesmo com as pós-graduações voltadas para quem pretende seguir carreira acadêmica (stricto sensu), as exigências em relação aos cursos de especializações são mais simples. Do aluno, exige-se a diplomação em curso superior e a aceitação das exigências das instituições de ensino. No caso das instituições, o que se exige é que as mesmas sejam credenciadas no MEC.

Os cursos não precisam de autorização ou de um reconhecimento do governo para funcionar. Por outro lado, o reconhecimento, ainda que informal, do mercado de trabalho, faz toda a diferença. Reportagem de Donaldson Gomes para o caderno de educação atarde.


Imagem:Google

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