quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Feira de Santana: Ex-reitor da Uefs busca reparação de empresa aérea após sofrer com pouso de emergência

Na última quarta-feira (17), o ex-reitor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e professor da instituição, Evandro do Nascimento, levou um susto durante o voo 4262 da empresa Azul Linhas Aérea, quando retornava de Recife para a cidade de Feira de Santana. Segundo o professor, o avião teve panes no motor enquanto estava no ar, o que aterrorizou todos os passageiros. Além do piloto ter que realizar um pouso de emergência em Maceió, houve problemas com a reorganização da viagem. O retorno ocorreu em um ônibus e levou mais de oito horas.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o professor contou detalhes de como tudo aconteceu. 

Evandro Nascimento Reitor da Uefs_ Foto Ney Silva_Acorda Cidade
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade

“Eu estava no voo da Azul dia 17 de janeiro, que partiu do aeroporto de Recife às 12h e 25 minutos e, por volta das 13h, provavelmente já tínhamos entrado no estado de Alagoas. Eu percebi que a turbo-hélice número dois do lado direito do avião parou de funcionar e nós percebemos também que o avião entrou em um procedimento de buscar pousar em algum aeroporto mais próximo, o que depois foi confirmado pelo comandante da aeronave. Apesar da situação, a tripulação conduziu muito bem todo esse processo, o comandante certamente seguiu os protocolos de segurança indicados pela companhia aérea e autoridades aeroviárias. E assim, por volta das 13h horas e 15 minutos, o avião pousou no aeroporto de Maceió”, relatou. 

Além do susto, a viagem ficou ainda mais turbulenta. Após pousar, outras problemáticas ocorreram durante a abordagem da empresa para resolver a situação dos passageiros.

“O que esperávamos era poder ter uma reprogramação de outra aeronave ou de sermos encaminhados para Salvador. Foi então em solo, no guichê da Azul, que fomos informados que não tinha passagens disponíveis para todo mundo e que não seria possível ir para Salvador. Também não seria possível reprogramar outra aeronave, porque o aeroporto de Feira não funcionava à noite, que era quando provavelmente a Azul conseguiria mobilizar outra aeronave do mesmo porte. Então nós fomos encaminhados de ônibus até Feira de Santana, 37 passageiros. É um ônibus que não era novo, que visivelmente tinha um tempo de uso considerável. Um ônibus que teve duas vezes a parada do ar-condicionado e as pessoas ficaram bastante desconfortáveis”, relatou Evandro.

Ainda segundo Evandro, o ônibus fornecido também não oferecia as condições básicas para a viagem.

Não foi fornecida água no ônibus e crianças ficaram também sem acesso à água até uma parada no estado de Sergipe. O banheiro não tinha iluminação. Imagine viajar a noite com o banheiro sem iluminação? E o motorista dirigiu por 12h quando a legislação sobre descanso do motorista disse que o tempo máximo que o motorista pode dirigir, por questões até de segurança, é de 7h20 minutos. Então o motorista fez uma jornada de trabalho maior do que é normatizado quando deveriam ser dois motoristas” contou o professor ao Acorda Cidade. 

Em publicação nas redes sociais, ele informou que, em conjunto com os outros passageiros, vai processar a empresa pelo descaso e a falta de segurança que sofreram durante a ocorrência no ar e no retorno para Feira de Santana. 

“Acho que a Azul está pecando na contratação desse serviço de ônibus e os passageiros ficaram muito indignados com esse tratamento que tem um tanto de descaso e nós estamos com um grupo de pessoas buscando um processo judicial para as devidas reparações da empresa Azul”, comunicou. 

Confira o relato publicado nas redes sociais: 

“Foi um susto. Mas está tudo bem. Vindo no voo Azul 4262, de Recife para Feira de Santana, o motor 2 da aeronave parou em pleno voo. Graças à competência do comandante da aeronave, foi feito um pouso de emergência no aeroporto de Maceió. Isso não foi o pior. A pior notícia foi a Azul mandar todos os passageiros de Maceió para Feira de Santana em ônibus, numa viagem de oito horas, alegando que o aeroporto de Feira de Santana não opera após as 17h. Não daria para reprogramar outro voo hoje. Aliás, o voo de Feira para Recife deveria ter sido cancelado. Um voo por dia não garante redundância”, publicou.

Fonte: JAQUELINE FERREIRA/Acorda Cidade 18/01/2024

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