"Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era a solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu. Outra consequência disso é a inflação que está aí. Hoje há estudos que mostram que quem mais caminha para o óbito por coronavírus é o obeso e quem está apavorado", disse o presidente, que ainda citou o auxílio emergencial como uma medida proposta pelo Executivo — mesmo o valor de R$ 600,00 tendo sido aprovado só após pressão do Congresso. A extensão do benefício também foi decidido após pressão legislativa.
O mandatário também não deixou de lado a defesa da cloroquina — medicamento que, segundo a ciência, não traz benefício ao tratamento do novo coronavírus e que pode ocasionar em graves efeitos colaterais.
"Continuo defendendo a cloroquina. Eu mesmo tomei quando fui infectado e fiquei bom. A hidroxicloroquina nunca matou ninguém. O militar na Amazônia usa sem recomendação médica. Ele vai para qualquer missão e coloca a caixinha no bolso. O civil também. Você nunca ouviu falar que na região Amazônica morre gente combatendo a malária por causa da hidroxicloroquina. Criou-se um tabu em cima disso."
CPI da Covid
A CPI da Covid , que investiga as ações do governo federal no combate à pandemia, foi alvo de críticas de Bolsonaro. Segundo Bolsonaro, a comissão, que se aproxima da apresentação do relatório final, não tem "credibilidade nenhuma".
"No auge da pandemia, esses caras [senadores que integram a CPI] ficaram em casa, de férias, em home office, cuidando da vida deles. E agora vêm acusar? Não engulo isso aí. A história vai mostrar que as medidas que tomamos, concreta, econômicas, ajudando estados e municípios com recursos, salvaram as pessoas", afirmou Bolsonaro.
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