O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, usou um vídeo bem-humorado para comemorar o sucesso da campanha de vacinação contra a Covid-19 no país e desmentir fake news disseminadas sobre o imunizante.
Em material que está sendo exibido nas TVs locais, Netanyahu disse que Israel deve ser o primeiro país no mundo a se livrar da Covid-19. Por lá, 50% da população já tomou a primeira dose da vacina, conforme informações divulgadas nesta quinta-feira (25) pelo ministro da Saúde Yuli Edelstein.
No vídeo, o primeiro-ministro aproveita o Purim, feriado do calendário judaico que marca a vitória do povo judeu sobre Amalek, seu maior inimigo, para conscientizar a população sobre a vacina.
Ele começa o vídeo convocando as pessoas a levantarem as mangas de suas camisas para se vacinar. No entanto, depara-se com um homem vestido de palhaço, que questiona a segurança do imunizante. “Estou com medo. O que tem nessas vacinas?”, diz. Bibi, como o primeiro-ministro é chamado pela população, responde: “Não seja palhaço. Essas vacinas foram aprovadas pelos maiores experts do mundo, o FDA [agência reguladora dos EUA que equivale à Anvisa no Brasil] americano. Milhões já foram vacinados e agora estão seguros.”
Um outro personagem, fantasiado de cachorro, lança outra teoria da conspiração sobre a vacina: “Eu ouvi que muda o nosso DNA. Pode crescer uma cauda em mim.” O primeiro-ministro rebate: “O propósito da vacina é atacar o vírus, assim como qualquer outra vacina que aumenta nossa expectativa de vida.”
Surge então outro personagem, chamado por Bibi de “herói de teclado”, que dobra a aposta nas teorias conspiratórias contra a vacina, dizendo que fez pesquisas sobre as contraindicações dela no Tik Tok e que o governo quer colocar chips na população. “Pare de fake news, queremos que as infecções diminuam para retornarmos à vida normal”, diz o primeiro-ministro.
Ao fim do vídeo, Bibi afirma que, em breve, “retornaremos à vida que conhecemos e amamos” por causa da vacina. Enquanto Israel tem a campanha de vacinação mais bem-sucedida do mundo, o presidente Jair Bolsonaro, que vê no país um aliado internacional, continua adotando posturas que negam e minimizam a gravidade da pandemia.
Nesta quinta, dia em que o país teve o maior número diário de mortes desde o início da crise sanitária, 1.582, Bolsonaro criticou o uso da máscara e disse que ela pode causar efeitos colaterais, o que não tem nenhuma comprovação científica. Além disso, o país convive com a escassez de vacinas para aplicar na população, já que o governo federal demorou a assinar contratos com desenvolvedoras dos imunizantes.
fonte:BN -26/02/2021 17h:54min.
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