sábado, 3 de setembro de 2016

Ministro Geddel diz que Rui pode acabar "fechando portas, caso continue com a militância contra o governo Temer"


                                                                         Foto: Ag. Brasil/reprodução
Em entrevista concedida ao Jornal Tribuna da Bahia, o ministro  de governo do Presidente Michel Temer(PMDB) Geddel Vieira Lima afirmou que o momento agora é de trabalhar para que o país volte a crescer e discorreu como será a relação do governo Temer com a Bahia, leia-se o governador Rui Costa do PT e disse que está de portas abertas  para o Estado, mas fez uma ressalva, que o petista pode acabar "fechando portas, caso continue com a militância política contra o atual governo".
Confira a entrevista publicada hoje(3)m no site da Tribuna da Bahia:
A decisão do Senado de afastar definitivamente Dilma Rousseff da Presidência República vai mexer com o cenário político e econômico do país. Agora presidente de fato, Michel Temer e sua equipe preparam um pacote de ações e medidas para tirar o país da crise econômica. Em conversa com a Tribuna, o ministro Geddel Vieira Lima afirmou que os próximos passos de Temer serão fundamentais para reverter o atual momento.
“Agora é trabalhar, aprovar a PEC do teto de gastos, fundamental para o Brasil, apresentar o texto de reforma da previdência, sem o qual em pouco tempo o governo brasileiro não poderá mais pagar os aposentados, e governar para tirar o país dessa crise que está. Apresentar a reforma trabalhista, mostrar a cara de um governo que cada vez mais só pode gastar o que arrecada, que trabalha pela qualificação dos laços, retomar obras que estão paradas, e fazer o Brasil voltar aos trilhos para o presidente poder entregar em 2018 ao seu sucessor um país melhor do que esse que recebemos, com 12 milhões de desempregados, uma inflação fora de controle, recessão brutal, política desestruturada, programas sociais sem efetividade. É isso que vamos fazer”, explicou ele.  
Em posição estratégica na secretaria do governo, Geddel afirma que está de portas abertas para a Bahia, mas faz ressalvas sobre o comportamento do  governador Rui Costa. Segundo ele, o petista pode acabar “fechando portas, caso continue com a militância política contra o atual governo. “O presidente Temer tem um temperamento de um homem de diálogo. Eu estou lá em uma posição estratégica para defender os interesses da Bahia e, evidentemente, canal aberto de diálogo com o governador. O que não dá é se o governador continuar a militância política. Eu espero que a militância política dele tenha se encerrado com o impeachment no Congresso nacional, que decidiu democraticamente pelo afastamento da presidente pelo crime de responsabilidade fiscal. Evidente que se ele ficar falando para sua militância dessa história de golpe, governo ilegítimo, isso e aquilo outro, ele vai fechando portas”, explicou Geddel.
“Ninguém quer que ele renuncie as suas crenças, sua posição política, agora, se quer diálogo, quer parceria, o mínimo que o presidente da República vai querer é respeito, e uma relação civilizada. Hoje eu vi ele colocar que a Bahia tem uma representação importante no Congresso, com todo carinho que eu tenho pelos meus amigos da Bahia, o governador não pode usar isso da forma que usou. A base nossa é uma base importante, segura, tranquila. Muito do que ele contabiliza, de uma forma ameaçadora, como algo duro, ele vai ver que não é assim”, disse.
Ministro frisa que não houve orientação 
Outro ponto levantado por Geddel foi a possível divisão na base aliada de Temer no Congresso nacional. O presidente chegou a afirmar que não aceitaria a divisão depois que alguns senadores favoráveis ao impeachment de Dilma votaram contra a cassação  dos  seus direitos políticos. O ministro nega que o posicionamento dos parlamentares signifique um racha e diz apenas que o governo recebeu a movimentação com surpresa.
“O que o presidente falou foi pela surpresa da questão, de ter tomado uma posição que nós não sabíamos. Não houve uma divisão, o governo não se manifestou sobre aquela situação, o governo não orientou voto, não era uma questão de governo, era uma questão de Congresso Nacional. Eu não tratei daquele tema com ninguém, nem o presidente da República. O que aconteceu foi uma surpresa pela votação que não estava na pauta. Não há uma divisão, não era uma questão de governo”, afirma.

fonte:Tribuna da Bahia

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