O Ministério das Relações Exteriores do Brasil comemorou, em nota, a libertação de Suu Kyi neste sábado (13).
"O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da libertação, em Myanmar, hoje, 13 de novembro, da senhora Aung San Suu Kyi", diz o comunicado.
"O governo brasileiro reitera a expectativa de que esse gesto e as recentes eleições realizadas em Myanmar venham a impulsionar as reformas com vistas ao estabelecimento de instituições democráticas no país."
A pacifista, que luta por movimentos pró-democracia em Mianmar, foi libertada hoje após autoridades do país terem retirado policiais e barricadas de sua residência, permitindo que ela saudasse os seus correligionários após prisão domiciliar iniciada em 2003, em Yangum, maior cidade do país localizado no Sudeste Asiático.
Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi é a principal oposicionista e líder pró-democracia de Mianmar. Ela passou 16 dos últimos 21 anos presa, com períodos de liberdade. Da última vez que foi detida, em 2009, Suu Kyi foi condenada a 18 meses a mais de prisão domiciliar por "abrigar" um ativista americano que chegou até a sua casa nadando pelo lago em que ela está localizada.
Suu Kyi foi presa pela primeira vez em 1989, um ano antes da realização das eleições gerais que seriam vencidos por seu partido. Solta em 1995, foi presa novamente em 2000 e depois em 2003.
LIBERDADE
Ao ser libertada neste sábado, a ativista de movimentos pró-democracia disse que "este é um tempo de calma e um tempo de diálogo". "As pessoas devem trabalhar em harmonia. Só assim poderemos chegar ao nosso objetivo", afirmou Suu Kyi a uma multidão.
Cerca de 3.000 pessoas, entre elas muitos jornalistas, se aglomeraram do lado de fora de sua casa, situada em frente a um lago, ao longo do dia. Desde ontem, havia fortes rumores de que a ativista poderia ser solta.
Muitos deles gritavam "Libertem Aung San Suu Kyi" e "Vida Longa a Aung San Suu Kyi". Alguns usavam camisetas estampadas com mensagens de apoio à ativista.
Assim que os presentes se converteram em uma multidão, cerca de 30 policiais da divisão antimotim armados e portando bombas de gás lacrimogênio exigiram que os correligionários de Suu Kyi ficassem atrás das barricadas montadas do lado de fora da residência.
Segundo um aliado da ativista informou ontem, a autorização para a soltura dela já havia sido assinada ontem pelo general Than Shwe, chefe desde 1992 do regime militar que governa Mianmar.
Relatos apontavam que Suu Kyi não aceitaria ser libertada sob a condição de não viajar a algumas regiões de Mianmar nem sob veto de contatos com partidários.
ELEIÇÕES
Os boatos da libertação surgem alguns dias após as primeiras eleições gerais no país em 20 anos, realizadas no último domingo. Segundo o regime, o pleito deu esmagadora vitória ao partido governista, mas críticos apontaram fraude generalizada.
A eleição foi boicotada pelo partido da ativista, o que levou o regime a dissolvê-lo.
A soltura de Suu Kyi é vista como uma tentativa do governo de Mianmar de conquistar alguma legitimidade internacional sem no entanto correr o risco de enfrentar uma onda de protestos liderados por ela --uma vez que o pleito já terminou.
"O governo brasileiro recebeu com satisfação a notícia da libertação, em Myanmar, hoje, 13 de novembro, da senhora Aung San Suu Kyi", diz o comunicado.
"O governo brasileiro reitera a expectativa de que esse gesto e as recentes eleições realizadas em Myanmar venham a impulsionar as reformas com vistas ao estabelecimento de instituições democráticas no país."
A pacifista, que luta por movimentos pró-democracia em Mianmar, foi libertada hoje após autoridades do país terem retirado policiais e barricadas de sua residência, permitindo que ela saudasse os seus correligionários após prisão domiciliar iniciada em 2003, em Yangum, maior cidade do país localizado no Sudeste Asiático.
Nobel da Paz de 1991, Aung San Suu Kyi é a principal oposicionista e líder pró-democracia de Mianmar. Ela passou 16 dos últimos 21 anos presa, com períodos de liberdade. Da última vez que foi detida, em 2009, Suu Kyi foi condenada a 18 meses a mais de prisão domiciliar por "abrigar" um ativista americano que chegou até a sua casa nadando pelo lago em que ela está localizada.
Suu Kyi foi presa pela primeira vez em 1989, um ano antes da realização das eleições gerais que seriam vencidos por seu partido. Solta em 1995, foi presa novamente em 2000 e depois em 2003.
LIBERDADE
Ao ser libertada neste sábado, a ativista de movimentos pró-democracia disse que "este é um tempo de calma e um tempo de diálogo". "As pessoas devem trabalhar em harmonia. Só assim poderemos chegar ao nosso objetivo", afirmou Suu Kyi a uma multidão.
Cerca de 3.000 pessoas, entre elas muitos jornalistas, se aglomeraram do lado de fora de sua casa, situada em frente a um lago, ao longo do dia. Desde ontem, havia fortes rumores de que a ativista poderia ser solta.
Muitos deles gritavam "Libertem Aung San Suu Kyi" e "Vida Longa a Aung San Suu Kyi". Alguns usavam camisetas estampadas com mensagens de apoio à ativista.
Assim que os presentes se converteram em uma multidão, cerca de 30 policiais da divisão antimotim armados e portando bombas de gás lacrimogênio exigiram que os correligionários de Suu Kyi ficassem atrás das barricadas montadas do lado de fora da residência.
Segundo um aliado da ativista informou ontem, a autorização para a soltura dela já havia sido assinada ontem pelo general Than Shwe, chefe desde 1992 do regime militar que governa Mianmar.
Relatos apontavam que Suu Kyi não aceitaria ser libertada sob a condição de não viajar a algumas regiões de Mianmar nem sob veto de contatos com partidários.
ELEIÇÕES
Os boatos da libertação surgem alguns dias após as primeiras eleições gerais no país em 20 anos, realizadas no último domingo. Segundo o regime, o pleito deu esmagadora vitória ao partido governista, mas críticos apontaram fraude generalizada.
A eleição foi boicotada pelo partido da ativista, o que levou o regime a dissolvê-lo.
A soltura de Suu Kyi é vista como uma tentativa do governo de Mianmar de conquistar alguma legitimidade internacional sem no entanto correr o risco de enfrentar uma onda de protestos liderados por ela --uma vez que o pleito já terminou.
Fonte:Folhonline/São Paulo
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