foto: Reprodução/Goiás24h
Arma apontada e agressões - Um vídeo gravado pelo próprio sargento da PMGO, Hebert Póvoa, preso nesta sexta-feira (28), expõe a violência com que ele cobrava dívidas para a quadrilha de agiotagem que liderava.
Nas imagens, ele segura uma arma do Estado, enquanto a vítima, sentada na cama e em pânico, implora para não ser agredida. O militar desfere tapas no rosto da mulher, chamando-a de “vagabunda” e “piranha”, e ameaça: “Você mexeu com vagabundo, vai pagar caro. Eu não tenho medo de desgraça nenhuma.”
A vítima tenta explicar que não recebeu dinheiro algum e implora para não ter o celular levado, pois dependia dele para trabalhar.
• Tortura e ameaça
Em outro momento, a mulher diz que o armário está vazio para provar que não tinha recebido nem para comprar alimentos para a filha.
O vídeo integra o conjunto de provas reunidas pela Polícia Civil, que prendeu seis integrantes da quadrilha, incluindo três PMs de Luziânia, a advogada Tatiane Meireles — esposa do líder — e dois civis.
• Violência reiterada
As investigações revelam que o grupo utilizava violência extrema para cobrar dívidas com juros abusivos. Em outros vídeos, vítimas aparecem ensanguentadas, ajoelhadas e chorando enquanto são espancadas com chutes, socos e até tacos de baseball.
Em uma gravação, um agressor diz: “Aqui no Goiás você vai aprender como funciona.” Tatiane Meireles também aparece agredindo uma vítima com um cassetete e gritando ordens durante a sessão de tortura.
• Deus, pátria e família
Hebert Póvoa, além de militar, foi candidato a vereador pelo PL em Luziânia, utilizando intensamente a imagem de Jair Bolsonaro e se apresentando como defensor da moralidade.
Na campanha, atacou adversários em carro de som e redes sociais, o que resultou em ações e condenações judiciais. O sargento estava há longo período afastado da PM por problemas psicológicos e havia retornado recentemente, sem atuar no serviço operacional.
Fonte:Site Goiás24 - 08/12/2025

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