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A Interpol emitiu um alerta sobre a rápida expansão de centros de golpes cibernéticos que exploram vítimas de tráfico humano, caracterizando a situação como uma “crise global”.
Esses complexos, onde pessoas são forçadas a aplicar fraudes online, começaram a surgir no Sudeste Asiático, mas agora já foram identificados em pelo menos quatro novos países da região, além de áreas da África Ocidental, Oriente Médio e América Central.
As vítimas, de pelo menos 66 países, são aliciadas com falsas ofertas de emprego e mantidas em cativeiro. Muitas sofrem violência física, sexual e psicológica, enquanto são obrigadas a operar esquemas de fraude, voltados principalmente ao exterior.
No Brasil, dois cidadãos conseguiram escapar de um desses locais em Mianmar, conhecido como KK Park, em fevereiro.
Segundo o chefe interino dos serviços policiais da Interpol, Cyril Gout, o combate a esse tipo de crime exige uma resposta internacional coordenada. A organização também observa um crescimento no uso de inteligência artificial para potencializar os golpes.
Tecnologias como anúncios falsos gerados por IA e perfis deepfake são cada vez mais comuns, especialmente em crimes como a “sextorsão”, em que vítimas são chantageadas com imagens íntimas forjadas.

Imagens de satélite mostram expansão do KK Park, em Mianmar, entre 2020 e 2024. (Foto: Maxar Technologies provided by European Space Imaging)
Receio da Interpol
A Interpol destacou que essas redes criminosas estão se integrando a outras atividades ilegais, como tráfico de drogas, armas e até de espécies ameaçadas. O relatório pede ação urgente para desmantelar essas operações, proteger vítimas e interromper rotas de tráfico usadas por múltiplas formas de crime transnacional.
Fonte:ICL NOTÍCIAS - 02/07/2025
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