terça-feira, 10 de agosto de 2021

Salvador: Ex-técnico sub-20 do Bahia, Aroldo Moreira critica Marcelo Lima: 'Acabou com a base'

 

Ex-técnico sub-20 do Bahia, Aroldo Moreira critica Marcelo Lima: 'Acabou com a base'
Foto: Ulisses Gama / Bahia Notícias

O ex-técnico sub-20 do Bahia, Aroldo Moreira, que deixou o clube em 2017, revelou que não tinha um bom relacionamento com Marcelo Lima, à época coordenador das categorias de base do clube. "Ele acabou com a base do Bahia. Parece que passou um tsunami lá e toda hora tem um novo gestor", afirmou, em entrevista ao programa BN Na Bola, da Rádio Salvador FM 92,3, apresentado por Emídio Pinto, Glauber Guerra e Ulisses Gama. Marcelo Lima deixou a base em 2018. Atualmente, quem comanda é Júnior Chávare. 

 

A principal crítica do profissional é à tentativa de trazer gestores de fora do estado e não valorizar o que há em casa. "O futebol é muito falado, mas precisa saber, na prática, o que aconteceu. Depois da saída de Edson Fabiano, Sérgio Araújo, Luciano Moura, Aroldo Moreira [todos baianos], as pessoas querem reinventar o futebol. Aí você traz um gestor de fora. Quantos gestores você trouxe para a base? Divisão de base é formação. O trabalho da base é formar, colocar no profissional e virar dinheiro. Eu, no Bahia, eram 6 jogadores convocados para a seleção sub-20. Hoje, não sei se tem algum jogador do sub-20 do Bahia convocado para a seleção brasileira atualmente", pontuou.

 

No período em que esteve no Bahia, Aroldo ajudou a equipe sub-20 a chegar à final da Copa do Brasil sub-20, em 2016. Na Copa São Paulo de Futebol Junior do mesmo ano, ele foi eliminado de forma invicta, após perder nos pênaltis para o América Mineiro, nas quartas de final. Entre os jogadores revelados pelo técnico, estão Hayner, Jean, Zé Roberto, Juninho Capixaba, Ramires, Matheus Peixoto, Júnior Brumado e outros.

 

"Não consigo entender como jogadores como Éder, Zé Roberto e Hayner saíram de graça e hoje jogam a Série A do Campeonato Brasileiro", ressaltou, complementando com os motivos pelos quais ele acredita que esse problema existe: "Hayner [por exemplo] tem força, velocidade, marca forte e chega fácil no último terço do campo. Tinha uma dificuldade de relacionamento, mas clube grande tem que ter psicólogos e o Bahia, hoje, tem. Existe uma questão importante que é a maturação do atleta. Tem uns maturam mais rápido, outros não. É o caso de Hayner. A torcida do bahia é exigente, a imprensa também não tem tanta paciência com jogadores da base. E aí você tem jogadores contratados que jogam várias partidas, não jogam nada e continuam aí", criticou.

 

O último trabalho de Moreira como treinador foi em 2019, no Parnahyba, do Piauí. Desde então, ele já recebeu propostas de clubes do interior baiano, como Jacobina e Atlético de Alagoinhas, mas não aceitou porque "quero trablahar onde tenha um projeto". O treinador se interessou por uma proposta do Unirb, que está na Série A do Campeonato Baiano. "Se esse projeto acontecer, vai ser legal. Lá, não ia ser só treinador. Ia fazer parte de um conselho que ia ser bacana. Eles são empreendedores e precisamos de empresários nos clubes da Bahia", destacou. 

 



FONTE: BN - 10/08/2021 - 23h:37min.,

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