terça-feira, 13 de maio de 2014

Lula compara compra da Pasadena a casamento




                                                                 foto:  atardeonline/reprodução 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o negócio da compra da Refinaria de Pasadena, pela Petrobras, com seu casamento com dona Marisa.
"Quando a gente faz um negócio ele pode ser ótimo ou ruim. Eu fico perguntando, quando eu casei com a Marisa foi um bom negócio. Ainda é um bom negócio porque ainda estou com ela. E se eu tivesse me separado seria um bom negócio? Não. Mas como eu casei foi bom negócio, por isso casei com ela", disse na noite desta segunda-feira, 12, a uma plateia de 1.300 pessoas no Hotel Fiesta que se reuniram num ato de apoio à candidatura do petista Rui Costa ao governo do Estado.

A compra de Pasadena, na visão de Lula era um bom negócio, na época, para a Petrobras. "Porque, no momento, era muito interessante. Se teve problema no petróleo, paciência, mas voltou a dar lucro outra vez", afirmou, interpretando que a pressão para criar uma CPI visando investigar a estatal seria uma preocupação "para eles (os partidos de oposição) fazerem caixa de campanha, pois não há outra explicação dessas acusações".

Lula contou que, quando era deputado federal, "tinha gente que andava com papel no bolso: 'Olha a CPI, olha a CPI'. Era ameaça. Ora, quer fazer (CPI) faça e vai pagar o preço de fazer se tiver as coisas certas".

Lula elogiou o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli que dirigia a empresa durante a compra de Pasadena. Gabrielli estava no palanque com Lula, o governador Jaques Wagner e Rui Costa: "Quando coloquei esse moço na Petrobras disseram 'Lula está colocando um cara que não entende nada, de fora'. Dois anos depois ele foi eleito o mais competente diretor-financeiro de todas as empresas de petróleo do mundo", disse muito aplaudido.

Reeleição

Pouco antes, em São Francisco do Conde, Lula defendeu em um evento oficial promovido pela Prefeitura a reeleição da presidente Dilma Rousseff, que estaria "apanhando" das elites de uma maneira nunca vista antes.

O ex-presidente disse que a companheira de partido será reeleita "para a desgraça" das elites.

"Eu nunca vi baterem tanto na presidenta Dilma como estão batendo agora. Eu pensava que o preconceito era com relação a mim, pelo fato de eu ser um nordestino. Mas agora eles batem na Dilma porque ela é mulher. Eles batem na Dilma porque não é possível esse país eleger uma mulher e ainda vai reeleger essa mulher para a desgraça deles", afirmou.

Simulando uma conversa com o governador Jaques Wagner, prosseguiu: "Sabe o que eles pensam à boca pequena? Ô Wagner, é um absurdo. 'Nós precisamos evitar que ela seja eleita porque se ela for eleita, são mais quatro anos de PT e daqui a pouco esse Lula quer voltar e vai levar mais não sei quantos anos'", disse, interrompido pelos gritos de "olê, olê, olê olá, Lula, Lula", que caracterizaram as campanhas eleitorais de que participou.

Antes de encerrar o discurso, o ex-presidente declarou considerar cumprida a missão dele na presidência da República.

"Deixa eu dizer uma coisa para esse bando de hipócritas. Quando a gente chega aos 68 anos de idade, a gente acorda todo o santo dia pedindo a Deus para viver o dia seguinte. Eu acho que eu já fiz neste país o que eu precisava fazer. O meu orgulho é olhar na cara de cada um de vocês e dizer 'foi um peão metalúrgico quem recuperou a dignidade desse país'", finalizou.

Ele chegou ao município de carona no helicóptero que normalmente é usado pelo govrnador Jaques Wagner.

fonte: atardeonline

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