Segundo a associação a situação é de sofrimento da tropa foto:reprodução
Nem mesmo os militares do especializado Batalhão de Choque escapam
de situações de arbitrariedade, abuso de poder e excesso de trabalho
que frequentemente chegam à Associação de Praças e Bombeiros da Polícia
Militar (Aspra). Sobrecarga de trabalho e coação são alguns dos abusos
sofridos pelos 292 homens que atendem ações de controle de tumulto e
distúrbio civil, de situações de crise, de operações de alto risco,
além de busca e captura de pessoal, rastreamento de substâncias tóxicas
e explosivas em toda a Bahia, segundo a Aspra.
Os militares estariam sendo pressionados a comprar os próprios
coletes à prova de bala, com o objetivo de padronizar o uniforme da
especializada, de acordo com a entidade. “O Estado não nos dá colete,
compramos os nossos. Como se não bastasse, ainda querem que adquiramos
outros para padronizar a tropa”, reclamou à Aspra um PM da unidade que
prefere não se identificar.
Mas as denúncias chegadas à entidade não param por aí: Os policiais
trabalham o dobro da escala exigida por lei, viajam sem pagamento de
diárias e ainda são obrigados a se alimentar com a mesma alimentação
dos presidiários durantes ações em unidades prisionais da Bahia.
Segundo informações do coordenador-geral da Aspra, vereador Marco
Prisco (PSDB), os servidores estão cumprindo carga horária de 24 por 48
horas, escala ilegal conforme lei estadual que regulamenta a atividade
policial. Isso sem falar nas péssimas condições de trabalho.
Um dos PMs que prefere o anonimato conta que foi um dos militares
destacados a apaziguar conflitos entre fazendeiros e índios no
município de Buerarema, região sul da Bahia, em junho do ano passado.
Na época, seis fazendas na região conhecida como Ribeirão da Luzia
foram ocupadas por cerca de 100 tupinambás. O militar ficou 13 dias
longe da família e quando retornou foi surpreendido com a notícia de
que não seriam pagos os R$ 1.690 em diárias nem teria as folgas a que
tem direito.
“Nós amamos a Choque. Já passamos por diversas fases lá. Mas já
estamos há um ano e meio sofrendo”, contou um dos PMs. Recentemente, os
PMs em viagem, desta vez ao município de Itabuna, passaram por um
vexame. O coletivo que transportava os militares da especializada ficou
sem gasolina na estrada e os servidores foram obrigados a fazer uma
“vaquinha” para chegar ao destino de trabalho.
Fonte:Politica Livre
Fonte:Politica Livre
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