sexta-feira, 19 de setembro de 2014

"Foi apenas um caso fora do padrão", diz prefeito de Ibipeba sobre caso de adoção ilegal

Após uma denúncia do Ministério Público Estadual (MP–BA), três mulheres foram presas em Ibipeba, no Centro-Norte da Bahia, acusadas de participação em um esquema irregular de adoção de pelo menos um bebê. Entre as detidas está Maysa Angélica Chaves Lelis, 50 anos, mãe do prefeito da cidade, Israel Chaves Lelis (PP), e secretária de Administração do município.
Duas conselheiras tutelares de Ibititá, cidade vizinha, também foram levadas para a delegacia de Irecê. De acordo com a delegada Lúcia Jansen, a acusação é de que Maysa teria facilitado o registro de uma criança no nome de um casal que se interessou em adotar um recém-nascido sem passar pelos trâmites legais.
Maysa teria contado com a conivência das conselheiras tutelares de Ibititá Jacionete Neves de Oliveira e Juliana Neves e Silva. “A mãe da criança apresentava problemas de comportamento e queria fazer a adoção”, contou a delegada. A prisão das três mulheres ocorreu na última quarta-feira.
Segundo a delegada, o caso corre em segredo de Justiça. A acusação foi formulada pelo promotor Saulo Mattos, da promotoria regional de Irecê, que ontem não pôde conceder entrevista ao CORREIO. “Ela (Maysa) apresentou um casal que recebeu no hospital a uma cliente (paciente) que precisava doar a criança, isso sob a chancela do Conselho Tutelar de Ibititá. Aparentemente pode ter impressão de ser tráfico de bebê, mas não é isso. O que ocorreu foi só que a adoção ocorreu sem o consentimento do promotoria (da infância) e do juiz. Foi apenas um caso, fora do padrão”, defende Israel Lelis.
Segundo o prefeito, a criança que foi, na época, adotada irregularmente permanece sob a guarda dos pais adotivos e morando na região. “A situação já está sendo esclarecida”, disse o prefeito. Maysa e as conselheiras seguem custodiadas na delegacia de Irecê — a de Ibipeba está interditada. O MP–BA deve, nesta sexta-feira (19), divulgar mais informações sobre o caso. 

Fonte:Alexandro Mota/Correio/reprodução

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