sábado, 13 de setembro de 2014

Sucessão Presidencial: " Parem de querer me destruir", diz Marina ao PT

'Parem de querer me destruir', diz Marina ao PT
Foto: Marcos de Paula/Estadão

Pela primeira vez nos últimos dias, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, falou de sua mágoa por conta dos ataques promovidos pelo PT, seu antigo partido. Durante a inauguração de um comitê em Fortaleza, a ex-senadora lamentou ter lutado em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agora sofrer críticas pesadas de sua antiga sigla. "Nunca imaginei, por mais criativa que eu fosse, depois de 30 anos lutando no PT, depois de ter enfrentado jagunço e depois de ter lutado pelo Lula, que seriam eles que iriam fazer de tudo para me destruir", lamentou.

Em discurso para militantes da coligação, Marina disse que é preciso chamar a presidente Dilma Rousseff à razão. "Parem de querer me destruir. Eu tenho uma história", disse.

Para a candidata, Dilma é incentivada pelo seu marqueteiro João Santana a atacá-la e aumentar a artilharia no primeiro turno, uma vez que a petista tem mais de onze minutos de tempo de TV, enquanto Marina só tem 2 minutos para rebater as críticas e apresentar seu programa de governo. Segundo Marina, a equipe de Dilma tem consciência de que poderá ser mais difícil vencê-la.

"Por que quando chegar o 2º turno de igual para igual ''o tempo de TV'' ela ''Marina'' será imbatível", disse Marina, imaginando como seria a orientação do publicitário à petista.
Marina e seu vice Beto Albuquerque lembraram que na sucessão presidencial de 2010 a então candidata Dilma Rousseff defendeu a autonomia do Banco Central em um debate contra o tucano José Serra. "São dois pesos e duas medidas. São duas palavras", criticou.

Petrobras. 

O vice da chapa aproveitou para rebater a representação que o PT protocolou contra Marina Silva após uma entrevista da candidata onde ela disse que a sigla havia colocado um diretor para roubar a Petrobras por 12 anos. Marina se referia ao ex-diretor de abastecimento, Paulo Roberto Costa, preso na operação Lava Jato. Para Albuquerque, o aparelhamento da estatal é a principal causa das denúncia de corrupção que surgiram nos últimos tempos.
"Não pode agora quem comanda o País dizer que é um problema do Paulo Roberto não. Esse é um problema de gestão", concluiu.

Fonte:AE

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