Irecê-Ba, 29 de outubro de 2010. Após ter assistido diversos debates entre os presidenciáveis desde o primeiro turno para a sucessão do Presidente Lula, e quando da realização do último do 2º turno entre os candidatos do PT e do PSDB na Tv Globo, ficou evidenciado que a pauta desses debates não foram a discussão de propostas concretas para o país, e, sim,a falta dos grandes temas que precisavam ser discutidos,e que foram relegados, como a reforma da previdência,tributária, e outros tantos problemas que afligem à sociedade brasileira , e algumas vezes tive a sensação que tanto José Serra, quanto Dilma Rousseff estavam disputando era o governo do Estado de São Paulo, e não a Presidência da República, tamanha foi a falta de clareza de ambos os candidatos e isso ficou bastante visível no debate realizado na rede Record.
Há dois dias do pleito para o segundo turno, que muitos analistas dizem que é bom para o fortalecimento da democracia, mas que por outro lado ele abre as mais diversas possibilidades de negociação, ou melhor "negociatas" para os partidos e líderes que naufragaram nas urnas, visando unicamente uma fatia do "bolo" da pesada máquina federal do Estado Brasileiro.
Nesse contexto, entendo que o grande vencedor da sucessão presidencial deste pleito de 2010 será o PMDB, visto que, sendo o próximo presidente, a candidata Dilma, além do Vice-Presidente Michel Temer, terá 79 Deputados na Câmera Federal, além do Senado, e consequentemente um poder maior de baganha por ministérios e cargos nas melhores estatais. Sendo José Serra, o eleito, o partido será chamado para compor o governo dos tucanos e não seria surpresa que nomes que comporam o ministério do Presidente Lula, também participarem do governo Serra em troca de apoio no Congresso.
Portanto, enquanto não acontecer uma reforma politica-partidária de verdade, o PMDB continuará dando as cartas, pois possue em seus quadros nomes que desde a redemocratização do país em 1985, não conseguem conviver sem respirar o poder.
Tomem Nota.
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