domingo, 11 de março de 2012

Bahia: Governador diz que saída de Afonso Florence "foi um golpe na Bahia"

O governador Wagner na entrevista coletiva ontem(10) em Irecê -Foto:irecêrepórter/reprodução


O governador da Bahia Jaques Wagner(PT) lamentou a demissão do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence (PT) da equipe ministerial da Presidente Dilma. Segundo o mesmo , “Foi um golpe na Bahia. Mas é óbvio que não vou abalar minha relação com a presidente Dilma Rousseff”, a afirmação foi feita, em entrevista coletiva a imprensa na cidade de Irecê, no sábado (10), onde esteve em visita oficial para assinatura de autorização de obras na área de infra-estrutura no municipio. O governador ainda disse “A gente não se contenta nem se conforma com a saída dele (Afonso Florence). Não vejo nenhum motivo para sua saída. Creio que ela (Dilma) fez isso por questão mais política e não de gestão” O governador registrou ainda que a Bahia tem a 4ª população maior do país, é um estado que tem um “grande carinho” pelo governo federal e, diante desse destaque, deveria ser reconhecido de outra forma.



Como a visita foi logo no início da manhã de ontem(10) e a demissão do Ministro na sexta-feira à noite(9) tudo indicava que Wagner não foi comunicado pelo Planalto antes do anúncio para a imprensa. Normalmente com a saída de um Ministro, o substituto demora um pouco em razão das articulações, indicações dos partidos, do próprio PT, mas o nome para substituir Florence foi imediato, tendo o Dep. Federal Pepe Vargas do PT gaúcho indicado na mesma noite da saída do baiano Florence indicado para o ministério pelo governador baiano.



Na verdade, o nosso Estado desde o primeiro mandato de FHC que vem perdendo espaço no 1º escalão do governo federal. Quando o atual governador assumiu o Estado em 2007, tinha em seu amigo Lula a esperança da Bahia dar um salto em todos os índices econômicos e sociais e o Estado virar um canteiro de obras, o que não aconteceu, prova disso é o metrô de Salvador que até hoje está " fora dos trilhos".



Chega o governo Dilma e após 13 meses de mandato, já cairam dois ministros baianos, Mario Negromonte(cidades) e Afonso Florence(desenvolvimento agrário)e a perda da Presidência da Petrobras que era ocupada pelo atual secretario de planejamento Sergio Gabrielli. Quando Wagner fala do "grande carinho" que o Estado tem para com a União, a recíproca não tem sido verdadeira.



Não sei se o governador Wagner sabe disso, mas no interior, acontece a mesma coisa, alguns Prefeitos do PT vivem alardeando da "amizade" que tem com o governador e secretários de Estado, mas na prática, as coisas não acontecem e o tratamento dado pelo governo baiano tem sido igual o que a União faz com o Estado no atual momento.

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