Os aliados de Chávez se juntaram à família do mandatário, assim como o
vice-presidente, Nicolás Maduro, e outros funcionários do governo. A mãe do
presidente morto, Elena Frías, chorava ao ouvir o hino nacional venezuelano.
Após uma breve oração, o caixão foi colocado em um carro fúnebre e iniciou
uma lenta marcha pelas ruas de Caracas, protegido por membros da Guarda de
Honra. Maduro avançava na frente do carro, seguido pelo presidente boliviano,
Evo Morales.
Milhares de seguidores, muitos vestidos com camisas vermelhas, a cor do
chavismo, acompanhavam os restos mortais do presidente, decorado com ramos de
flores brancas e amarelas, enquanto outros o observavam nas varandas dos
apartamentos.
Minutos depois, o hino venezuelano voltou a tocar, desta vez com a voz de
Chávez gravada e entoada pelos militantes políticos. O cortejo segue até a
Academia Militar, onde foi instalada uma capela onde ficará o corpo até o
enterro, na sexta.
O local poderá ser visitado pelos militantes e será local de encontro dos
chefes de Estado e representantes internacionais que devem acompanhar o funeral
de Chávez nos próximos dias. Além de Evo Morales, os presidentes da Argentina,
Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Mujica, chegaram nesta quarta a Caracas.
LUTO
O luto pela morte de Hugo Chávez que, na Venezuela foi de sete dias, foi
acompanhado por países da América Latina e por outras nações aliadas, como o Irã
e Belarus. Os que deram períodos mais longos foram Bolívia, Nicarágua e Equador,
aliados de Chávez, que concederam os mesmos sete dias de luto.
Argentina, Brasil, Chile, Cuba, Dominica, República Dominicana e Uruguai
decretaram três dias de luto, assim como Belarus, país do leste europeu cujo
ditador, Aleksander Lukashenko, era aliado do venezuelano. O Irã decretou um dia
de luto.
Assim como nas declarações de luto, a maioria dos presidentes
latino-americanos deverá comparecer pelo menos ao enterro de Chávez.
Além dos três presentes, os mandatários de Brasil, Dilma Rousseff; Chile,
Sebastián Piñera; Equador, Rafael Correa; Nicarágua, Daniel Ortega; Peru,
Ollanta Humala; e República Dominicana, Danilo Medina, estão confirmados.
Ainda há a expectativa da participação do ditador de Cuba, Raúl Castro, e do
presidente do Irã, Mahmoud Ahmaedinejad, além do ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e o ex-presidente paraguaio, Fernando Lugo.
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