A colunista do CORREIO Telma Alvarenga, traz com exclusividade na edição deste sábado (18) informações sobre a quituteira Dadá(foto) que recolhe o varal do Alto das Pombas por causa da violência:
Conhecida por seu largo sorriso - além dos quitutes deliciosos que saem de suas panelas -, ontem Aldaci dos Santos, a Dadá, chorou. Ela serviu o último almoço no terraço da casa no Alto das Pombas onde abriu seu primeiro restaurante, o Varal da Dadá, há 23 anos. Perdeu. A violência afastou os clientes, que antes faziam fila na porta. “Eles começaram a ter medo de ir à favela. Numa sexta-feira, o Varal recebia entre 100 e 120 pessoas. Ultimamente, iam 15 ou 20”, contabiliza.
Não estava ganhando dinheiro ali, ficava preocupada com meus clientes, e preciso trabalhar para viver”, desabafa. “Estou muito triste, é como se tirassem um pedaço da Dadá”, diz ela, voz embargada. “O Varal tem a minha história de vida. Deveria abrir lá o Museu da Dadá”. A quituteira sacode a poeira e se prepara para dar a volta por cima. Terça-feira, dia 21, inaugura o Sabores da Dadá, na Rua Minas Gerais, na Pituba. Quer alugar a casa do Alto das Pombas para eventos. Ela não perde a esperança de, um dia, reabrir o restaurante. “Quem sabe? Se a nossa Ba hia voltar a ser o que era antes...” Também se preocupa com a queda do movimento do Sorriso da Dadá, restaurante que abriu no Pelourinho há 17 anos. “O lugar está cheio de pedintes, marginais, drogas... Precisa de um banho de alma, um banho de amor, de respeito com o ser humano”, diz. “A Bahia já foi um sonho dourado. Hoje, é uma cidade de luto”. Do Pelourinho, ela não cogita sair. “Vou resistir”, cai em prantos. “Porque quem me deu aquele restaurante eu amo muito, o negão ACM e o Rodolfo Tourinho”, agradece.
Conhecida por seu largo sorriso - além dos quitutes deliciosos que saem de suas panelas -, ontem Aldaci dos Santos, a Dadá, chorou. Ela serviu o último almoço no terraço da casa no Alto das Pombas onde abriu seu primeiro restaurante, o Varal da Dadá, há 23 anos. Perdeu. A violência afastou os clientes, que antes faziam fila na porta. “Eles começaram a ter medo de ir à favela. Numa sexta-feira, o Varal recebia entre 100 e 120 pessoas. Ultimamente, iam 15 ou 20”, contabiliza.
Não estava ganhando dinheiro ali, ficava preocupada com meus clientes, e preciso trabalhar para viver”, desabafa. “Estou muito triste, é como se tirassem um pedaço da Dadá”, diz ela, voz embargada. “O Varal tem a minha história de vida. Deveria abrir lá o Museu da Dadá”. A quituteira sacode a poeira e se prepara para dar a volta por cima. Terça-feira, dia 21, inaugura o Sabores da Dadá, na Rua Minas Gerais, na Pituba. Quer alugar a casa do Alto das Pombas para eventos. Ela não perde a esperança de, um dia, reabrir o restaurante. “Quem sabe? Se a nossa Ba hia voltar a ser o que era antes...” Também se preocupa com a queda do movimento do Sorriso da Dadá, restaurante que abriu no Pelourinho há 17 anos. “O lugar está cheio de pedintes, marginais, drogas... Precisa de um banho de alma, um banho de amor, de respeito com o ser humano”, diz. “A Bahia já foi um sonho dourado. Hoje, é uma cidade de luto”. Do Pelourinho, ela não cogita sair. “Vou resistir”, cai em prantos. “Porque quem me deu aquele restaurante eu amo muito, o negão ACM e o Rodolfo Tourinho”, agradece.
Fonte:CorreiodaBahia
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