quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Paris: Milhares vão às ruas em protesto contra morte de 12 em ataque


Manifestantes seguram cartazes com a inscrição ‘Eu sou Charlie’ na Place de la Republique, em Paris, na noite de quarta (7) (Foto: AFP Photo/Joel Saget)
foto:AFP
O presidente francês, Francois Hollande, declarou quinta-feira (8) como dia de luto nacional após o ataque que deixou 12 pessoas mortas na redação da revista satírica Charlie Hebdo. Em um discurso televisionado à nação, Hollande convocou os franceses a se unirem e defender a liberdade de expressão. 
Ele chamou os jornalistas de “nossos heróis de hoje”. O ataque foi o mais mortal na França em décadas. O Charlie Hebdo tem publicado caricaturas de extremistas islâmicos e do profeta Maomé. Os atacantes estão foragidos e Hollande disse que a polícia francesa fará tudo para capturá-los. 
O país tem visto um aumento das tensões relacionadas a assuntos de religião. Hollande disse aos franceses: “vamos nos unir e nós vamos ganhar”. 
Jornalistas da Agence France Press (AFP) fizeram protesto em homenagem às vítimas do Charlie Hebdo (Foto: AFP)
Segundo o jornal Le Figaro, dois suspeitos do ataque são irmãos, sendo que um deles já foi condenado por crime ligado ao terrorismo. 
Milhares de franceses fizeram manifestações pacíficas nas ruas de Paris. Segundo a polícia, mais de 15 mil pessoas tomaram as ruas.As manifestações tomaram as ruas de cidades do interior da França, como Lille, Lyon e Marselha, e em outras capitais europeias como Bruxelas, na Bélgica, Berlim, na Alemanha, e Londres, na Grã-Bretanha.
A polícia francesa informou que os atiradores mataram uma pessoa enquanto seguiam para a sede do jornal Charlie Hebdo. Lá, eles abriram fogo e mataram oito jornalistas, um segurança e um visitante que estavam na redação. Um policial foi morto em troca de tiros quando os atiradores deixavam o prédio. Outras 11 pessoas ficaram feridas.
O jornal satírico Charlie Hebdo atraiu críticas de muçulmanos de todo o mundo. O caricaturista Jean Cabut, conhecido pelos leitores pelo nome de Cabu, e Stéphane Charbonnier, editor do jornal, que usava o pseudônimo Charb, estão entre os mortos.

Fonte:Correio/AE

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