Professores na última paralisação no portão da UNEB - foto:Aduneb
A ADUNEB conclama professores(as),
estudantes e técnico-administrativos para participar das atividades de
mobilização que acontecerão na Assembleia Legislativa (Alba), em 11 de
dezembro. Neste dia, as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) farão
paralisação de todas as atividades. A ação é para denunciar o
desrespeito do governo Jaques Wagner com a Educação Pública Superior e
reivindicar um repasse maior do orçamento estadual para suprir as
demandas das universidades. Na Uneb a paralisação será com os portões fechados.
Diante do sucateamento das Ueba e dos
ataques de Jaques Wagner contra a Educação Pública Superior é
necessário a participação de toda a comunidade acadêmica. A mobilização
iniciará em frente à Assembleia Legislativa (Alba), às 9h, com aula
pública que será ministrada por docentes, estudantes e
técnico-administrativos, sobre o déficit financeiro e os problemas
causados as Ueba. Já às 11h, será realizada Audiência Pública, na sala
da Comissão de Educação, para discutir a reivindicação da comunidade
acadêmica, que necessita do repasse de 7% da Receita Líquida de
Impostos (RLI).
A luta por 7% da RLI é reivindicada,
desde 2010, pela ADUNEB, demais Associações Docentes (ADs) que compõem
o Fórum das ADs, estudantes e técnico-administrativos. Atualmente a
verba repassada pelo estado não chega a 5% da RLI, o que não cobre as
necessidades das universidades em ensino, pesquisa e extensão. O
estrangulamento orçamentário causado pelo descaso do governo Jaques
Wagner impacta também na falta de ampliação dos programas de
permanência estudantil, na lentidão nas negociações sobre o plano de
cargos e salários dos técnico-administrativos, entre outros pontos.
Para agravar a crise, em 14 de
agosto, o governo estadual publicou o Decreto 14.710/13, que faz
profundo contingenciamento ao orçamento. O novo ataque de Jaques Wagner
afeta diretamente as Ueba, que passaram a sofrer cortes de verbas para
compra de materiais didáticos, equipamentos de laboratório, realização
de eventos científicos, passagens para apresentação de trabalhos, etc.
O problema reflete ainda em atraso no pagamento de serviços
terceirizados e até na falta de material de limpeza e higiene pessoal.
Segundo informações do próprio
governo, em 2014, a expectativa é que o estado faça um corte de
aproximadamente R$ 12 milhões em investimento e custeio das Ueba. Na
Uneb o corte previsto é de quase R$ 3 milhões.
Diante do orçamento atual, da crise
financeira e da impossibilidade de gerenciamento das Ueba, o Fórum das
ADs não descarta a possibilidade da radicalização do movimento, com a
deflagração de greve para o início do ano letivo de 2014.
Texto e foto: ADUNEB /reprodução
0 comentários:
Postar um comentário