Membro sênior da Federação de Cientistas Americanos, o epidemiologista Eric Feigl-Ding, um dos primeiros a emitir alerta sobre a pandemia nos Estados Unidos, afirmou em longa sequência de tuites que a testagem positiva do ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, pode ser um elemento propagador da Covid-19 entre líderes que participaram da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
“HOLY SHIT— Brazil’s COVID-positive health minister is staying at the same hotel as @POTUS @JoeBiden”, alertou Deigi-Di com uma expressão deselegante – que pode ser traduzida literalmente como “merda sagrada” – ao dizer que Queiroga estava no mesmo hotel que o presidente dos EUA, Joe Biden.
O epidemiologista ressaltou que há três dias avisado do risco da delegação de Jair Bolsonaro (sem partido), que não está vacinado, poderia significar para Nova York.“‘A administração Biden teme que a Assembleia-Geral da ONU deste ano possa se tornar um evento super-disseminador da COVID-19 conforme os líderes mundiais descem à cidade de Nova York sem necessariamente cumprir os requisitos locais de vacinas‘”, tuitou o médico, citando reportagem da CBS News. Bolsonaro foi o único dos líderes do G-20 a comparecer ao evento sem tomar a vacina.
Feigl-Ding ainda lembrou que no ano anterior mais de 20 pessoas da delegação brasileira testaram positivo após encontro com Donald Trump em Mar-a-Lago “forçando Trump a fazer o teste de COVID pela primeira vez”.
O médico ainda orienta que todos os presentes na abertura da assembleia-geral da ONU – incluindo Joe Biden – sejam testados.
Por fim, o epidemiologista – que é membro do partido Democrata – lembrou o gesto obsceno de Queiroga aos manifestantes anti-bolsonaristas na noite de segunda-feira (21).
“Ministro da Saúde do Brasil @mqueiroga2 deu o dedo médio na frente do mundo para a cidade de Nova York. COVID retribuiu o favor”, afirmou.
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