terça-feira, 1 de agosto de 2023

Economia: Grande BH tem gasolina a menos de R$ 5

                                      Posto na Avenida Pedro II exibe placa com gasolina a R$ 4,99: combustível teve redução média de 4,51%, enquanto o preço do álcool caiu 7,24% foto:reprodução

O preço médio da gasolina comum caiu R$ 0,24, por litro, na Grande BH. Em alguns postos, o combustível já é vendido abaixo de R$ 5. Etanol e diesel também apresentaram redução no preço, segundo pesquisa feita pelo Mercado Mineiro, entre os dias 25 e 27 de julho. No total foram consultados 200 postos na Grande BH. Na comparação com o levantamento feito em 7 de julho, a gasolina passou, em média, de R$ 5,40 para R$ 5,16, uma redução de 4,51% ou R$ 0,24 por litro. O preço mínimo encontrado foi de R$ 4,90, e o máximo, de R$ 5,99, variando 22,24%. O cenário, entretanto, pode se alterar, uma vez que há volatilidade nas cotações internacionais do petróleo, classificadas como um cenário de “grande incerteza” pela Petrobras. Isso pode levar a mudanças nos preços nas refinarias –, embora a estatal tenha dito, em comunicado divulgado ontem, que tentará evitar repassar “volatilidade conjuntural” ao mercado interno (leia texto abaixo).

No caso do etanol, o preço médio caiu 7,24% ou R$ 0,28, já que antes o valor era de R$ 3,82 e passou para R$ 3,54. O menor preço encontrado, entre os postos pesquisados, foi de R$ 3,12, e o maior de R$ 3,99, com uma variação de 27,88%. O diesel também teve queda de R$ 0,04 ou 0,76%. O preço médio, que antes era de R$ 4,87 passou para R$ 4,83. O menor valor encontrado foi de R$ 4,63 e o maior, de R$ 5,49, uma diferença de 18,57%.

O economista e coordenador do Mercado Mineiro, Feliciano Abreu, considera que dois fatores contribuíram para a queda no preço dos combustíveis: o custo do etanol e a concorrência mais acirrada. O etanol, explica, “acaba interferindo no preço (da gasolina), tanto em matéria de demanda – porque muita gente opta pelo combustível  –, como em razão da própria composição da gasolina, que tem parte do etanol.” De acordo com ele, “o consumidor fica muito atento” às vantagens e desvantagens de usar o combustível derivado do petróleo ou de cana-de-açúcar e isso termina estimulando a concorrência.

Abreu destaca ainda os efeitos da volta da cobrança do PIS/Cofins e da Cide sobre os combustíveis, no fim de junho, quando a Medida Provisória (MP) 1.163/2023 perdeu a validade. Com isso, o litro dos produtos nas distribuidoras encareceu e muitos donos de postos acabaram repassando o aumento na íntegra para os consumidores.  Ele lembra que a Petrobras não reduziu o preço dos combustíveis nesse período.

Mas agora a concorrência entre postos é maior, especialmente em decorrência da redução da demanda no atual período. “As férias afetam a Grande BH porque as pessoas acabam circulando menos de carro”, aponta.  Para o economista, a queda nos preços pode ser uma tendência. “Se o etanol continuar caindo, pode jogar o preço da gasolina mais para baixo ainda.”

A queda no preço dos combustíveis, com o etanol sendo mais vantajoso para abastecer, no momento, é motivo de comemoração dos consumidores.  O motorista de aplicativo Bruno Meira, de 45 anos, optou por abastecer com etanol em um posto de combustível localizado na Avenida dos Andradas, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste da capital. No estabelecimento, a gasolina é vendida a R$ 5,05 e o etanol a R$ 3,45.

Fonte: O Estado de Minas c/adaptações 01/08/2023

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