terça-feira, 8 de outubro de 2013

Bahia: PMs da Choque tem de comprar os próprios coletes, diz Associação


                                              Segundo a associação a situação é de sofrimento da tropa foto:reprodução     


Nem mesmo os militares do especializado Batalhão de Choque escapam de situações de arbitrariedade, abuso de poder e excesso de trabalho que frequentemente chegam à Associação de Praças e Bombeiros da Polícia Militar (Aspra). Sobrecarga de trabalho e coação são alguns dos abusos sofridos pelos 292 homens que atendem ações de controle de tumulto e distúrbio civil, de situações de crise, de operações de alto risco, além de busca e captura de pessoal, rastreamento de substâncias tóxicas e explosivas em toda a Bahia, segundo a Aspra.

Os militares estariam sendo pressionados a comprar os próprios coletes à prova de bala, com o objetivo de padronizar o uniforme da especializada, de acordo com a entidade. “O Estado não nos dá colete, compramos os nossos. Como se não bastasse, ainda querem que adquiramos outros para padronizar a tropa”, reclamou à Aspra um PM da unidade que prefere não se identificar.
Mas as denúncias chegadas à entidade não param por aí: Os policiais trabalham o dobro da escala exigida por lei, viajam sem pagamento de diárias e ainda são obrigados a se alimentar com a mesma alimentação dos presidiários durantes ações em unidades prisionais da Bahia. Segundo informações do coordenador-geral da Aspra, vereador Marco Prisco (PSDB), os servidores estão cumprindo carga horária de 24 por 48 horas, escala ilegal conforme lei estadual que regulamenta a atividade policial. Isso sem falar nas péssimas condições de trabalho.

Um dos PMs que prefere o anonimato conta que foi um dos militares destacados a apaziguar conflitos entre fazendeiros e índios no município de Buerarema, região sul da Bahia, em junho do ano passado. Na época, seis fazendas na região conhecida como Ribeirão da Luzia foram ocupadas por cerca de 100 tupinambás. O militar ficou 13 dias longe da família e quando retornou foi surpreendido com a notícia de que não seriam pagos os R$ 1.690 em diárias nem teria as folgas a que tem direito.


“Nós amamos a Choque. Já passamos por diversas fases lá. Mas já estamos há um ano e meio sofrendo”, contou um dos PMs. Recentemente, os PMs em viagem, desta vez ao município de Itabuna, passaram por um vexame. O coletivo que transportava os militares da especializada ficou sem gasolina na estrada e os servidores foram obrigados a fazer uma “vaquinha” para chegar ao destino de trabalho.

Fonte:Politica Livre

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