247 - O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Yong-hyun, apresentou sua renúncia ao presidente Yoon Suk Yeol, em meio a crescentes críticas e turbulência política, segundo a Agência Yonhap. A renúncia ocorre após um decreto de lei marcial, apoiado por Kim, gerar caos político no país, com críticas pela breve duração da medida e seu impacto nas instituições democráticas.
Yong-hyun virou alvo de um pedido de investigação da oposição, que o acusa de traição — crime que no país pode ser punido com prisão perpétua e até pena de morte - por ter apoiado a iniciativa presidencial de impor a lei marcial que foi revogada pouco após ter sido anunciada, nesta terça-feira (3).
De acordo com a CNN, o presidente Yoon deverá aprovar o pedido de renúncia de Kim antes de tomar uma decisão sobre sua própria permanência no cargo. O Partido Democrático, principal oposição no país, já havia protocolado um pedido de impeachment contra o ministro, e analistas apontam que, caso a renúncia seja aceita, a moção será desnecessária.
A crise se intensificou com a reação crescente ao decreto de lei marcial, que foi implementado sem aviso prévio por Yoon Suk Yeol durante um discurso ao vivo transmitido pela televisão YTN na terça-feira (3). O presidente alegou que a medida era essencial para preservar a ordem constitucional, defender a liberdade e segurança do povo, e proteger o país de uma suposta ameaça comunista norte-coreana. No entanto, a decisão gerou forte resistência, inclusive dentro de seu próprio partido, o Partido do Poder Popular.
O Partido Democrático, que tem a maioria no Parlamento, contestou a medida, rejeitando uma proposta orçamentária e apresentando uma moção de impeachment contra o governo. Os parlamentares sul-coreanos votaram para bloquear a lei marcial, com 190 votos a favor da anulação e nenhum contra, forçando o presidente Yoon a cumprir a decisão da Assembleia Nacional.
Fonte:BRASIL 247 - 04/12/2024
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